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Principais disfunções de quadril e a fisioterapia

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A articulação do quadril consiste em uma articulação formada pelo acetábulo e a cabeça do fêmur. Essas estruturas são cobertas de cartilagem que permite que os movimentos sejam feitos. O quadril realiza os movimentos de flexão, extensão, abdução, adução, rotação interna e externa, além do movimento de circundação.

Devido sua localização, seu desenho e a sua função, a articulação do quadril transmite cargas verdadeiramente altas, com propriedades elásticas e compressivas.

Elas podem atingir até oito vezes o peso do corpo, o que foi demonstrado nesta articulação durante uma corrida, com cargas bem maiores durante uma competição atlética. Felizmente, sob condições normais, as estruturas anatômicas do quadril envolvidas neste exemplo são totalmente adaptadas para dissipar estas forças.

Além de fornecer estabilidade, esta junta permite um grau muito elevado de mobilidade. Desta maneira, atividades que envolvam o quadril, deverão estabelecer um equilíbrio fino, entre a mobilidade e a estabilidade. Qualquer desequilíbrio entre estas duas variáveis poderá deixar a articulação e os tecidos periarticulares, propensos a lesões, bem como ocorrer síndromes impactantes ou disfunções articulares.

Em alguns, casos as lesões podem ser tratadas com a fisioterapia, no entanto, quando há um desgaste irreversível do quadril pode ser necessário fazer uma artroplastia do quadril para restabelecer os movimentos da articulação e alivia a dor. o acompanhamento de um fisioterapeuta é essencial para a recuperação dos movimentos. Ainda assim, após a cirurgia, o profissional de fisioterapia será importante pois irá estabelecer os limites do paciente para iniciar um plano de tratamento com a intenção de restabelecer a força e o equilíbrio.
Entre os exercícios usados para a reabilitação de um paciente que se submeteu a cirurgia de artroplastia de quadril estão: exercícios ativos, fortalecimento, propriocepção, treino de marcha e hidroterapia.

A quantidade de exercícios deve ser aumentada de acordo com a capacidade do paciente em realizar os movimentos. O tratamento fisioterápico é indispensável para a recuperação do paciente após a artroplastia do quadril. É importante buscar um profissional que compreenda bem os mecanismos da cirurgia para que não ocorram complicações.

Problemas mais frequentes

Se você notou um desconforto na região dos quadris, não hesite em procurar um fisioterapeuta ou médico para que seja feita um diagnóstico disfuncional e inicie o tratamento. As causas que mais acometem homens e mulheres são:

  • Bursite Trocantérica

Corresponde a uma inflamação da bolsa que está presente lateralmente ao fêmur em sua parte proximal e ocorre devido a um atrito de um tecido fibroso da coxa sobre o osso.

  • Tendinopatias

Pode ser uma inflamação ou até mesmo um processo degenerativo de alguns tendões em torno do quadril. Essa dor causada pela tendinopatia limita o movimento do paciente, o que dificulta realizar as tarefas do dia a dia.

  • Osteonecrose

Quando há morte de células ósseas provocadas quando ocorre uma interrupção do aporte sanguíneo ao fêmur. A pessoa pode chegar a perder seus movimentos.

  • Fraturas

As fraturas são mais frequentes em mulheres acima de 65 anos, tendo as quedas como principal motivo.

Conheça esse guia sensacional de PIlates na Disfunção de Quadril





Principais disfunções de quadril e a fisioterapia

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A articulação do quadril consiste em uma articulação formada pelo acetábulo e a cabeça do fêmur. Essas estruturas são cobertas de cartilagem que permite que os movimentos sejam feitos. O quadril realiza os movimentos de flexão, extensão, abdução, adução, rotação interna e externa, além do movimento de circundação.

Devido sua localização, seu desenho e a sua função, a articulação do quadril transmite cargas verdadeiramente altas, com propriedades elásticas e compressivas.

