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Exemplo de Treinamento Funcional

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Os treinos funcionais são aqueles realizados com movimentos naturais do corpo, sem o auxílio de pesos extras, como ocorre na musculação. Assim, correr, abaixar, pular e empurrar, por exemplo, fazem parte do treino.

Como complementos, nos treinos funcionais você pode usar itens como elásticos, cordas, bolas e hastes. A ideia é focar no aumento da massa muscular, mas sim aprimorar o condicionamento físico e aumentar a força e a resistência do corpo.

Assista um treino de nível básico, feito com pequenas repetições sem intervalos.


Avaliação e testes para iniciar tratamento com pliometria

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Antes de se iniciar um programa de treinamento pliométrico, deve-se realizar um exame biomecânico superficial e uma bateria de testes funcionais, a fim de identificar possíveis contra-indicações ou precauções.

A biomecânica do membro inferior deve ser normal para ajudar a garantir uma base de apoio estável para transmissão de força. Anormalidades biomecânicas do membro inferior não são contra-indicações para exercícios pliométricos, mais podem contribuir para lesão por excesso de uso se não forem abordados. Antes de se iniciar os exercícios é necessário uma base de força adequada da musculatura estabilizadora, testes funcionais são muito eficazes para avaliar a existência de força adequada, antes de se iniciar o exercício pliométrico.

A falta de força suficiente nas extremidades inferiores resultará em perda da estabilidade na aterrissagem e aumentará a quantidade de estresse absorvido pelos tecidos de sustentação devido a forças de alto impacto, esses dois fatores reduzirão o desempenho e aumentarão o risco de lesão.

Alem da análise biomecânica, deve-se fazer uma avaliação neuromuscular para saber se o atleta está apto a iniciar o tratamento através dos exercícios pliométricos.

Nesta avaliação neuromuscular devem conter os seguintes itens:
  • Resolução da dor, suficiente para participar de exercícios e atividades em nível mais elevado
  • Ausência de inflamação ou edema articular,
  • Ter recuperado a amplitude normal de movimento em relação ao lado não envolvido
  • Alinhamento e mobilidade normais da articulação,
  • Flexibilidade de tecido mole (incluindo estruturas contráteis e não contráteis),
  • Força adequada para atividades de sustentação de peso total para a extremidade inferior ou de força para uso funcional da extremidade superior,
  • Reflexos normais
  • Controle motor normal
A pliometria na reabilitação nas lesões atléticas, além de aumentar o condicionamento, aumenta ou facilita padrões motores funcionais, reflexos e de propriocepção, sendo todos eles essenciais para a tarefa de recolocar um atleta de volta às competições. É importante levar em consideração a fase da reabilitação e o estado do tecido cicatricial quando se implementar a pliometria no programa de um paciente .

É baixo o risco de ocorrência de lesões pela prática de exercícios pliométricos, para que esses riscos sejam mantidos baixos, o fisioterapeuta deve compreender os princípios básicos da pliometria e sempre deve seguir as diretrizes adequadas para volume, intensidade e progressão. A não aderência às exigências prévias ao treinamento e uma progressão apropriada, aumentará o risco de lesão. As áreas de lesão potencial associadas à pliometria da parte inferior do corpo, são: pés, tornozelos, joelhos, quadris e parte baixa das costas. Freqüentemente as lesões ocorrem quando o paciente esta fadigado, mais para o final da sessão.

Condicionamento inadequado, falta de aquecimento, calçados esportivos de pouca qualidade, superfícies inadequadas para Pliometria e baixos níveis de habilidades predispõem um atleta a lesão.

A especificidade do treinamento garante que o corpo esteja preparado para aceitar o estresse que será imposto sobre ele durante o retorno a prática esportiva .

Testes Específicos


Testes funcionais são utilizados para avaliar a capacidade do paciente de realizar atividades dinâmicas. Esse tipo de avaliação é proveitosa pois ajuda ao clínico determinar quando o paciente deve começar um programa pliométrico e para determinar se o paciente está pronto para avanços, para atividades funcionais mais difíceis ou para  um treinamento específico do esporte praticado [2].

Os testes de estabilidade, que devem ser realizados antes do inicio do treinamento pliométrico podem ser divididos em duas subcategorias: teste de estabilidade estático e teste de movimento dinâmico.

Os testes de estabilidade estática devem ser iniciados com movimentos simples de baixa complexidade motora e progredir de forma a testar habilidades motoras mais complexas. A base para estabilidade do membro inferior centraliza-se em torno da capacidade de realizar apoio unipodal.

O teste é realizado da seguinte maneira:

Um indivíduo deve conseguir realizar apoio unipodal por trinta segundos, com os olhos abertos e fechados, antes de iniciar o treinamento pliométrico. O fisioterapeuta deve observar presença de tremores e oscilações nas articulações da extremidade. Caso seja constatado déficit de força muscular, deve-se limitar a dar ênfase ao fortalecimento isolado dos músculos enfraquecidos e este atleta não estará apto a realizar a próxima etapa do teste. Nesta etapa o teste é realizado da mesma forma, mais agora em semiflexão. Após realizar com sucesso este teste, o atleta está apto para os testes de movimentos dinâmicos.

* Postura sobre uma perna -30 segundos

- Com os olhos abertos - Com os olhos fechados

* Agachamento de 25% com uma só perna -30 segundos

- Com os olhos abertos

- Com os olhos fechados

* Agachamento de 50% com uma só perna -30 segundos

- Com os olhos abertos

- Com os olhos fechados

O teste dinâmico é realizado antes e depois dos períodos de treinamento, sendo importante para medir o progresso e fornecer feedback, orientação e motivação [.

Os testes dinâmicos são realizados da seguinte forma:

A) Pulo vertical em pé (mede a altura do pulo vertical):

- O paciente fica em pé contra uma parede com seu braço dominante estendido verticalmente, o mais alto possível.

- É marcado o ponto atingido pelas pontas dos dedos estendidos.

- O paciente pula com os dois pés o mais alto que puder; o ponto mais alto alcançado é marcado.

- O paciente faz três tentativas, e a maior distância entre os dois pontos marcados é a altura do salto vertical.

B) Pulo longo em pé (mede a distância do pulo horizontal :

- O paciente fica em pé sobre uma linha com os pés paralelos e pula para frente, o mais longe possível.

- São feitas três tentativas, e a maior distância è a do salto horizontal.

Publicado em 14/07/14 e revisado em 16/04/18

O que avaliar no catarro na Fisioterapia Respiratória

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Para quem lida com a fisioterapia respiratória, um importante sinal para a gravidade da infecção e a secreção que o paciente expele. O muco ou catarro é produzido por pequenas glândulas que ficam abaixo da mucosa, que - a camada que reveste internamente as vias aéreas. Sua função é proteger as vias aéreas do ataque de vírus, bactéria se outros micro-organismos que podem infectar nosso corpo.

Justamente por isso, a cor, consistência e até mesmo o odor do muco podem nos dizer se há algo de errado, uma vez que para eliminar os organismos invasores ele poderá ficar mais concentrado, com sangue ou mesmo mal cheiroso.

A cor

Um catarro saudável não tem cor. Se estiver muito esbranquiçado, pode indicar asma, rinite, quadros alérgicos e infecções virais (gripe, resfriado). Em casos raros, o muco esbranquiçado pode ser sintoma de um tipo de câncer de pulmão chamado carcinoma bronquíolo-alveolar. Caso ele não tenha odor e seja consistente, pode indicar que o corpo está desidratado.

O muco amarelado é sinal de infecção respiratória do trato superior, como rinites, sinusites e laringites, podendo ser de origem viral ou um início de infecção bacteriana.

O muco mais amarronzado, geralmente acompanhado de odor forte e consistência grossa. É um forte indício de pneumonia por Aspergillus (tipo de fungo que infecta o pulmão) que pode causar um sangramento que tinge o catarro de marrom.

Quando o muco com coloração dura mais de três semanas, é considerado um quadro crônico. "Pode estar relacionado a infecções crônicas, como a tuberculose e condições de alergia crônica, como asma ou mesmo câncer

Consistência

Seja ralinha ou mais grossa, a consistência do catarro pode dizer muito sobre a saúde das suas vias aéreas. Ele precisa ter alguma viscosidade, pois assim os cílios das células da mucosa conseguem levá-lo no sentido da laringe a fim de eliminar vírus, bactérias ou partículas que ficaram paradas na garganta e precisam ser eliminadas.

Um muco muito consistente pode indicar infecções e doenças crônicas das vias aéreas, ou então acusar que seu organismo está pouco hidratado. Um exemplo de doença congênita relacionada ao muco muito espesso é a fibrose cística.

Cheiro

O muco normal raramente tem cheiro. O odor fétido leve a moderado sugere a presença de infecção, geralmente por bactérias do tipo anaeróbias, que podem causar o que chamamos de abscesso.  Caso a consistência do muco também esteja alterada, mais grossa, com odor mal cheiroso e cor mais escura, há grandes chances de ser uma infecção bacteriana de origem pulmonar e brônquica, como a pneumonia. É necessário passar por uma avaliação médica, a fim de diagnosticar o problema.

A fisioterapia tem diversas formas de ajudar na eliminação desse catarro quando há um quadro clínico envolvido. A ingestão de água é um bom inicio. O paciente só deve tomar cuidado pois o muco não eliminado pode gerar problemas como sinusite e rinite crônicas.

Publicado em 30/10/14 e revisado em 18/04/18
 

Exercícios pendulares de Codman e o ombro

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A articulação do ombro é a mais móvel do corpo humano, pelo que a gama de exercícios disponíveis é extensa, mas no caso da reabilitação no idoso é aconselhável levar em conta outros fatores que determinam o tipo de exercícios, tais como: presença de osteoporose, pacientes com hipertensão, diabetes, problemas cardíacos, artrite grave, lesão no pescoço com envolvimento do plexo de nervos do membro superior, psicológicos e fatores sociais do paciente, falta de condicionamento geral, cirurgias prévias, presença de peças de fixação ou substituição da articulação e lesões antigas, este último é crucial e influenciar muito a recuperação da mobilidade, especialmente se as limitações têm vários anos de evolução.

Os exercícios de Codman são realizados para a mobilidade articular do ombro, pois as técnicas de auto mobilização fazem proveito do uso da gravidade para separar o úmero da cavidade glenoide.

Ele ajuda no alivio da dor através de movimentos de leve tração (grau I e II) e dão mobilidade precoce as estruturas articulares e liquido sinovial. À medida que o individuo tolera o alongamento pode-se introduzir pesos nos punhos para conseguir uma força de separação articular (Grau III e IV).
Os exercícios devem ser realizados com o individuo em pé em flexão lombar de 90º, sendo realizados no sentido horário, anti-horário, látero- lateral e antero - posterior.

A musculatura escapular deve estar totalmente relaxada, com o paciente buscando, progressivamente, alcançar maiores amplitudes.

