
Não tenho dúvidas que a maior dificuldade do treino da musculatura do assoalho pélvico (MAP) é fazer com que a mulher perceba o exercício que está fazendo: se está contraindo a musculatura certa, se está contraindo com força suficiente. O jeito mais moderno e eficiente de se ensinar essa contração é o biofeedback.
Este tipo de treinamento da musculatura do assoalho pélvico permite um maior controle sobre a força e o tipo da contração muscular, bem como a sua duração. Além, permite um treino eficiente do relaxamento muscular, já que é comum que algumas mulheres saibam contrair mas não relaxar a musculatura do assoalho pélvico conscientemente. A importância do relaxamento consciente está em momentos como por exemplo o parto, onde contrações durante o período expulsivo (quando o bebê está saindo) podem gerar lesões graves.
Desta forma, o trabalho sobre a musculatura do assoalho pélvico pode ser mais amplo, uma vez que todo o ciclo de contração pode ser monitorado, da contração ao relaxamento e nova contração. Aplica-se o biofeedback na reabilitação da musculatura do assoalho pélvico para ensinar controle voluntário desta musculatura, ensinar os exercícios de fortalecimento e melhorar a coordenação motora do assoalho pélvico.
Conforme a queixa do paciente, podemos prescrever diferentes protocolos de Biofeedback de acordo com os diversos benefícios do aparelho, entre eles podemos destacar
- Avaliação mais precisa da musculatura do assoalho pélvico
- Aumento da consciência e percepção muscular
- Facilitação do relaxamento do assoalho pélvico
- Potencialização do fortalecimento muscular
- Possibilidade de um tratamento mais lúdico e agradável
Após aprender a contrair com o biofeedback, a mulher tem mais facilidade de manter sua rotina diária e domiciliar de exercícios simples para a musculatura do assoalho pélvico .
Praticamente não existem contraindicações, o método é divertido e não oferece desconforto.