Elas podem atingir até oito vezes o peso do corpo, o que foi demonstrado nesta articulação durante uma corrida, com cargas bem maiores durante uma competição atlética. Felizmente, sob condições normais, as estruturas anatômicas do quadril envolvidas neste exemplo são totalmente adaptadas para dissipar estas forças.

Além de fornecer estabilidade, esta junta permite um grau muito elevado de mobilidade. Desta maneira, atividades que envolvam o quadril, deverão estabelecer um equilíbrio fino, entre a mobilidade e a estabilidade. Qualquer desequilíbrio entre estas duas variáveis poderá deixar a articulação e os tecidos periarticulares, propensos a lesões, bem como ocorrer síndromes impactantes ou disfunções articulares.

Em alguns, casos as lesões podem ser tratadas com a fisioterapia, no entanto, quando há um desgaste irreversível do quadril pode ser necessário fazer uma artroplastia do quadril para restabelecer os movimentos da articulação e alivia a dor. o acompanhamento de um fisioterapeuta é essencial para a recuperação dos movimentos. Ainda assim, após a cirurgia, o profissional de fisioterapia será importante pois irá estabelecer os limites do paciente para iniciar um plano de tratamento com a intenção de restabelecer a força e o equilíbrio.
Entre os exercícios usados para a reabilitação de um paciente que se submeteu a cirurgia de artroplastia de quadril estão: exercícios ativos, fortalecimento, propriocepção, treino de marcha e hidroterapia.

A quantidade de exercícios deve ser aumentada de acordo com a capacidade do paciente em realizar os movimentos. O tratamento fisioterápico é indispensável para a recuperação do paciente após a artroplastia do quadril. É importante buscar um profissional que compreenda bem os mecanismos da cirurgia para que não ocorram complicações.

Problemas mais frequentes

Se você notou um desconforto na região dos quadris, não hesite em procurar um fisioterapeuta ou médico para que seja feita um diagnóstico disfuncional e inicie o tratamento. As causas que mais acometem homens e mulheres são:

  • Bursite Trocantérica

Corresponde a uma inflamação da bolsa que está presente lateralmente ao fêmur em sua parte proximal e ocorre devido a um atrito de um tecido fibroso da coxa sobre o osso.

  • Tendinopatias

Pode ser uma inflamação ou até mesmo um processo degenerativo de alguns tendões em torno do quadril. Essa dor causada pela tendinopatia limita o movimento do paciente, o que dificulta realizar as tarefas do dia a dia.

  • Osteonecrose

Quando há morte de células ósseas provocadas quando ocorre uma interrupção do aporte sanguíneo ao fêmur. A pessoa pode chegar a perder seus movimentos.

  • Fraturas

As fraturas são mais frequentes em mulheres acima de 65 anos, tendo as quedas como principal motivo.

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Sistema Nervoso Periférico: componentes eferentes e aferentes

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O sistema nervoso periférico (SNP) está formado por todas as estruturas localizadas fora do sistema nervoso central. Especificamente:

1- Nervos que conectam as partes do corpo e seus receptores com o sistema nervoso central.

2- Gânglios (grupos de corpos de células nervosas) associados aos nervos.

O sistema nervoso periférico inclui 12 pares de nervos cranianos, que se originam do cérebro e do tronco do encéfalo, e que deixam a cavidade do crânio através de forames do crânio, e 31 pares de nervos espinais, que se originam da medula espinal e deixam o canal vertebral através dos forames intervertebrais. Os pares de nervos espinais incluem 8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 nervo coccígeo. O sistema nervoso periférico pode ser funcionalmente dividido em um componente aferente (sensitivo) e um componente eferente (motor).

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Componente Aferente

O componente aferente inclui células nervosas sensitivas somáticas, que levam impulsos ao sistema nervoso central a partir de receptores localizados na pele, fáscia, e ao redor das articulações, e células nervosas sensitivas viscerais, que levam impulsos das vísceras do corpo para o sistema nervoso central.