Publicado em 2508/14 e revisado em 24/04/18

Principais problemas tratados pela Fisioterapia Ocular

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A fisioterapia ocular visa prevenir, tratar e reabilitar os distúrbios da visão sensorial e motora através de treino e exercícios nos músculos extraoculares, a fim de corrigir distúrbios no olho e a recuperação da funcionalidade visual e o posicionamento dos eixos oculares que provocam desconforto nas atividades de vida diária tanto na visão de perto quanto para longe, causando sintomas como: cefaléias (dores de cabeça), desconforto nas leituras, dupla imagem, tensões cervicais, torcicolos, desequilíbrio postural, bem como, baixa visual em crianças até o final da 1ª infância.

A fisioterapia ocular tem o objetivo de reeducar os movimentos dos olhos, que são realizados por seis pares de músculos extrínsecos e que recebe estímulo neurológico de três pares de nervos cranianos.

O estrabismo pode ser de causa genética, congênita ou adquirida por fatores como: infecções gestacionais, infantis ou na fase adulta, traumas, doenças neurológicas e vasculares.

As indicações mais frequentes para fisioterapia ocular, além do estrabismo, podemos destacar: as ambliopias, visão subnormal, insuficiência de convergência, crianças na primeira infância que apresentem desalinhamento dos eixos oculares, paralisias transitórias oculomotoras, pacientes que tenham queixas relacionadas com a leitura, uso de computadores e vídeo games com ou sem refração, pré e pós operatório de estrabismo, pacientes neurológicos como: paralisia encefálica, traumatismo crânio encefálico, AVE, tumores, aneurismas. Pode ser aplicada também como forma de prevenção no fortalecimento dos músculos oculares.

Qualquer disfunção visual sensorial ou motora poderá acarretar um distúrbio oculomotor, podendo o indivíduo apresentar patologias com características e sintomas de:

Insuficiências de Convergência – IC
 
Visão borrada, Cansaço visual e dificuldade nas leituras.
Sonolência nas leituras, bem como troca de linhas;
Cefaléia na região frontal e/ou temporal;
Irritação e hiperemia na conjutiva;
Dores periorbitárias, nos olhos e peso nas pálpebras;
Distúrbios posturais
 
Estrabismos transitórios
 
Paresias e paralisias oculomotoras;
Dupla imagem e limitações em alguns movimentos dos olhos;
Desequilíbrio postural e torcicolo (tipo PVC: posição viciosa de cabeça);
 
Estrabismo congênitos: desalinhamento dos eixos oculares.
 
Desvios em Adução – Esotropias
Desvios em Abdução – Exotropias
Desvios verticais – hiper e hipotropias


Fisioterapia preventiva ajuda a evitar doenças na terceira idade

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Resultado de imagem para fisioterapia idoso
A chegada da terceira idade, muitas vezes, vem acompanhada de problemas desagradáveis. O corpo mais frágil nem sempre permite que a prática de exercícios físicos seja agradável ou possível. E doenças graves, como problemas cardíacos, dores musculares e articulares são perigos comuns.

Mas um fisioterapeuta pode ajudar a prevenir que esses problemas surjam ou se agravem, dando mais qualidade de vida para o idoso.

Pelo processo de envelhecimento, ossos, tendões e músculos ficam mais frágeis. É normal. A fisioterapia preventiva pode evitar problemas ou atuar como reabilitação, prevenindo sequelas como depois de um AVC.

 A professora, que é especialista em fisioterapia geriátrica e reumatológica, contou ainda que a fisioterapia preventiva pode ser uma alternativa ao exercício físico.

 A fisioterapia preventiva engloba exercícios físicos e respiratórios e pode ser feito até na água - é a hidroterapia. Já a fisioterapia clínica, procura o alívio de problemas já existente como inflamações, dores, problemas ortopédicos e neurológicos.

O calor da água melhora a flexibilidade, alivia as tensões e facilita os exercícios. O impacto é menor

 Tudo isso pode ser aliado também a terapias alternativas, como pilates, RPG, massagens e acupuntura. São um tratamento a mais, que são bastante resultado.

 Os exercícios trazem vários benefícios, como ajudar no controle da insônia, ansiedade, depressão, pressão arterial, dores articulares e musculares. Também melhoram a flexibilidade do corpo, a coordenação, o equilíbrio, a concentração, a postura e aumentam a autoestima.

 Tudo isso aliado a terapias alternativas, como pilates, RPG, massagens e acupuntura.

 Não há contraindicações. Mas quem tem problema de saúde ou sente qualquer desconforto deve procurar primeiramente um médico. Ao iniciar a fisioterapia também é realizada uma análise completa do estado físico do idoso."É possível chegar à terceira idade, saudável", garante a fisioterapeuta.

Previna-se

O que é
A fisioterapia preventiva é uma série de exercícios físicos e respiratórios realizados por fisioterapeutas que servem até como alternativa ao exercício físico

Por que fazer?
Nas idades mais avançadas, é comum haver diminuição da capacidade motora e surgirem doenças degenerativas que podem dificultar a prática de atividades físicas tradicionais e até prejudicar a qualidade de vida do idoso

As opções
A fisioterapia clínica, feita geralmente com indicação médica, usa terapias e técnicas manuais para alívio de problemas já existentes, como inflamações, dores e problemas ortopédicos e neurológicos. Outra opção é a hidroterapia, técnica realizada na piscina aquecida com o uso de aparelhos

Vantagens
Os exercícios ajudam a prevenir doenças, como a hipertensão arterial, diabetes, osteoporose e tendinites, doenças cardíacas, artrose, hérnias e bursites. E, ainda, colaboram no controle da insônia, ansiedade, depressão, dores nas articulações e músculos, além de melhorar a flexibilidade, equilíbrio, coordenação, concentração, postura, relaxamento muscular. Também aumentam a autoestima

Alternativas
É comum os fisioterapeutas trabalharem com tratamentos alternativos, como acupuntura, massagens com pedras quentes e pilates, com ótimos resultados

Cuidados
Quem está bem de saúde pode procurar um fisioterapeuta como alternativa ao exercício físico - o idoso irá passar por uma avaliação física. Para quem sente dores ou tem algum problema de saúde, o melhor é ser encaminhado por um médico

Publicado em 22/04/13 e revisado em 30/04/18

Alterações das Funções Motoras e Alterações do Tônus no AVC

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Inicialmente após AVC, o paciente apresenta flacidez e plegia, ou seja, diminuição do tônus muscular. O estado de flacidez pode perdurar por horas ou dias. Ainda que a hipotonia possa persistir, é frequente ser seguida pelo aparecimento de quadro de hipertonia. Neste quadro verifica-se o aumento da resistência ao movimento passivo, sendo isto típico dos padrões espásticos.
A espasticidade produz características típicas como as posturas anormais e os movimentos estereotipados. A distribuição anormal do tônus é variável, sendo normalmente mais intensa em certos padrões que envolvem os músculos anti-gravíticos do hemicorpo afetado, nomeadamente, os flexores do membro superior e os extensores do membro inferior. Um hemiplégico pode apresentar padrões anormais de movimento ou sinérgicos devido ao tônus anormal, déficits sensoriais e perda das reações de equilíbrio. Existem dois tipos de padrões anormais (sinergias), sendo eles o padrão de flexão e o padrão de extensão.
As sinergias estereotipadas de movimento de hemiplégico podem ser observadas no quadro abaixo:

Sinergia Flexora na Extremidade Superior

Flexão de punho e dedos
Flexão de cotovelo
Supinação de antebraço
Rotação externa do ombro
Abdução do ombro
Retração/elevação da escapula

Sinergia Flexora na Extremidade Inferior

Extensão do hálux
Dorsi-flexão e eversão do tornozelo
Flexão do joelho
Flexão do quadril
Abdução e rotação externa do quadril

Sinergia Extensora na Extremidade Superior

Extensão de punho e dedos
Extensão de cotovelo
Pronação do antebraço
Rotação interna do ombro
Protração da escapula

Sinergia Extensora na Extremidade Inferior

Flexão dos artelhos
Planti-flexão e inversão do tornozelo
Extensão do joelho
Extensão do quadril
Adução e rotação interna do quadril

Reações Associadas

As reações associadas definem-se como respostas automáticas anormais estereotipadas dos membros afetados resultantes de uma ação ocorrida em qualquer parte do corpo, por estimulação reflexa ou voluntária (ex.: tossir, espirrar, esforço), inibindo a função. Estas reações podem ocorrer quando o indivíduo se esforça para realizar uma tarefa difícil ou quando está ansioso. Quando realiza uma tarefa, como por exemplo, o vestir, as reações associadas poderão ser observadas no braço e perna afetadas.

Perda do mecanismo de controlo postural

O mecanismo de controlo postural é a base para a realização dos movimentos voluntários normais especializados. Este mecanismo consiste num grande número e variedade de respostas motoras automáticas, adquiridas na infância, e que são desenvolvidas durante os primeiros três anos de vida. É constituído por três grupos de reações posturais automáticas, sendo estas as reações de retificação; reações de equilíbrio e as reações de extensão protetora.

Reações de retificação: são respostas automáticas que mantém a posição normal da cabeça no espaço, bem como o alinhamento postural da cabeça e pescoço com o tronco, e do tronco com os membros. Estas reações dão ao indivíduo um dos elementos mais importantes da mobilidade funcional, que é a noção de rotação dentro do eixo do corpo.

Reações de Equilíbrio:
são respostas automáticas a alterações de postura e movimento, complexas e integradas, com o objetivo de recuperar o equilíbrio perturbado.

Reações de Extensão Protetora:
são reações automáticas que são ativadas quando o centro de gravidade é deslocado para fora da base de sustentação, e quando as reações de equilíbrio e de retificação se mostram insuficientes.
Num indivíduo que tenha sofrido um AVC as reações posturais automáticas descritas não funcionam no hemicorpo afetado, o que impede o indivíduo de usar uma variedade de padrões normais de postura e de movimento, essenciais para a realização de atividades funcionais tais como as transferências, o rolar, o sentar, o manter a posição de pé, o andar e a realização de atividades da vida diária.

Alterações da função sensorial

As alterações sensoriais mais frequentes e observáveis nos casos de lesão neurológicas do hemicorpo, são os déficits sensoriais superficiais, proprioceptivos e visuais. A diminuição e ou abolição da sensibilidade superficial (táctil, térmica e dolorosa), contribui para o aparecimento de disfunções perceptivas (alterações da imagem corporal, negligência unilateral), e para o risco de auto lesões.

A diminuição da sensibilidade proprioceptiva (postural e vibratória) contribui para a perda da capacidade para executar movimentos eficientes e controlados, para a diminuição da sensação e noção de posição e de movimento, impedindo e diminuindo novas aprendizagens motoras no hemicorpo afetado.
São bastante comuns em indivíduos que sofreram um AVC distúrbios do campo visual (diminuição da acuidade visual, hemianopsia e diplogia). O distúrbio visual mais comum é a hemianopsia homónima (cegueira da metade nasal de um dos olhos e da metade temporal do outro olho). É um déficit visual que contribui para a diminuição do nível de consciência e/ou diminuição da noção do hemicorpo afetado.

