A artrite reumatoide é uma doença inflamatória crônica de origem autoimune que acomete principalmente articulações, causando dores, deformidades progressivas e incapacidade funcional. As mulheres são duas vezes mais afetadas do que os homens pela artrite reumatoide e sua incidência aumenta com a idade e a forma mais frequente de início da doença é artrite simétrica (por exemplo: os dois punhos, os dedos das duas mãos) e aditiva (as primeiras articulações comprometidas permanecem e outras vão se somando). Costuma ser de instalação lenta e pouco agressiva, localizando-se inicialmente nas pequenas articulações das mãos. O diagnóstico precoce, o desenvolvimento de novos medicamentos imunobiológicos, a ginástica, terapia ocupacional e fisioterapia são algumas das novas armas encontradas pela medicina para controlar a artrite reumatoide
Tratamento da artrite reumatoide:
Os tratamentos de primeira escolha indicados para os sintomas leves da artrite reumatoide são os
antiinflamatórios não-esteroidais e o paracetamol
(sobretudo para tratar a dor, pois não é eficaz contra a inflamação).
Há também os corticóides, orais ou injetáveis.
Os medicamentos imunobiológicos inauguraram uma nova era no tratamento da artrite reumatóide.
As medicações imunobiológicas são um avanço no tratamento da doença, já que atuam em etapas
específicas da patogênese da doença (inibem o anti-TNF, o linfócito B, a célula T ou a interleucina 6)
e tem mostrado, em estudos clínicos, que podem levar a melhora clínica e, na maioria dos casos,
a diminuição da progressão da doença. Infelizmente esses medicamentos são em geral muito caros.
Outra opção são as drogas modificadoras da doença, as DMCDs ou em inglês DMARDs
("disease-modifying anti-rheumatoid drugs"), que são assim chamadas porque suprimem
a atividade inflamatória e bloqueiam a evolução natural da doença.
Devem ser usadas logo que o diagnóstico for confirmado.
Os médicos costumam optar pela associação de pelo menos duas drogas remissivas
desde o início do tratamento. Esses medicamentos, como o metrotexato, por exemplo, podem
apresentar efeitos secundários sérios, portanto, exames regulares permitirão limitar ao máximo os riscos.