Componente Eferente

O componente eferente está dividido em sistema nervoso somático e sistema nervoso autônomo:

1- O sistema nervoso somático também é denominado sistema nervoso voluntário por que a sua função motora pode ser controlada conscientemente. Ele inclui células nervosas motoras somáticas, que levam impulsos do sistema nervoso central para os músculos estriados esqueléticos. Os impulsos que transitam por essas células, determinam contrações dos músculos estriados esqueléticos. As contrações musculares que são comandadas pelo sistema nervoso somático podem se realizar sob o controle consciente do individuo, ou, nos casos de respostas reflexas, podem ser controladas em nível inconsciente.

2- O sistema nervoso autônomo – ou sistema nervoso involuntário – ao contrário do sistema nervoso somático, está composto por células nervosas motoras viscerais, que transmitem impulsos para músculos cardíaco, liso e glândulas. Os impulsos motores viscerais normalmente não podem ser controlados conscientemente.

O sistema nervoso autônomo pode ser funcionalmente subdividido em parte simpática e parassimpática, os "sistemas" nervosos somáticos e autônomo são na realidade, divisões de um sistema nervoso único. Além disso, embora os neurônios desses sistemas sejam considerados como partes do sistema nervoso periférico, eles estão sob o controle de centros localizados no sistema nervoso central.

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Salve as suas articulações

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Antes de bater os olhos neste texto, presumo que você tenha usado pelo menos três grupos articulares. Primeiro, dobrou os joelhos para se sentar. Daí, com a ajuda do cotovelo, colocou a revista em uma posição confortável à leitura. Por fim, seus dedos folhearam as páginas até chegar aqui. Atitudes simples como essas dependem de uma seleção de estruturas dobradiças que garantem movimento ao esqueleto. Como elas não são de aço, carecem de cuidado, ainda mais no ano que encerra a década do osso e da articulação, instituída pela Organização Mundial da Saúde.

Infelizmente, as desordens nas juntas não são assunto do passado. Estima-se que até um terço da humanidade conviva com elas. Com o aumento da expectativa de vida e a pandemia de obesidade, a artrose, a versão mais comum do martírio, amplia suas vítimas. Depois dos 50 anos ninguém escapa desse problema marcado pelo desgaste da articulação. Mas nem todo mundo apresenta sintomas.. Por suportar o peso do corpo, o joelho, o quadril e a coluna são os mais afetados.

https://planodesaude.net.br/blog/wp-content/uploads/2016/09/lesao-no-joelho.png
 
A questão é que, uma hora ou outra, a artrose costuma chiar. Ela provoca dores que surgem ou pioram com o esforço e a rigidez pela manhã e após horas de imobilidade. O desgaste da cartilagem gera instabilidade na articulação e, assim, os movimentos podem levar ao trauma, à inflamação e à dor. O efeito bola de neve culmina em uma junta dotada de um amortecedor insuficiente para evitar os choques entre os ossos. Aí, uma caminhada se transforma em um trabalho hercúleo.

Apesar do empurrão da idade e do código genético, há indícios de que a artrose comece a atacar precocemente, enferrujando gente na casa dos 40 anos. O excesso de peso e o sedentarismo carregam a culpa. Mas há o outro lado da moeda: quem abusa das práticas esportivas, sugere um novo estudo da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, tende a sofrer ainda mais cedo com uma junta em frangalhos. A artrose é uma resposta da articulação ao excesso de uso ou ao uso incorreto.

Artigo: O papel da atenção na fisioterapia neurofuncional

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Procedimentos terapêuticos neurológicos se fundamentam em abordagens teóricas sobre como o sistema nervoso central (SNC) controla os movimentos1. O desafio da transferência funcional, ainda não-solucionado nas abordagens terapêuticas fundamentadas na concepção de organização hierárquica do SNC, tem impulsionado a tendência de estudos do controle motor na fisioterapia neurofuncional1,2. Nesta abordagem, presume-se que, além de entender-se como o SNC controla os movimentos, deve-se compreender os problemas enfrentados por este nesse controle2,3.