Alterações da função perceptiva

Após a ocorrência de AVC poderá estar presentes alguns déficit perceptivos. O seu tipo e extensão vão depender do local da lesão. As lesões do hemisfério não dominante (para a maioria dos indivíduos o hemisfério direito) produzem distúrbios da percepção. Os distúrbios podem ser em nível da figura de fundo, posição no espaço, constância da forma, percepção da profundidade, relações espaciais e orientação topográfica. A apraxia e a agnosia são outros dos distúrbios frequentes em indivíduos que sofreram um AVC.

A apraxia consiste na incapacidade para programar uma sequência de movimentos, apesar das funções motoras e sensoriais estarem aparentemente conservada. A apraxia pode manifestar-se de varias formas, sendo estas, a apraxia ideomotora (gestos); a apraxia ideativa (tarefa); a apraxia do vestir (incapacidade para efetuar as tarefas funcionais do ato de vestir) e a apraxia construtiva (incapacidade para construir modelos a duas ou três dimensões).
A agnosia consiste na incapacidade de reconhecer objetos familiares de uso pessoal, e de lhe dar uma função, ainda que os órgãos sensoriais não estejam lesados. Poderão igualmente surgir alterações em nível da imagem e esquema corporal, onde se incluem a negligência unilateral e falhas na discriminação esquerdo-direita.

Alterações da comunicação

Os problemas da comunicação são frequentes nos indivíduos que sofreram um AVC, por obstrução da artéria cerebral média no hemisfério esquerdo. A afasia é uma perturbação da linguagem que resulta de uma lesão cerebral, localizada nas estruturas que se supõe estarem envolvidas no processo da linguagem. Existem vários quadros clínicos das afasias, pelo que se passa a classificá-los no quadro abaixo (quadro 2).



Os indivíduos com lesão no hemicorpo esquerdo e direito diferem amplamente nos seus efeitos comportamentais. Os indivíduos com lesão do hemicorpo direito, tem um comportamento lento, são muito cuidadosos, incertos e inseguros, logo, ao desempenharem tarefas estes se apresentam ansiosos e hesitantes, exigindo frequentemente "feedback" e apoio. Eles também tendem a ser realistas na avaliação dos próprios problemas.

A labilidade emocional é geralmente encontrada nos casos de hemiplegia. O indivíduo apresenta emoções instáveis, sendo capaz de inibir a expressão das emoções espontâneas, que rapidamente alteram o seu comportamento emocional sem qualquer razão aparente.

Problemas secundários e complicações das lesões neurológicas por AVC

Os indivíduos com lesão neurológica do hemicorpo estão predispostos ao aparecimento de problemas secundários e/ou complicações, relacionados com o seu estado patológico que frequentemente, funcionam como um obstáculo à reabilitação dos mesmos.

As complicações possíveis de um AVC incluem:

 ● Pneumonia;
 ● Formação de coágulos de sangue nas veias das pernas, os quais podem atingir a circulação pulmonar (artéria pulmonar), provocando uma embolia pulmonar potencialmente fatal;
 ● Infecção do trato respiratório;
 ● Incontinência urinária;
 ● Obstição;
 ● Para além destas complicações existem ainda alguns problemas motores, problemas estes que surgem como complicação secundária da hemiplegia:
 ● Síndrome ombro-mão;
 ● Ombro doloroso;
 ● Subluxação do ombro;
 ● Edema da mão.

É um desafio constante para o Fisioterapeuta lidar com alterações de um Acidente Vascular Cerebral.

Até a próxima.

Síndrome da dor fêmuro-patelar

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A articulação femoropatelar é uma articulação instável que pode sofrer subluxações ou luxações que provocam frequentes dores no joelho e sobretudo na patela.

A síndrome fêmoro-patelar (SFP) é caracterizada por dor peri ou retropatelar, acomete atletas e não atletas e representa um problema comum no joelho de adolescentes e adultos jovens fisicamente ativos.

A síndrome de disfunção femoropatelar ainda é de etiologia desconhecida, porém alguns estudos indicam que pode ter origem multifatorial, a hipótese mais frequentemente aceita como o precursor primário de patologia da articulação Femoropatelar é o mau-alinhamento patelar.

Tendo ainda outros fatores que podem influenciar na sintomatologia como o mau alinhamento do Membro Inferior, o desequilíbrio da musculatura extensora, a insuficiência do músculo vasto medial oblíquo, a fraqueza dos músculos do quadril, a atividade excessiva, a diferença entre o início da contração muscular entre vasto medial oblíquo e vasto lateral e a incongruência entre a patela e o sulco troclear femoral como fatores contribuintes para a origem da dor anterior no joelho

As causas da síndrome femoropatelar são:

Causas agudas

A queda sobre o joelho com um trauma indireto da face posterior da patela.
Luxação da patela durante um movimento forçado do joelho.
Mais raramente, entorse do joelho por torção e luxação associada à patela.

Causas crônicas ou biomecânicas
  • Instabilidade da patela com tendências à subluxação
  • Postura errada ou alinhamento incorreto da patela,
  • Falta de flexibilidade dos músculos por alongamentos deficientes,
  • Estática plantar errada,
  • Alinhamento incorreto dos membros inferiores, tipo valgo, varo ou recurvato
  • Patela alta
  • Falta de tônus muscular e uma relação ruim de tônus entre a face anterior e a face posterior da perna (quadríceps/isquiotibiais).

O tratamento fisioterápico para síndrome de disfunção femoropatelar é basicamente conservador e tem como objetivo promover por meio de exercícios o equilíbrio entre as porções do músculo quadríceps, especialmente os estabilizadores patelares mediais Vasto Medial Oblíquo e laterais Vasto Lateral Oblíquo e Vasto Lateral Longo, uma vez que a fraqueza deste grupo muscular é responsável pela lateralização da patela, no entanto existem outras condutas de tratamento que mostram eficácia na diminuição da sintomatologia e na melhora da funcionalidade dos movimentos realizados, que serão elencados no decorrer deste trabalho.

O início da SDFP pode ser indício de uma fisiopatologia complexa, que pode incluir sinovite peripatelar, aumento da pressão intra-óssea e remodelamento ósseos. Diferentes formas de tratamento conservador estão sendo oferecidas atualmente, no entanto, são necessários estudos mais aprofundados que comprovem os métodos de tratamento mais eficazes para a Síndrome da Dor Femoropatelar, e qual a melhor maneira de utilização dos mesmos.

A reabilitação tem como objetivo restaurar a coordenação normal da atividade muscular, especialmente durante movimentos funcionais, usando fortalecimento dos estabilizadores dinâmicos da articulação femoropatelar, com ênfase no vasto medial oblíquo, alongamento dos músculos encurtados, controle motor, uso de modalidades terapêuticas e uso de antiinflamatórios. Estas intervenções podem ser associadas com um resultado clínico positivo incluindo a redução da dor, melhora da função e diminuindo a recorrência da dor. Uma vez que o tratamento conservador é sempre enfatizado como a primeira linha de ação em prol da reabilitação dos indivíduos acometidos por esta síndrome, é importante ao Fisioterapeuta ter pleno conhecimento quanto a biomecânica e as formas de tratamento da SFP utilizadas.

Alguns exemplos de exercícios para essa musculatura são:

• Elevação da perna para cima (com leve extensão de quadril).
• Elevação do joelho mantendo os pés juntos.
• Rotação do pé para dentro com elástico, mantendo a coxa parada.
• Agachamento com força para abrir os joelhos, usando elástico.

Formas de aplicação da Auriculoterapia

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A auriculoterapia é uma técnica terapêutica que trata disfunções e promove analgesia através de estímulos em pontos reflexos na orelha externa (pavilhão auricular).

Visa também harmonizar as funções dos Zang/Fu (órgãos e vísceras) e das enfermidades físicas e mentais promovendo um tratamento de saúde, aproveitando o reflexo que a aurícula exerce sobre o Sistema Nervoso Central.

A auriculoterapia é realizada por estímulos. São colocadas pequenas agulhas, parecidas com brincos, na orelha. Elas permanecem na região auricular de três a sete dias e devem ser trocadas semanalmente. Para quem tem receio ou medo de agulhas a auriculoterapia também pode ser feita com sementes de mostarda ou esferas de ouro e prata.

Conheça um excelente curso de Auriculoterapia

O tratamento é indicado para dores em geral, insônia, ansiedade, depressão, obesidade, vícios, dentre outros desequilíbrios. A orelha externa é um dos vários microssistemas do corpo humano, assim como as palmas das mãos, as plantas dos pés e o crânio. Com a auriculoterapia podemos controlar desde uma dor de cabeça usando o ponto do encéfalo, até auxiliar no emagrecimento, estimulando o ponto da fome.

Formas de aplicação da auriculoterapia

Agulhas – com aparência de uma pequeno brinco, as agulhas são colocadas nos pontos em desequilíbrio e depois cobertas com pequeno pedaço de adesivos ou fita micropore para evitar que caiam.

Ponto esfera – constituído por uma pequena esfera de metal (de ouro e prata) este ponto é aplicado da mesma forma que as agulhas, a diferença é que o ponto esfera pressiona, em vez de furar.

Ponto semente – é uma pequena semente de mostarda, usada da mesma forma que o ponto esfera, com a diferença de que este ponto deve permanecer na orelha por um prazo máximo de quatro dias.

A auriculoterapia pode ser utilizada isoladamente ou combinada com outros tratamentos

É importante ressaltar que diabéticos ou hemofílicos não podem fazer a auriculoterapia por meio de agulhas. Nesse caso se aconselha usar as sementes.

Tem um Curso online excelente que você irá aprender a utilizar a Auriculoterapia como um tratamento para para diversas doenças Você sabia que a OMS (organização Mundial da Saúde) aceita e recomenda o uso da Auriculoterapia como um métodos eficientes e de baixo custo para tratar diversas doenças? Nao perca essa oportunidade de ampliar seu leque de serviços!

Em 2015, a Auriculoterapia foi reconhecida para prática do fisioterapeuta. Clique aqui para ver a resolução.


3 graus de evolução da Síndrome do Impacto do Ombro

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A síndrome do impacto consiste em um dos problemas mais comuns do ombro e, nesse sentido, em uma das mais frequentes causas de dor nesta articulação. Popularmente, é chamada de bursite, termo amplamente difundido pela população, ainda que mal compreendido. Ele refere-se à inflamação de um tecido chamado bursa, que existe em varias articulações, e também no ombro. A bursa (termo do latim, que significa, em português, "bolsa") tem como função principal no ombro facilitar o deslizamento de um grupo de tendões, denominado de manguito rotador, abaixo de um osso, o acrômio.  O acrômio é aquele osso que todos nós palpamos facilmente, e que fica ao lado ponta da clavícula.Já o manguito rotador consiste num grupo de quatro músculos, e que tem papel importante na movimentação do ombro. Toda vez que levantamos o braço, os tendões do manguito rotador "deslizam" por baixo do acrômio, e a bursa existe justamente para facilitar esta situação.