Entre os problemas enfrentados pelo SNC para controlar movimentos, destaca-se o processo de formulação de estratégias para a realização de movimentos funcionais, isto é, que atinjam o objetivo proposto com o menor dispêndio de energia possível3. A seletividade de atenção é considerada um fator importante neste processo, na medida em que é entendida como um agente mediador entre a captação das informações ambientais e a realização do movimento4,5.

Os pressupostos teóricos, que definem a atenção como um elo entre organismo e ambiente, estão fundamentados no paradigma sistêmico6 aplicado à área do comportamento motor7. Essa visão sobre o papel da atenção para o movimento humano permite relações com a abordagem do controle motor na fisioterapia neurofuncional1,2. Entretanto, a atenção ainda é pouco investigada na Fisioterapia e identifica-se a necessidade de atualização teórica sobre esta temática. Diante disso, este estudo tem como objetivo apresentar uma revisão teórica sobre a atenção, sob o ponto de vista do paradigma sistêmico aplicado à área do comportamento motor, e sua relação com pressupostos teóricos da abordagem do controle motor na fisioterapia neurofuncional.

 

MATERIAL E MÉTODOS

Foi conduzida uma busca em banco de dados computadorizado para identificar artigos científicos relevantes ao estudo, incluindo Medline, PubMed, LILACS, SciELO e PEDro. Os artigos foram selecionados entre 1990 e 2009, atendendo-se aos seguintes critérios de inclusão: adotar uma abordagem teórica sistêmica em relação aos efeitos da atenção e/ou percepção no comportamento motor humano; adotar uma abordagem teórica sistêmica em relação ao(s) procedimento(s) terapêutico(s) utilizado(s) na fisioterapia neurológica e descrever os efeitos do direcionamento da atenção no comportamento motor de pessoas com lesão neurológica. Nos 52 artigos selecionados, realizou-se uma busca manual de referências apresentadas, considerando os mesmos critérios de inclusão. As palavras-chave utilizadas foram: atenção, percepção, comportamento motor, controle motor, paradigma sistêmico, sistemas dinâmicos e fisioterapia neurológica nos idiomas português e inglês.

 

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Abordagem sistêmica do papel da atenção na área do comportamento motor

O comportamento motor é uma área de conhecimento que envolve os estudos do desenvolvimento motor, aprendizagem motora e controle motor7. Verifica-se, nesta área, a fundamentação teórica sobre o papel da atenção humana para o controle dos movimentos, apoiada em uma abordagem sistêmica4,5, na qual todo ser vivo está sujeito à troca de informação e matéria constantemente com o meio7-9. Neste contexto, a seletividade da atenção bem como os mecanismos perceptivos advindos dos sistemas visual, vestibular e somatossensorial assumem papel importante no trabalho cooperativo de comandos centrais e periféricos para controle motor do organismo em contato com o meio externo5,10,11.

Esta persperctiva teórica assume que o controle dos movimentos ocorre por meio da organicidade dos sistemas corporais, atuando em conjunto para selecionar as opções percebidas pelo organismo como as mais adequadas para uma ação, entre um infinito número de graus de liberdade possíveis9,12. Este grande número de possibilidades de combinações dos movimentos é reduzido a um conjunto maleável de agrupamentos musculares, os quais podem executar movimentos coordenados, mesmo sem comandos neurais detalhados vindos do SNC11,12. Este conjuto de músculos, articulações e segmentos corporais são controlados como um todo pelo sistema na realização de uma tarefa, e são chamados de estruturas coordenativas que atuam como sinergias funcionais, definindo estratégias neurais de acoplamento dos movimentos em articulações multissegmentares. O controle motor emerge, então, de um processo de auto-organização por meio da adaptação do sistema às condições ambientais e às exigências da tarefa que o executante se propõe a fazer10-12.