A síndrome do impacto, de forma didática, pode ser dividida em três fases de evolução:

Grau 1: É a fase inicial da doença, que se caracteriza por uma lesão inflamatória aguda nos tendões do manguito, principalmente do supra-espinhoso, acompanhada ou não por hemorragia. As lesões ocorrem como consequência de trauma agudo, ou mais frequentemente de sobrecarga no ombro, em pacientes jovens, e com freqüência em atletas.

O tratamento é conservador, já que as lesões agudas regridem com ou sem tratamento. A prevenção é feita com fortalecimento, balanceamento e alongamento muscular, além de exercícios proprioceptivos, principalmente para os praticantes de esporte.

Grau 2: Nesta fase intermediária já aparecem alterações degenerativas na região subacromial (abaixo do acrômio) e no manguito rotador, como consequência de lesões inflamatórias de repetição. Em geral, acomete pessoas acima dos 40 anos. Está relacionada com atividades que exigem a elevação frequente do braço durante as atividades laborativas, e se traduz em um quadro de dor mais constante, que ocorre também durante o repouso. O tratamento inicial é sempre conservador, podendo em alguns casos necessitar de correção cirúrgica. Portanto, nesta fase existem alterações anatômicas com características degenerativas, porém sem rotura do manguito rotador.

Grau 3: A marca desta fase é a rotura do manguito rotador, somada a todas as alterações degenerativas da fase anterior. Esta lesão ocorre mais com pessoas acima de 60 anos de idade. O tratamento inicial busca a melhora da dor e do processo inflamatório e depois a melhora da função. O tratamento cirúrgico é indicado na falha do tratamento conservador.

Muitas vezes, os pacientes que sofrem de síndrome do impacto apresentam um acrômio curvo ou curvado para baixo, nesta situação irá reduzir o espaço subacromial através do qual corre o tendão supra-espinhal.

A tendinopatia do ombro é encontrada:

  • Por razões traumáticas;
  • Devido a artrose;
  • Em lançadoresv e atletas que jogam com o braço acima da articulação glenoumeral.

Uma outra causa é a ocupação, na verdade, qualquer trabalho repetitivo em que o braço é elevado acima de 85 ° / 90 ° com respeito ao tronco pode causar uma tenossinovite, por exemplo, o pintor.

Tenossinovite é a inflamação da membrana sinovial ou bainha do tendão e na qual a maioria dos tendões correm. Este é um canal lubrificado que reduz o atrito e evita inflamações e degenerações.


Tratamentos para Cervicalgia

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Cervicalgia é uma afecção comum e afetará aproximadamente dois terços da população. Manifesta-se, usualmente, por dor na região posterior ou lateral do pescoço, aumento da tensão muscular e restrição da mobilidade articular, podendo ainda ser acompanhada de desequilíbrios posturais. Tais sintomas podem se prolongar por meses ou anos, e o processo de cronificação da doença pode prejudicar a capacidade funcional, a qualidade de vida, alterar os índices de produtividade e levar estes indivíduos a quadros de depressão.

A musculatura da região cervical tem função de equilibrar a cabeça e suspender a coluna torácica e cintura escapular. Em consequência, ocorrem desequilíbrios, encurtamentos, retrações e contraturas dolorosas; contudo, em muitos casos não é possível detectar sua causa. As técnicas musculares proporcionam efeitos mecânicos e reflexos. Sendo que a resposta do sistema nervoso central inclui alivio da dor e relaxamento muscular, causado por alterações da unidade motora e de receptores sensoriais semelhante ao órgão tendinoso de Golgi e fuso muscular.




Diversas técnicas podem ser utilizadas no tratamento da cervicalgia, entre elas se encontram:
  • Terapias manuais: mobilizações vertebrais que auxiliam na restauração do movimento e promovem analgesia local.
  • Eletroterapia: Ultra-som, terapias combinadas, correntes analgésicas.
  • Liberação miofascial: liberação dos músculos que estão sendo muito ativados.
  • Mobilização Neural: movimentação dos nervos e raízes nervosas com intuito de diminuir a dor de origem nervosa, que pode irradiar para os braços.
  • Estabilização segmentar cervical: exercícios que visam a ativação dos músculos profundos que fornecem o suporte para a coluna cervical.
  • Reeducação Postural: correções posturais para melhora do alinhamento da coluna;
  • Ergonomia: adaptação do local de trabalho, como o encosto da cadeira, posição do computador, telefone entre outras adaptações que são fundamentais para o tratamento.

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10 cursos online de especialidades de Fisioterapia

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O crescimento dos cursos online deve-se, principalmente, a facilidade que proporciona a estudantes e profissionais da área de Fisioterapia. São utilizados recursos que estimulam o aprendizado além de ótimos professores para ensinar o assunto que interessa.

Pensando nisso, selecionei 10 cursos online de especialidades da fisioterapia num dos maiores portais de educação a distância do Brasil. Para saber mais basta clicar no link que está no nome de cada curso ou nas imagens. Veja a lista:

Curso Fisioterapia Hospitalar

O curso Fisioterapia Hospitalar oferece ao profissional de fisioterapia conhecimentos sobre radiografia, higiene brônquica, paciente crítico, UTI e muito mais.

Curso Fisioterapia no PSF

O curso Fisioterapia no PSF, por meio da Educação a Distância, oferece ao profissional de fisioterapia conhecimentos sobre atenção básica, SUS, ginástica laboral, aleitamento materno e muito mais.

Curso Fisioterapia em Uroginecologia

O curso Fisioterapia em Uroginecologia oferece ao profissional de fisioterapia conhecimentos sobre assoalho pélvico, fisiologia, incontinência urinária, cones vaginais, anatomia, fisiologia e muito mais.

Curso Fisioterapia Desportiva

O curso Fisioterapia Desportiva oferece ao profissional de fisioterapia conhecimentos sobre fisiopatologia, lesões, reabilitação, desportiva e muito mais.

Curso Fisioterapia Aplicada a Neurologia

O curso Fisioterapia Aplicada à Neurologia por meio da Educação a Distância, oferece ao profissional de fisioterapia conhecimentos sobre neuroanatomia, sistema nervoso, espasticidade, acidente vascular cerebral e muito mais.

Curso Fisioterapia Dermatofuncional

O curso Fisioterapia Dermatofuncional oferece ao profissional de fisioterapia conhecimentos sobre celulite, flacidez, gordura localizada, obesidade, estrias atróficas e muito mais.

Curso Fisioterapia nas Disfunções Temporomandibulares (ATM)

O curso Fisioterapia nas Disfunções Temporomandibulares, por meio da Educação a Distância, oferece ao profissional de fisioterapia conhecimentos sobre disfunções temporomandibulares, ATM, disco articular, mandíbula e muito mais.


Curso Fisioterapia em Obstetrícia

O curso Fisioterapia em Obstetrícia, por meio da Educação a Distância, oferece ao profissional de fisioterapia conhecimentos sobre assoalho pélvico, fisiologia, gestação, parto, puerpério e muito mais.

Curso Fisioterapia Neonatal

O curso Fisioterapia Neonatal, por meio da Educação a Distância, oferece ao profissional de fisioterapia conhecimentos sobre neonato, recém-nascido, ventilação mecânica invasiva, UTI neonatal e unidade intermediária e muito mais.

Curso Fisioterapia Aplicada à Cardiologia

No curso Fisioterapia Aplicada à Cardiologia será abordado o estudo da anatomia e fisiologia cardíaca, as principais cardiopatias e doenças coronarianas, além de procedimentos de ventilação mecânica e a fisioterapia aplicada.

A carreira de um Fisioterapeuta

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De acordo com suas necessidades, muitas pessoas têm recorrido à Fisioterapia com o objetivo de recuperação de funções motoras, realização de atividades sem dores, dentre outras finalidades. E a profissão, assim, vai ganhando destaque.

Após formados, muitos fisioterapeutas atuam como generalistas. Isso significa que, a partir de tudo o que aprenderam, eles elaboram disgnósticos fisioterapêuticos para pacientes, interpretam exames e avaliam os aspectos físico-funcionais de cada pessoa na busca de formas de tratamento, entre outras atribuições relacionadas aos mais diversos casos de recuperação de traumas como fraturas, lesões e funções motoras.

Ao longo de sua carreira, o fisioterapeuta pode atuar em diferentes áreas que visam à prevenção, à cura ou à reabilitação da capacidade física funcional dos pacientes, seja qual for a idade. Ele pode também especializar-se em diversas outras áreas ligadas à fisioterapia, como alguns exemplos que selecionamos abaixo:

Fisioterapia esportiva

Trabalhar na prevenção e tratamento de lesões de atletas de alto nível, que são constantemente submetidos a atividades físicas.

Fisioterapia do trabalho

Atuar em locais como indústrias e empresas, garantindo a saúde dos trabalhadores por meio de ações preventivas de lesões ocorridas, por exemplo, pelo esforço repetitivo de determinadas tarefas.

Fisioterapia dermatofuncional

É o fisioterapeuta especialista na área da dermatologia, recuperando pacientes de lesões como queimaduras, melhorando a parte estética e funcional das áreas afetadas.

Fisioterapia em terapia intensiva

Nesse caso, o profissional lida com pacientes em estado crítico, geralmente aqueles internados em UTIs, reabilitando-os após algum trauma ou acidente para a retomada de funções respiratórias, neurológicas, musculares e outras que evitem a complicação do estado grave dos pacientes internados.

Essas são apenas algumas das especialidades que um fisioterapeuta pode se aprofundar. Além delas existem diversas outras, como a Fisioterapia neurofuncional, oncofuncional, respiratória, traumato-ortopédica, osteopatia e quiropraxia, uroginecofuncional, fisioterapia em saúde coletiva e até mesmo acupuntura.

Após formado, esse profissional pode atuar em clínicas, hospitais e outras instituições ligadas à saúde, por meio de órgãos públicos e privados. Além disso, essa é uma carreira que estimula e instiga bastante o lado empreendedor de seus profissionais, possibilitando que muitos fisioterapeutas busquem autonomia e abram seu próprio consultório.

A área possibilita também a ida de muitos profissionais experientes para instituições de pesquisa, como universidades e centros de pesquisa, onde, além de desenvolver trabalhos científicos, poderão atuar como docentes.

Como toda profissão, a carreira de Fisioterapia também oferece diversos campos de especialização para que, após formados, os seus profissionais escolham uma área de atuação que mais se adeque às suas inclinações. Essas especializações são também ótimas formas de garantir um diferencial profissional frente a um mercado de trabalho cada vez mais competitivo e exigente.

Vale ressaltar também que essa é uma área extremamente humanista, e estar em contato com pessoas e preocupar-se não só com sua saúde física, mas também psicológica, é muito importante para consolidar-se nessa carreira e garantir o seu sucesso.

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Vamos falar sobre o câncer?