O pressuposto de que a emergência dos padrões motores é fruto de auto-organização do sistema fundamenta o entendimento da atenção humana no contexto do ciclo percepção-ação4,5,13,14 . Nesta perspectiva, a atenção não está mais restrita a elementos internos ou externos ao organismo, mas é exatamente na relação entre eles que desempenha o seu papel auto-organizador5,13. Em sua interação com o meio, o ser humano busca um conjunto de informações que lhe permita atingir objetivos funcionais em sincronia com o ambiente circundante. Esta interação envolve a intenção do executante, a captação da informação do ambiente e a organização dos comandos para resposta5. A atenção é considerada como um agente mediador deste processo15,16. É justamente a organização do ambiente, captada pelos sistemas perceptivos dos ser humano, e seus estados disposicionais para a ação que determinam a qualidade e a pertinência da estratégia de movimento utilizada e, por consequência, o conjunto de adaptações necessarias à funcionalidade da ação11,14,17,18.

Embora o organismo, agindo como um sistema integrado, apresente uma auto-organização que naturalmente emerge no momento em que interage com o meio, nem sempre esta organização ocorre de maneira eficiente, sob o ponto de vista da funcionalidade motora18. A dificuldade da formulação de estratégias funcionais para uma ação está realacionada à inabilidade perceptiva do sistema5, isto é, à dificuldade de reconhecimento das possibilidades de ação disponíveis para serem utilizadas em um dado contexto, em função das restrições impostas pelo organismo, pela própria tarefa, pelo ambiente ou pela interação dos mesmos17-19. A perspectiva teórica da atenção como um elo entre a percepção e a ação é apresentada como uma posssibilidade de flexibilizar a organização existente, para que novas formas de comportamento e soluções de problemas motores possam emergir5,13,15.

Outra questão enfatizada é o fato deste processo, de captar informações do meio para a realização de ações funcionais, não ser necessariamente consciente, resultado de processos cognitivos complexos, mas fruto do ciclo percepção-ação que se estabelece com diferentes níveis de envolvimento cognitivo do ser humano10,11. Desse modo, a atenção não é mais entendida sob o ponto de vista estrito de processos controlados ou automáticos, o primeiro enfatizando o controle central e o segundo o controle periférico do movimento humano, mas passa a ser compreendida na interdependência destes processos, assumindo seu papel organizador nos mecanismos perceptivos do indivíduo14,20.

Abordagem sistêmica do movimento aplicada à área da fisioterapia neurofuncional e perspectivas de relação com o papel da atenção no comportamento motor humano

Na abordagem sistêmica ou abordagem do controle motor na fisioterapia neurofuncional1,2, destaca-se a prerrogativa teórica de que a execução de atividades motoras em ambientes abertos deve ser comandada por um processo baseado mais em mecanismos de flexibilização e adaptação das ações motoras do que em reações pré-determinadas de estímulo e resposta1,2,21. Considera-se o fato de que muitos movimentos não são totalmente dependentes de padrões pré-planejados de resposta e admite-se a possibilidade do desenvolvimento de adaptação de respostas do sistema neural, ou seja, é reconhecida a característica de plasticidade deste sistema22-24. Nesta abordagem, enfatiza-se a visão ativa da aprendizagem motora, decorrente do entendimento de que o movimento humano intencional nada mais é que o resultado de estratégias criadas pelos subsistemas do organismo, os quais surgem da interação de nossas necessidades com o ambiente. Portanto, um movimento é considerado funcional não por sua correspondência a um modelo ideal, mas pelo fato de estar bem ajustado à solução de um determinado problema ou desafio motor25,26.

Outro pressuposto apresentado é o fato de a lesão neurológica ser considerada como uma restrição imposta ao organismo, assim, a emergência dos movimentos preferenciais de um sistema é considerada uma forma de auto-organização percebida por este sistema1,2,27. Esta ideia implica no reconhecimento de que movimentos pouco funcionais, comumente observados após uma lesão neurológica, não são apenas o resultado da perda de algum tecido neural, como em uma relação estrita de causa e efeito, mas, também, das tentativas dos tecidos remanescentes de compensarem essa perda ou desequilíbrio tecidual para promover o controle motor1,2,28,29.

Destaca-se ainda a importância da prática de intervenções promotoras de adaptabilidade dos movimentos a diferentes situações ambientais30,31. De acordo com esta perspectiva, o conceito de que pessoas com lesão neurológica aprendem movimentos pela repetição dos padrões de estimulação que desencadeiam movimentos normais, fundamentados na psicologia behaviorista tradicional1,2, apresenta limitações para promover a flexibilidade necessária à adaptação do movimento humano, sendo identificada a necessidade do desenvolvimento das estratégias de intervenção que considerem a variabilidade do movimento para resolver desafios motores em ambientes abertos, isto é, sujeitos a variações31-33. Admite-se que embora a especificidade da prática seja um pré-requisito importante para a aprendizagem de uma tarefa, ela deva considerar o desenvolvimento de diferentes estratégias de controle dos movimentos1,2,33.

Percebe-se, nestas prerrogativas teóricas apresentadas sobre a abordagem sistêmica ou do controle motor na fisioterapia neurofuncional, uma relação estreita com a fundamentação teórica apresentada anteriormente sobre o papel da atenção no comportamento motor humano, sobretudo em seu potencial organizador do ciclo percepção-ação, isto é, na perspectiva da seletividade de atenção influenciar a detecção e utilização coerente das informações sensoriais disponíveis no ambiente para a realização de uma ação, facilitando a emergência de soluções motoras funcionais. Esta relação abre um amplo caminho de investigação sobre o papel da atenção no comportamento motor de pessoas com lesão neurológica. Entretanto, poucos estudos têm investigado os efeitos da seletividade de atenção no comportamento motor desta população.

Entre os 52 artigos revisados neste estudo, apenas cinco relatavam estudos clínicos sobre os efeitos da atenção em comportamentos motores de pessoas com lesão neurológica. A Tabela 1 apresenta a síntese dos objetivos, métodos e principais resultados destes artigos. Verifica-se que três estudos compararam o efeito dos focos de atenção interno e externo em tarefas funcionais com adultos com doença de Parkinson34,35 e com acidente vascular encefálico36, tendo sido verificados nos três estudos benefícios do foco externo de atenção para o controle motor. Um estudo demonstrou ganhos funcionais em comportamentos motores de um adulto com lesão medular submetido a um programa de intervenção, que direcionou a atenção para parâmetros de amplitude, velocidade e tensão dos movimentos37, e foram demonstradas diferenças estatisticamente significativas em favor do uso de estratégicas cognitivas de direcionamento de atenção (dicas de aprendizagem) em um estudo que investigou as alterações do esquema e da imagem corporal de crianças com paralisia cerebral38.

Embora em diversos estudos39-41 seja demonstrada a relação entre seletividade de atenção e a adaptabilidade motora, é preciso avançar na investigação científica sobre o papel da atenção no estabelecimento das estratégias de movimento, sobretudo com pessoas que apresentam lesão neurológica. Há necessidade de maiores esclarecimentos sobre a maneira como o organismo se adapta às alterações nos parâmetros dos estímulos sensoriais42-45, bem como sobre as estratégias de direcionamento de atenção a serem manipulados em procedimentos fisioterapêuticos37,38. Estas, entre outras questões, demonstram perspectivas de estudos futuros, no sentido de melhor compreender o papel da seletividade da atenção na adaptação do sistema neuromotor de pessoas com lesão neurológica e sua efetividade na promoção do movimento funcional humano.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo apresentou uma revisão teórica sobre a perspectiva sistêmica do papel da atenção no comportamento motor e sua relação com a abordagem do controle motor na fisioterapia neurofuncional. Observou-se a ênfase no atual entendimento da atenção como elo entre os recursos inerentes ao funcionamento de organismos vivos e as variações do ambiente para a realização de uma tarefa, no chamado ciclo percepção-ação. Esta perspectiva teórica sobre a atenção evidencia a sua relação com a abordagem do controle motor na Fisioterapia, na medida em que esta abordagem está fundamentada na compreensão do movimento funcional humano, como resultado da adaptabilidade do organismo, agindo como um sistema na elaboração de estratégias para solucionar desafios motores. Esta relação apresenta caminhos de investigação científica a serem desenvolvidos, os quais poderão contribuir para a fundamentação de novos procedimentos de intervenção condizentes com a atual tendência interdisciplinar da Neurofisiologia e do Comportamento Motor aplicados à área da Fisioterapia Neurofuncional.