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O que causa câncer? Ora, ele surge quando uma célula do corpo sofre um conjunto de mutações que a fazem se proliferar desordenadamente, invadir locais onde não deveria estar e escapar de mecanismos de defesa do organismo que a destruiriam. Esse crescimento descontrolado pode acontecer em diferentes áreas – pulmão, cólon, mama, cérebro, pele, ossos, nervos, intestino, estômago 

Aos poucos, as células tumorais tomam o lugar das saudáveis e abalam o funcionamento do órgão afetado. Quando a doença avança, pode se espalhar pelo corpo, fenômeno conhecido como metástase. Aí o tratamento fica mais complexo.

O desenvolvimento anormal da célula acontece por um defeito no DNA. Essas alterações podem ser herdadas dos pais, pipocar de modo espontâneo ou decorrer de agentes externos, como cigarro, vírus, exposição excessiva ao sol, obesidade e consumo de certos alimentos. Esses são os fatores cancerígenos.

Essa doença pode atingir células sanguíneas (são os cânceres líquidos, assim por dizer) ou órgãos (os sólidos). No primeiro caso, por exemplo, enquadram-se as leucemias, que dão as caras na medula óssea – nossa fábrica de unidades sanguíneas – e os linfoma, formados nos gânglios linfáticos.

Os tumores sólidos, por sua vez, englobam os sarcomas, que atingem músculos, ossos e cartilagens e são mais prevalentes em pessoas jovens. Ou os carcinomas, que atingem o tecido epitelial – que recobre a pele e a maioria dos órgãos – e são mais comuns com a avançar da idade.

Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), estima-se que, em 2018, ocorrerão no Brasil cerca de 600 mil novos casos de câncer.

Sintomas e sinais

– Nódulos

– Dores

– Lesões

– Manchas

– Coceira

– Perda de peso

– Fadiga

– Febre frequente

– Sangue nas fezes ou na urina (câncer anal ou de bexiga)

– Rouquidão e dificuldade de fala (câncer de boca e garganta)

– Tosse persistente e sangramento nas vias respiratórias (câncer de pulmão)

– Anemia (leucemia)

– Dificuldade para urinar ou fazer xixi diversas vezes por dia (câncer de próstata)

– Confusão mental, distúrbios visuais, convulsões (câncer no cérebro)

Dependendo da localização e da agressividade, os sintomas podem demorar mais a aparecer. Isso, claro, impacta na precocidade do diagnóstico e nas chances de sucesso do tratamento.

Fora que esses sinais muitas vezes são confundidos com outros problemas de saúde – um indicativo de que podem sinalizar algo grave é o tempo. Ou seja, se o sintoma não tem motivo aparente e não desaparece após alguns dias, possivelmente está atrelado a alguma doença.

Fatores de risco

– Tabagismo

– Excesso de ingestão de bebida alcoólica

– Obesidade

– Alimentação desregrada: por exemplo, o consumo excessivo de alimentos industrializados ou embutidos, com substâncias como nitritos e nitratos, favoreceria tumores

– Sexo sem proteção

– Exposição a poluentes ou substâncias tóxicas, como amianto, arsênio e níquel

– Exposição prolongada aos raios solares sem proteção

– Radiação

– Remédios à base de hormônios

– Idade: o risco de sofrer de câncer duplica a cada cinco anos após os 25 anos de idade

– Infecções virais a exemplo de HPV e hepatite B

– Doenças inflamatórias como colite ulcerativa

– Herança genética

A prevenção

Embora o componente hereditário tenha participação importante no desenvolvimento de tumores, é possível se cercar de cuidados para reduzir o risco da doença.

Evitar a exposição ao sol entre as 10 e as 16 horas, assim como passar protetor, diminui bastante a probabilidade de câncer de pele, por exemplo. Não fumar afasta inúmeros tumores, dos de pulmão aos de intestino. Maneirar no álcool resguarda a boca e a garganta.

Já o HPV, responsável por praticamente todos os tumores de colo de útero, pode ser prevenido com uma simples vacina. Outras infecções cancerígenas, como a hepatite B, podem ser prevenidos com uso de camisinha.

A dieta também tem peso importante. Um cardápio equilibrado, com frutas, legumes e verduras, abastece o corpo de nutrientes antioxidantes, que formam uma barreira contra os radicais livres, moléculas que podem danificar o DNA e originar uma célula tumoral.

Isso sem contar um considerável efeito indireto: quem opta por esse tipo de alimentação costuma ter mais facilidade em controlar o peso. E a obesidade promove processos inflamatórios e alteração dos níveis de certos hormônios, entre outras coisas que servem de estopim para a enfermidade.

Para ter ideia, estudos apontam ainda que uma alimentação com baixo teor de gordura diminui o risco de aparecimento de tumores de mama, intestino e próstata. Por outro lado, comidas gordurosas, embutidos, produtos processados cheios de conservantes e açúcar demais devem ter seu consumo restrito.

O diagnóstico

O ideal é que o câncer seja flagrado antes mesmo de o paciente apresentar sintomas. Quanto mais cedo o problema for detectado e tratado, maiores as chances de ser contido.

Pessoas com história de tumores malignos na família devem relatar esses casos ao médico. Para mulheres que tiveram mãe, tias ou avós com câncer de mama, por exemplo, o especialista poderá antecipar a solicitação de exames de ultrassom ou mamografia, em geral recomendado a partir dos 40 ou 50 anos de idade na população. E, independentemente do histórico familiar, o autoexame da mama é recomendado a partir dos 18 anos.

O ideal é conversar com um profissional para checar qual o acompanhamento mais adequado no seu caso. Se alguma alteração for observada, o passo seguinte será a realização de exames específicos para cada tipo de suspeita: ultrassom, testes de sangue, de fezes, biópsias.

De olho no diagnóstico precoce, os médicos costumam solicitar exames em consultas de rotina, a partir de determinada idade. Exemplo: acima dos 50 anos, homens e mulheres devem fazer exame para detecção de sangue de fezes, o que pode indicar câncer de intestino.

O toque retal é indicado anualmente para homens a partir dos 50 anos – ou antes, em certas situações –, assim como o teste de sangue para medir o PSA, substância produzida pela próstata e que, em níveis elevados, sugere que a glândula sexual masculina está sob ameaça.

E por aí vai.

O tratamento

A decisão sobre a estratégia de combate do câncer é complexa e envolve sua localização, o estágio da doença e as características moleculares dela. O próprio estado geral de saúde do paciente é importante, uma vez que certas medicações e os procedimentos podem provocar efeitos colaterais e abalar o organismo.

Muitas vezes, a terapêutica envolve a combinação de diferentes estratégias:

Quimioterapia

O paciente recebe remédios, em geral injetáveis, dotados de alta toxicidade. Eles vagam pela circulação e atacam praticamente toda célula que se reproduz de forma rápida e desordenada.

Mas, por essa mesma característica, o tratamento afeta também unidades saudáveis do corpo, gerando efeitos adversos como falha na imunidade, queda de cabelo, náusea, perda de apetite e de peso. Verdade que, hoje, as drogas são menos tóxicas do que antes e existem alternativas à disposição para controlar as reações indesejadas.

A quimioterapia é feita em sessões distribuídas num período de tempo após o qual o paciente é reavaliado. A depender do resultado, novas rodadas podem ser indicadas.

Radioterapia

O método se vale de raios de alta energia capazes de matar as células que formam o tumor, reduzindo seu tamanho e evitando sua disseminação. Como é quase impossível focar esses raios apenas na área doente, eles acabam prejudicando células sadias.

Atualmente, as máquinas emitem raios que contornam o tecido saudável sem atingi-lo em cheio. Com isso, lesões em órgãos próximos ao tumor são minimizadas ao mesmo tempo que a potência da radiação sobe, tornando o tratamento ainda mais letal contra a doença.

Reações como lesões na pele, náusea e perda de peso também podem acontecer. Assim como na quimioterapia, o tratamento é feito em sessões por um determinado tempo, com reavaliações periódicas.

Cirurgia

Esse tipo de intervenção pode ser escolhido para dar cabo de tumores mais localizados. Por exemplo: um câncer em estágio inicial nas mamas ou na próstata. Com o bisturi, o médico extrai a área afetada pela doença.

O paciente é acompanhado meses depois a fim de comprovar que não existem mais resquícios do problema. E talvez tome remédios para destruir eventuais células malignas escondidas. Com o avanço tecnológico, hoje tumores como os de próstata já são extirpados em cirurgias guiadas por robôs.

Também é possível que a cirurgia entre em cena para reduzir os estragos de um tumor já espalhado pelo organismo.

Terapia-alvo

Em resumo, são uma espécie de míssil teleguiado. Em vez de atacar o corpo todo, como a químio, esses remédios miram características únicas do câncer, impedindo que ele se prolifere ou matando-o de fome, assim por dizer.

Como se focam em alterações específicas, muitas vezes é necessário checar, por meio de exames laboratoriais, se o tumor do paciente em questão apresenta essas particularidades ou não. O desenvolvimento desse arsenal terapêutico acelerou muito o que se chama de individualização do tratamento oncológico.

Imunoterapia

A ideia é fazer com que o próprio sistema imune da pessoa seja capaz de reconhecer e atacar o tumor. O tratamento é feito com moléculas que instigam o nosso próprio sistema imunológico a reconhecer e atacar a doença.

Nos últimos anos, ela tem ganhado cada vez mais importância na oncologia. Hoje, já é usada contra cânceres de pele, rim, pulmão e por aí vai.

Saiba mais sobre os disturbios de movimento

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Distúrbios de movimento ocorrem quando há dificuldade de controle e eles se tornam excessivos ou escassos, além de involuntários. Podem surgir em qualquer idade, por diversas causas, identificadas por meio de exames ou de características eletrofisiológicas.

Movimentos involuntários também são denominados hipercinesias. Os principais tipos são os tremores, distonias e coréias; a doença mais conhecida que se manifesta com tremor é a de Parkinson.

Tremores

Involuntários, rítmicos, oscilantes e em qualquer parte do corpo, os tremores são o tipo mais comum de movimentos involuntários. Resultam da contração e relaxamento dos músculos antagonistas. O tremor fisiológico é habitualmente imperceptível, mas em certas condições - fadiga, hipoglicemia, efeito de medicações - pode tornar-se visível.

Para classificar os tremores é necessário observar-se a frequência, velocidade e relação com o movimento - em repouso, em atividade e em determinada postura corporal. Os mais frequentes são o Tremor Essencial e o da doença de Parkinson.

Essencial

O Tremor Essencial é dez vezes mais frequente que o do Parkinson. Acomete, principalmente, os membros superiores e progride lentamente. O fator genético é visto como o principal risco para essa doença; pode ser identificado em cerca de 60% dos pacientes.

O TE pode ainda manifestar-se na fala, na mandíbula, além de outras partes do corpo. Sua intensidade também é diferente individualmente: pode ser discreto ou intenso, comprometendo atividades diárias como escrever e segurar objetos.

Para conclusão do diagnóstico, é necessário verificar se o temor não é decorrente do uso ou abstinência de drogas e medicamentos, além de distúrbios metabólicos e hormonais.

Sem cura, seu tratamento consiste em medicamentos para diminuir a intensidade. Em casos mais graves, indica-se procedimento cirúrgico.

Doença de Parkinson

Segunda doença neurodegenerativa mais frequente, estima-se que 2% da população mundial, acima de 65 anos, seja portadora, pelos cálculos da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Sua maior característica é a perda progressiva de células do sistema nervoso, entre elas as que produzem dopamina, neurotransmissor com importante papel no controle dos movimentos. As principais alterações neurológicas presentes na doença de Parkinson são lentidão de movimentos, rigidez muscular e o tremor de repouso.

Outros sintomas são alteração da fala, da marcha, da deglutição e do equilíbrio

Um dos fatores que permitem distinguir o tremor da doença de Parkinson do Tremor Essencial é que o primeiro deles ocorre inicialmente em uma única mão, enquanto o segundo habitualmente aparece nas duas concomitantemente.

Enquanto o tremor essencial surge quando a pessoa segura alguma coisa ou escreve, o parkinsoniano se manifesta em repouso, com a mão parada.

O tratamento da doença de Parkinson apenas controla as manifestações, elevando a quantidade de dopamina no cérebro. Fisioterapia, boa alimentação, diminuição do estresse e práticas de atividade física podem melhorar a qualidade de vida do paciente.

Distonia

O transtorno gera contrações musculares involuntárias, levando a posturas anormais, devido às alterações de certos circuitos cerebrais responsáveis pelo controle dos movimentos.

As distonias podem ser focais, acometendo apenas uma região ou ao executar uma tarefa, enquanto escreve, toca instrumentos ou digita, por exemplo. Em suas manifestações mais graves, chega a atingir todo o corpo. A forma focal mais comum é a que afeta o pescoço (torcicolo espasmódico) e geralmente surge em torno dos 40 anos.

O tratamento mais efetivo para as distonias focais é aplicação de toxina botulínica na região afetada. Medicamentos de uso oral são de pouca utilidade. Além do tratamento farmacológico a recomendação é de complementação com fisioterapia e terapia ocupacional.

Coreia

A origem da palavra, em grego, significa dança. A coreia é caracterizada por movimentos involuntários abruptos e de curta duração, com repetição intensa e variável. Pode ser consequente de uso de medicamentos, doenças inflamatórias sistêmicas com repercussão neurológica, causas genéticas, em situações mais raras, surgem durante a gravidez.

Tiques e Síndrome de Tourette

Já os tiques são movimentos repetitivos que comportam algum grau de controle voluntário. Possivelmente estão relacionados à alteração do sistema dopaminérgico no sistema nervoso central.

Tiques transitórios, que permanecem por um ano, são muito comuns na infância. Alguns indivíduos persistem com o tique localizado em alguma parte do corpo, normalmente na face. Antigamente, considerava-se como causa mais relevante um fator psicológico (Freud abordava o tema como um "conflito do inconsciente"). Nos dias de hoje, o fator psicológico é um agravante ou desencadeante, mas não causa.

Os agentes responsáveis podem ser disfunções de neurotransmissores cerebrais, especialmente a dopamina, conforme já mencionado e em certos tipos o fator genético pode ser relevante.

Na denominada Síndrome de Tourette ocorrem tiques múltiplos, não apenas motores, mas fônicos também. Podem estar presentes ainda movimentos de automutilação, como bater a cabeça, bater em si mesmo e colocar o dedo nos olhos. Um dos tipos de tratamento indicado para o controle é a terapia cognitiva. Medicamentos antipsicóticos também reduzem a intensidade dos tiques.

Fisioterapia na Tendinite Patelar

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É difícil encontrar um fisioterapeuta que não tenha tratado uma tendinite patelar em consultório. Conhecida também como Jumpers Knee (joelho do saltador) é uma condição que, apesar de aparentemente inofensiva, pode levar à grande incapacitação à prática diária e/ou esportiva.

É a ruptura ou inflamação dolorosa do tendão patelar (tendinite) e afetam, principalmente, pessoas que praticam esportes em geral que saltam muito: saltadores (distância, altura, triplo), jogadores de basquetebol e voleibol, praticantes de aeróbica de alto impacto. É bastante comum também nos períodos de crescimento (puberdade e pós-puberdade).

O joelho do saltador normalmente afeta a fixação do tendão patelar do polo inferior da patela devido ao mecanismo que ocorre durante a desaceleração no esporte. é uma condição de esforço repetitivo. A incidência é maior nos homens. É uma das doenças do joelho mais comuns em atletas, ocorrendo em até 20% dos que praticam salto. Apresenta como sintomas:

1. Dores nos exercícios, pouco abaixo da patela;
2. Dor e rigidez na região patelas após de práticas esportivas;
3. Sensibilidade a toque e edema pouco abaixo da patela;
4. Postura antálgica para se locomover.

E como a fisioterapia atua nessa condição? O principal objetivo é acabar com a dor que, geralmente, é incapacitante. Junto com o tratamento da dor, investigar se há alguma posição óssea ou gesto motor que o paciente esteja fazendo errado para que a tendinite não volte. E por último, fortalecer a região para evitar a volta da Tendinite.

Para isso, pode-se dividir o tratamento por objetivo e a forma como se trabalha. A fase antes da movimentação, que ajuda na analgesia, pode-se utilizar: crioterapia, calor úmido superficial, laser, ultrassom, iontoforese, contraste (calor e frio).

Já a fase de movimentos, pode-se utilizar: a mobilização passiva, alongamentos (respeitando sempre a condição que o paciente se apresenta), movimentos passivos da região e evoluir para os movimentos ativos, fazendo exercícios concêntricos e excêntricos.

Essa condição, embora comum, não é de difícil tratamento, quando o paciente entende que, em certas fases, o repouso é fundamental. Além disso, ele ter a consciência corporal para conseguir identificar o que pode estar fazendo de errado ajuda o fisioterapeuta a agi​r de forma preventiva.

3 objetivos do Exercício Físico para o Idoso

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Ao avaliarmos o indivíduo idoso, devemos ter claro quais são suas perdas principais e como elas afetam sua qualidade de vida. Lembrando que a função principal do nosso trabalho é permitir que a pessoa faça e continue fazendo aquilo que é importante para ela mesma em termos de funcionalidade e independência.

Uma vez que o indivíduo é avaliado e são determinadas quais as perdas, o programa deve ter como objetivo:

1 – prevenir ou retardar a progressão de alguma doença crônica;
2- manter ou aprimorar os níveis de aptidão cardiorrespiratória (capacidade funcional);
3- prevenir as limitações e incapacitações funcionais (flexibilidade, força, coordenação, equilíbrio).

Muitas vezes, as pessoas idosas frágeis são incapazes de tolerar rotinas de exercícios aeróbicos em uma base regular devido à falta de resistência. Mas enquanto as alterações relacionadas com a idade no sistema cardiovascular têm efeitos significativos sobre o desempenho cardíaco, estima-se que 50% da perda de resistência pode estar relacionada à diminuição da massa muscular.

A participação em um programa de exercício regular é uma modalidade de intervenção efetiva para reduzir/prevenir um número de declínios funcionais associados ao envelhecimento 

Um programa de exercício físicos para essa população deve ser global – exercícios resistidos, aeróbios, equilíbrio, flexibilidade – levando em consideração o índice de envelhecimento. Caso haja alguma necessidade específica resultante do processo de envelhecimento, você pode dar maior ênfase a um determinado tipo de treinamento, mas sem deixar de trabalhar outros componentes.

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Fortaleça o CORE para evitar problemas posturais

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O Core é formado por 29 pares de músculos, cuja sua função é de suportar complexo lombo-pelvico-quadril e assim conseguimos dar uma estabilidade para a coluna vertebral, pelve e cadeia ciática durante a execução dos movimentos funcionais. Os principais músculos que compõe o core são:

  1. Glúteo Médio;
  2. Transverso abdominal;
  3. Multífidos;
  4. Adutor longo;
  5. Eretores da coluna;
  6. Oblíquo interno e externo;
  7. Ílio psoas;
  8. Glúteo máximo;
  9. Reto abdominal;
  10. Períneo: músculo do assoalho pélvico;
  11. Diafragma;

A principal função do Core é de manter o alinhamento corporal e de favorecer a base de suporte do corpo além de evitar lesões. Alguém com um Core bem fortalecido e estabilizado consegue evitar lesões, melhorar seu desempenho físico e até sua força. Quem está com essa região instável corre o risco de realizar movimentos pouco funcionais e mais arriscados já que o Core é responsável pela estabilização do corpo.

Podemos classificar estes músculos de duas formas. Músculos locais e músculos globais. Os músculos locais são responsáveis por estabilizar antes que ocorram os movimentos. Já os músculos globais são responsáveis por estabilizar durante a realização dos movimentos.

O core tem um papel relevante para a proteção da coluna contra sobrecargas e posturas erradas.  Além disso, essa musculatura é fundamental para os movimentos distais, por esse motivo, um core forte faz com que nosso corpo se mova com mais destreza e eficiência 

Para que tenhamos um funcionamento do sistema muscular de forma correta e centrada na execução de cada movimento, independente de qual for o nível de exercícios realizados, precisamos ter em mente que um Core fortes e ativados podem ser a diferença entre gerar benefícios ou risco de lesão no seu aluno. Além disso, tendo essa musculatura forte é possível prevenir lesões, estabilizar a coluna e reduzir dores de acometimentos já existentes.

Trabalhando a região conseguimos melhorar a sustentação da lombar, do quadril e da pelve e evitar problemas de membros superiores e inferiores. Você tem algum paciente reclamando de lombalgia ou problemas no quadril? Tenho certeza que eles precisam de um Core fortalecido.


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Aspectos gerais da fisioterapia intensiva no paciente neurológico crítico

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Introdução

A hipertensão intracraniana (HIC) aguda constitui a afecção de maior importância em pacientes neurológicos internados em unidades de terapia intensiva devido maior morbidade que representa 7,6.

 A pressão intracraniana (PIC) é a pressão resultante da presença de três compartimentos dentro da caixa craniana: componente parenquimatoso (estruturas encefálicas), componente liquórico (constituído pelo líquor das cavidades ventriculares e do espaço subaracnóideo) e o componente vascular (constituído pelo sangue circulante no encéfalo) 6,7,8. A extrema vulnerabilidade da célula nervosa às situações hipóxicas faz com que a magnitude de seu comprometimento hipóxico-isquêmico seja o principal fator determinante de seu potencial de recuperação face às diferentes agressões 5,8.

Uma vez que a lesão nervosa hipóxico-isquêmica constitui a via final comum de vários mecanismos etiopatogênicos, a monitorização de parâmetros hemodinâmicos como pressão de perfusão cerebral (PPC), pressão arterial média (PAM), pressão intracraniana (PIC); metabólicos como extração cerebral de O2 (ECO2), extração sistêmica de O2; e respiratórios como PaCO2 e PaO2 em muito pode auxiliar na terapêutica adequada .

Os pacientes neurológico crítico ou neurocirúrgico na UTI são pacientes que requerem cuidados adicionais devido a vulnerabilidade do SNC e por serem pacientes que permanecem internados por períodos prolongados, durante os quais permanecem no leito a maior parte do tempo e conseqüentemente podem apresentar alterações cinesio-funcionais se não realizado atendimento fisioterapêutico adequado, podendo ainda o fisioterapeuta ser iatrogênico se não tomar as devidas precauções e monitorizar corretamente o paciente durante o atendimento.

O fisioterapeuta intensivista, por cuidar de doentes críticos na unidade de terapia intensiva deve conhecer as principais emergências neurológicas e técnicas de monitorização neurológica, devido ao fato de estes pacientes apresentarem quadro clínico flutuante, com o objetivo de minimizar seqüelas funcionais, o que implica em melhor adequação destes a sociedade.

Objetivo

Evidenciar a necessidade da atuação do fisioterapeuta intensivista de forma sistemática e constante como fator determinante na qualidade e assistência do paciente neurológico crítico em unidade de terapia intensiva.

Descrição

I- Alterações Clinicas no Paciente Neuro-Crítico

 I.a- Fisiopatologia da Lesão Cerebral Hipóxica

 A hipertensão intracraniana (HIC) é responsável por determinados fenômenos que independem da sua causa. Dessa forma, ocorrem distensão e compressão dos vasos, meninges e parênquima encefálico e aumento da resistência oferecida ao fluxo sanguíneo6. A fisiopatologia da HIC, portanto, relaciona-se aos fenômenos compressivos e isquêmicos. O próprio evento compressivo, inicialmente apenas mecânico acabará por causar lesões isquêmicas evolutivamente.

A interferência com o fluxo sanguíneo encefálico, ocorre tanto em nível regional devido a eventos compressivos, quanto em nível global, pela diminuição da PPC causada pelo aumento da PIC em si. Ao sofrer uma agressão anóxico-isquêmica, o tecido nervoso se torna mais ávido de O2 e aumenta sua extração, tendo como finalidade a manutenção do seu metabolismo. A HIC acarreta reflexamente aumento na pressão arterial sistêmica, denominado reflexo de Cushing, na tentativa da manutenção da PPC. Na presença de déficit circulatório encefálico, ocorre ainda alterações de distribuição do fluxo sanguíneo, que visam preservar a perfusão de áreas relacionadas à manutenção da homeostase do organismo, como o tronco cerebral 1,4.Portanto, a isquemia encefálica constitui o mecanismo de lesão final da HIC.

 I.b- Alterações Cinesio-Funcionais em Pacientes Críticos

 As lesões neurológicas, por se tratarem na maioria das vezes de processos isquêmicos, hemorrágicos ou tumorais, acarretam alterações que refletem danos neuronais, levando a desordens posturais e de movimento globais 7,8. Devido ao fato da perda de movimentação por sedativos, analgésicos e bloqueadores neuromusculares, alguns pacientes podem apresentar efeitos deletérios como perda de trofismo muscular, deformidades osteomiomusculares e alterações de imagem corporal e consciência cinestésica. Como efeitos secundários do repouso no leito ou da diminuição relativa da atividade temos o descondicionamento que se reflete por alterações nos sistemas respiratório, músculo esquelético, gastrointestinal, nervoso, renal cardiovascular e circulatório, além dos riscos de trombose venosa profunda (TVP) onde a incidência é aumentada pela imobilidade no leito.

 I.c- Alterações Causadas Pela Imobilidade no Leito

 A imobilidade no leito pode causar alterações em diversos sistemas, piorando o prognóstico do paciente. No sistema respiratório observamos alterações na mecânica respiratória levando conseqüentemente a diminuição dos volumes e capacidades pulmonares, redução da tosse e atividade ciliar brônquica e maior risco de embolia pulmonar.A hemodinâmica também se altera, causando bradicardia, diminuindo débito cardíaco, ocorrendo também diminuição do retorno venoso e do débito glomerular, podendo levar o paciente a alterações renais. No sistema músculo-esquelético observamos contraturas musculares, rigidez articular e atrofias por desuso, e no sistema nervoso verificamos alterações sensoriais, cognitivas, comprometimento do equilíbrio e coordenação e diminuição da capacidade funcional.


 II- Hemometabolismo Cerebral

 II.a - Pressão de Perfusão Cerebral (PPC)

 Define-se como PPC o gradiente entre a pressão arterial média (PAM) e a pressão intracraniana (PIC), sendo o seu valor normal acima de 70mmHg
                                          PPC = PAM - PIC

 É importante ressaltar que a simples manutenção da PPC não é por si só suficiente para adequada oxigenação do tecido nervoso. Na prática clínica diária defende-se a idéia de manter PAM elevada com o intuito de elevar a PPC (inclusive utilizando drogas vasoativas). Esta técnica provocaria um efeito vasoconstritor cerebral reflexo, diminuindo o volume sanguíneo cerebral e consequentemente, os valores de PIC, entretanto há estudos recentes em que não se encontrou correlação entre PPC normal ou alta e o FSC ou parâmetros do metabolismo cerebral de O2 1,2.


 II.b- Fluxo Sanguíneo Cerebral (FSC)

 O fluxo sanguíneo cerebral (FSC) é diretamente proporcional a PPC e inversamente proporcional à resistência vascular cerebral (RVC) . Ao analisarmos a fórmula FSC= PPC/RVC, espera-se que o aumento da PPC acarrete um aumento do fluxo, mas segundo estudos de Falcão e col. mostrou que o este foi independente da PPC. Ao observarmos o fluxo sanguíneo cerebral, deve-se também correlacionar ao ESO2 (saturação da oxi-hemoglobina arterial - saturação da oxi-hemoglobina do intracath) e ECO2 (saturação da oxi-hemoglobina arterial - saturação da oxi-hemoglobina do catéter bulbo-jugular) . O FSC é diretamente proporcional a demanda metabólica do tecido nervoso, acoplamento este denominado auto-regulação metabólica, também dependente da viscosidade sanguínea, sendo o valor normal do fluxo de aproximadamente 750ml/min e corresponde à cerca de 15 a 20% do débito cardíaco, devido à intensa atividade metabólica do SNC 6,8. Nas primeiras 24 horas após a lesão, o FSC é muito baixo e se restabelece progressivamente nos três dias subseqüentes. Quando o seu valor é baixo, a saturação jugular de O2 também é baixa, e leva a episódios prolongados de dessaturação venosa e hipocapnia .


 II.c- Pressão Intracraniana (PIC)

 A caixa craniana contém três componentes:
 -parenquimatoso, formado por estruturas encefálicas;
 -liquórico, constituído por líquor das cavidades ventriculares e espaço subaracnóideo;
 -vascular, caracterizado pelo sangue circulante no encéfalo a cada momento 6.
 A PIC é a pressão resultante da presença destes três componentes dentro da caixa craniana, usualmente conceituada como pressão liquórica 6,8. A distribuição e a circulação liquórica assemelham-se a um sistema de vasos comunicantes, distribuindo a pressão uniformemente através dos diversos compartimentos. A pressão varia conforme o local de medida e postura do paciente, que deve estar com a cabeceira elevada em trinta graus. Admite-se como PIC normal valores inferiores a 10mmHg e tolerável valores até 20mmHg .


 II.d- Pressão Arterial Média (PAM)

 Quanto a monitorização da PAM, pode ser contínua ou invasiva através de cateterização de uma artéria periférica, ou semicontínua não invasiva. Atualmente tem-se optado mais freqüentemente pela monitorização não invasiva, embora a forma invasiva além de ser mais fidedigna, permite colheita de amostras para exames laboratoriais .Uma vez implantadas monitorização de PAM e PIC, ter-se-á automaticamente a monitorização da PPC .Os valores normais de PAM estão entre 70 e 110mmHg.


 II.e- Reatividade Cerebrovascular a Mudança da PCO2

 Mudanças na pressão parcial de gás carbônico (expirada e/ou arterial) normalmente se associam a mudanças diretamente proporcionais no FSC e inversamente proporcionais ao ECO2. Admite-se como valores normais de PaCO2 de 35 a 45mmHg . Assim sendo, aumentando-se a PCO2 acima de 45mmHg, aumenta-se o FSC e diminui-se a ECO2. Manobras em sentido oposto acarretam mudanças inversas. Segundo estudos de Cruz e col., a PaCO2 diminui abaixo de 35mmHg, leva a vasoconstrição e se estiver elevada, a vasodilatação, podendo levar ao extravazamento de líquidos na fase aguda pela maior permeabilidade da membrana.As aplicações práticas da reatividade cerebrovascular estimada a mudanças da PaCO2 podem ser ajustadas através da assistência ventilatória invasiva objetivando manter os valores de PaCO2 em níveis adequados.


 III- Monitorização Neuro-Funcional Intensiva

 III.a- Monitorização da PIC

 Introduzida em 1951, a monitorização da PIC só veio se incorporar à prática diária dos grandes centros da especialidade neurocirúrgica nos últimos anos com o advento de novas técnicas de monitorização. Essa avaliação, ao ser analisada em conjunto com parâmetros clínicos, hemodinâmicos, respiratórios e metabólicos, veio possibilitar melhor compreensão e manuseio do paciente neurológico. A monitorização da PIC fornece importantes informações que precedem o aparecimento de sinais e sintomas de descompensação neurológica, permitindo assim um tratamento mais precoce e eficaz. A sua realização é indicada em todos os pacientes com suspeita de hipertensão intracraniana aguda ou subaguda com risco de descompensação, que serão assistidos em unidades de terapia intensiva 6,8. O registro de pressões dos compartimentos é obtido através de um transdutor de membrana que possibilita a transformação do efeito pressórico hidrostático exercido por uma coluna líquida sobre a membrana, em sinal elétrico que será expresso em unidades pressóricas (mmHg ou cmH2O). É usualmente utilizado o monitor CAMINO® e realizada sua inserção no centro cirúrgico, realizando-se um orifício na região frontal do lado mais acometido (denominado trepanação), inserindo-se um catéter intraventricular ou no espaço subaracnóideo que mensura constantemente as pressões do sistema 3,8. A interpretação dos dados fornecidos pela monitorização da PIC deve sempre ser feita com cuidado e em conjunto com os dados clínicos e tomográficos.

 III.b- Monitorização do Bulbo da Jugular

 Utilizada desde 1985, tem o objetivo de avaliar as condições de oxigenação cerebral em pacientes neurocríticos, com o objetivo de avaliar o hemometabolismo pela análise da relação entre FSC e consumo cerebral de O2 (CCO2) 8. Para a obtenção da amostra de sangue do bulbo da veia jugular é realizada a inserção de um catéter, geralmente à direita por ser mais calibrosa que a esquerda, no bulbo da veia jugular interna. É confirmado o posicionamento pelo raio-X de crânio em perfil 6,8. A demanda metabólica de oxigênio por parte do encéfalo pode ser então definida como sendo a quantidade de O2 que o encéfalo extrai do fluxo sanguíneo cerebral, realizando-se um cálculo para verificar a extração cerebral de O2 (ECO2), sendo a diferença da saturação arterial de O2 pela saturação venosa jugular de O2 1,8.
                  ECO2 = SaO2 - SjvO2
 Sendo que medidas de SJO2 inferiores a 55% sugerem situações anóxico-isquêmicas e valores superiores a 75% sugerem hiperemia e o valor normal de ECO2 de 24 a 42% . A monitorização da ECO2, associada a PIC e PPC permite otimização do tratamento intensivo destes pacientes, e a avaliação da oximetria do bulbo jugular é útil no diagnóstico diferencial entre diversas situações neurológicas (vasoespasmo, hiperemia, hipoperfusão cerebral), ajudando na orientação da conduta a ser realizada 8.
 

 III.c- Capnografia/ Capnometria

 O dióxido de carbono (CO2) é um produto constante do metabolismo das células orgânicas. O conteúdo de CO2 é então exalado, e seu valor no final da expiração (PetCO2) é um reflexo aproximado da pressão parcial de CO2 no sangue arterial (PaCO2) 9,11. Define-se capnometria como a mensuração da pressão parcial ou da concentração de CO2 ao final da expiração, com mostragem de seu valor numérico. É portanto um monitor quantitativo 9. A capnografia, por sua vez, além do mostrador numérico apresenta a tradução dos valores da PetCO2 na forma gráfica, relacionando estes valores com o tempo, dando origem a uma onda com fase inspiratória e expiratória 7,9. Esta avaliação não-invasiva apresenta várias vantagens potenciais em relação à avaliação gasométrica do sangue arterial, evitando a necessidade de punções arteriais repetidas, descartando também as complicações por infecções, além de fornecer dados que traduzem não somente o perfil ventilatório, mas também o cárdio-circulatório (parada cardíaca, TEP, hipovolemia, etc...), além de permitir o ajuste adequado dos parâmetros ventilatórios do paciente. O capnógrafo consta de um conector com sensor infravermelho, locado na cânula endotraqueal o mais próximo possível do paciente, adaptado à um monitor onde é mensurado constantemente o valor e gráfico do CO2 exalado`a cada ciclo respiratório, com diferença de aproximadamente 5mmHg a mais que a PaCO2 9.


Resultado: Dentre todas as alterações que permeiam o paciente neuro-crítico (alterações do metabolismo cerebral, ventilatória e neuro-funcionais), o cuidado fisioterapêutico é imprescindível para evitar seqüelas funcionais limitantes. A assistência do paciente neurocrítico deve ser realizada empregando-se técnicas cinesioterapêuticas de forma a minimizar as desordens neurofuncionais provenientes da lesão, auxiliados pela monitorização dos parâmetros do hemometabolismo cerebral, hemodinâmicos e ventilatórios. O fisioterapeuta, através de posicionamento de forma a estimular e manter a consciência táctil e cinestésica, mantendo o cuidado durante a movimentação ativa ou passiva, realizando as manobras de higiene brônquica, tal como a aspiração, de maneira cautelosa e mantendo os níveis de CO2 adequados favorece o prognóstico do paciente durante a fase de vulnerabilidade do sistema nervoso. A atuação do fisioterapeuta intensivista de forma sistemática e constante, favorecendo o prognóstico do paciente crítico, diminuindo a permanência do mesmo na UTI, implicando em menos custos e complicações clínicas.


Discussão: Pacientes com lesões neurológicas graves ou potencialmente graves, necessitam de cuidados intensivos para preservar a integridade dos sistemas orgânicos (neurológico, renal, hemodinâmica, entre outros), implicando em melhor prognóstico e sobrevida.

Para isso conta-se com medidas de suporte através de sedativos, analgésicos, posicionamento no leito, assistência ventilatória e monitorização do hemometabolismo cerebral. Os transtornos da percepção, decorrentes do repouso prolongado no leito e da lesão neurológica, envolve as modalidades tactéis e cinestésicas e exercem  efeito sobre o tônus muscular, fazendo com que os seus processos perceptivos internos forneçam uma quantidade demasiadamente pequena de informações, ou  apenas confusas 13,14. A compressão de estruturas no sistema nervoso central pode levar a hipertonia, sendo que lesões do sistema piramidal refletem hipertonia elástica e pode esta ser proporcionada ou desproporcionada podendo ser acompanhada do reflexo de Babinsk, ou extra-piramidal com hipertonia plástica, que levam a alterações em padrões posturais. Hipotonia e alterações como decorticação e descerebração  indicam desconecção das estruturas diencefálicas e de tronco cerebral, indicando péssimo prognóstico 8,10. Função de tálamo pode ser avaliada através de estímulos dolorosos superficiais e profundos aplicados de forma bilateral, assim como a verificação de reflexos tendíneos indicam a integridade de arco reflexo medular.

O fisioterapeuta deve ter como objetivo minimizar as desordens funcionais através do posicionamento adequado com elevação do decúbito dorsal a 30o com cabeça em linha média e membros alinhados com o uso de coxins de forma funcional, prevenindo a compressão  de nervos periféricos e minimizando desordens sensoriais e sinestésicas 13,14. Alterações do decúbito devem ser realizadas se indicada a cada 2-3 horas, evitando o aparecimento de úlceras de pressão, desenvolvimento de contraturas musculares e deformidades articulares. Ao mobilizar o paciente através de exercícios passivos, ativo-assistidos, ativos livres e posiciona-lo regularmente em decúbito lateral ou ventral faz com que a informação proveniente do meio que o cerca faça contato com diferentes partes do seu corpo, evitando o considerável aumento do tônus em uma só direção, proporcionando diferentes sensações. Deve-se estimular a integração sensorial, do equilíbrio e cognitiva, independentemente dos objetivos de cada procedimento. A avaliação do sistema ventilatório do paciente tem como objetivo identificar fatores para insuficiência respiratória, sejam estas por disfunções da oxigenação e/ou da ventilação pulmonar. A agilidade na identificação das manifestações clínicas e a intervenção fisioterapêutica podem melhorar a ventilação e conseqüentemente as trocas gasosas do paciente, principalmente quando monitorado em tempo integral na UTI . Nos pacientes sob assistência ventilatória invasiva, deve ser administrado corretamente o ajuste dos parâmetros ventilatórios, segundo a necessidade do paciente. Na presença de sinais e sintomas de desconforto ventilatório, seja por fadiga, fraqueza muscular ou hipersecreção, deve-se adotar as manobras de higiene brônquica (MHB) e manobras de reexpansão pulmonar (MRP) para proporcionar melhora da dinâmica torácica e trocas gasosa. A aspiração de secreção traqueal deve ser realizada cautelosamente, sendo monitorizado o gráfico de PIC, se o mesmo estiver inserido, devido ao reflexo de tosse que é estimulado que aumenta a pressão intratorácica, diminui retorno venoso cerebral e reflete em aumento da PIC. Para que não ocorra tal fato, é necessária a utilização de bloqueadores neuromusculares, que inibem o potencial de ação muscular. Deve-se também preservar o trofismo da musculatura respiratória que, devido ao período prolongado de desuso pode evoluir com diminuição de força, dificultando o desmame ventilatório, podendo prolongar a permanência do paciente na UTI. A PaCO2 indica a ventilação alveolar e seu aumento pode levar a hipercapnia e pode ser lesiva para uma parcela de pacientes, visto a relação dos níveis de CO2 com a auto-regulação do FSC. Por este motivo, os intensivistas atualmente admitem valores de PaCO2 entre 30 e 35mmHg quando se fala em otimização ventilatória em pacientes neurológico.


 Bibliografia:

 1 - Cruz, J. Hemometabolismo cerebral. Arq Neuropsiquiatr  51:1, 1993
 2 - Andrade, F.C. Usos e abusos da hiperventilação nos TCE graves. Arq Neuropsiquiatr  58:4, 2000
 3 - Falcão, A.L.E. Aspectos técnicos da monitorização da PIC pelo método subaracnóideo no TCE grave. Arq Neuropsiquiatr  59:4, 2001
 4 - Cruz, J. Traumatic brain ischemia during neuro intensive care: myth rather than fact. Arq Neuropsiquiatr  59:3, 2001
 5 - Cruz, J. Current internacional trends in severe acute brain trauma. Arq Neuropsiquiatr  58:3, 2000
 6 - Knobel, E. Condutas no paciente grave. São Paulo, Ed. Atheneu, 1994
 7 - Cruz, J. Neurointensivismo. Série Clínicas Brasileiras de Medicina Intensiva, São Paulo, Ed Atheneu, 2000
 8 - Crosnel, D. Medicina Intensiva. Ed. Atheneu, Rio de Janeiro, 1999.
 9 - Terzi, R.G.G. Monitorização respiratória em UTI. Série Clínicas Brasileiras de Medicina Intensiva, São Paulo, Ed. Atheneu, 2000
 10 - Vitto, S. Propedêu

A Ginástica Laboral e Ergonomia na Fisioterapia

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A ginástica laboral tem como propósito de fisioterapia fortalecer as musculaturas mais exigidas dos trabalhadores durante suas horas de trabalho, evitando lesões e problemas de posturas, que acarretam em riscos na saúde dos funcionários. Por ter um tempo curto, esse exercício não cansa os colaboradores e também ajuda na distração por uns minutos, aliviando o cansaço mental. Dentre os benefícios fisiológicos dessa pratica, estão o combate ao sedentarismo, ao estresse, à depressão e ansiedade, à melhoria na flexibilidade, à coordenação e resistência, à diminuição de traumas, inflamações e tensões musculares e ainda promove sensação de bem-estar e disposição. Em relação aos benefícios psicológicos, a pratica diária do exercício favorece o reforço de autoestima, melhora a concentração no trabalho e a capacidade de atenção e ajuda na quebra da rotina empresarial.

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Na ergonomia, o fisioterapeuta especializado na área presta serviço a fim de otimizar o bem-estar humano. Ele detecta quais são os movimentos que o trabalhador realiza durante sua jornada diária, contrastando as exigências do trabalho com as dificuldades enfrentadas pelo staff, desta forma, o profissional pode orientar na realocação dos funcionários em novas funções que se adaptam melhor com sua capacidade física. Podendo ainda atuar junto ao INSS – Instituto Nacional do Seguro Social – da empresa, assessorando ela no diagnóstico dos funcionários, o fisioterapeuta do trabalho tem diversas funções na empresa que trabalha.

É muito importante entender que, atualmente, para garantir seu espaço no mercado, o profissional de fisioterapia deve estar sempre atualizado e investindo em ações que aumentem a visibilidade de sua clínica ou consultório, através de uma estratégia de marketing e de um bom atendimento e relacionamento com o paciente.

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