Autores:
Andréa Lúcia Sério BertoldiI; Vera Lúcia IsraelII; Iverson LadewigIII

Referências Bibliográficas

Fisioterapia no paciente sob ventilação mecânica

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A Fisioterapia faz parte do atendimento multidisciplinar oferecido aos pacientes em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Sua atuação é extensa e se faz presente em vários segmentos do tratamento intensivo, tais como o atendimento a pacientes críticos que não necessitam de suporte ventilatório; assistência durante a recuperação pós-cirúrgica, com o objetivo de evitar complicações respiratórias e motoras; assistência a pacientes graves que necessitam de suporte ventilatório. Nesta fase, o fisioterapeuta tem uma importante participação, auxiliando na condução da ventilação mecânica, desde o preparo e ajuste do ventilador artificial à intubação, evolução do paciente durante a ventilação mecânica, interrupção e desmame do suporte ventilatório e extubação.

Neste Consenso, será abordada exclusivamente a atuação do fisioterapeuta no tratamento dos pacientes sob ventilação mecânica invasiva e não invasiva, baseando-se as recomendações em resultados de estudos clínicos e na opinião dos especialistas, que aqui expõem sua experiência na área de terapia intensiva.

 

Fisioterapia respiratória durante a ventilação mecânica

Fisioterapia na prevenção de pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV)

Fisioterapia respiratória

Recomendação: A fisioterapia respiratória é recomendada para a prevenção de pneumonia associada à ventilação mecânica.

Grau de recomendação: C

Comentário: Ntoumenopoulos e associados compararam, em um pequeno estudo controlado, mas não randomizado, fisioterapia respiratória (vibrocompressão e aspiração endotraqueal) com um grupo controle (sem fisioterapia respiratória). Observaram que apenas 8% dos pacientes do grupo intervenção desenvolveram PAV, comparado com 39% no grupo controle.(1)

Posicionamento do paciente

Recomendação: Na ausência de contra–indicações, manter o decúbito elevado (entre 30 e 45°) em pacientes em ventilação mecânica para prevenção de PAV, mesmo durante a fisioterapia motora.

Grau de recomendação: B

Comentário: O decúbito elevado (45°) reduziu o risco de pneumonia associada à ventilação em relação ao posicionamento em supino em um estudo randomizado e controlado. Drakulovic e colaboradores mostraram que a ocorrência de PAV foi menor no grupo do decúbito elevado quando comparado ao grupo em supino (decúbito elevado 2/39 [5%] vs. supino 11/47 [23%]; OR 4.2 – 31.8, p = 0.018).(2)

Fisioterapia respiratória no tratamento da atelectasia pulmonar

Recomendação: A fisioterapia respiratória é eficaz e recomendada para o tratamento das atelectasias pulmonares em pacientes em ventilação mecânica.

Grau de recomendação: B

Comentário: Um ensaio clínico com 31 pacientes com diagnóstico radiológico de atelectasia, submetidos à broncoscopia mais fisioterapia vs. fisioterapia respiratória isoladamente, não mostrou diferença entre os grupos, demonstrando uma eficácia semelhante na resolução das atelectasias em pacientes ventilados invasivamente.(3)

Procedimentos fisioterápicos

A fisioterapia respiratória pode ser utilizada em pacientes críticos, com objetivo de prevenir e/ou tratar complicações respiratórias. Para isso, geralmente é usada uma combinação dos procedimentos descritos abaixo, que objetivam a "reexpansão pulmonar" e a "remoção de secreções nas vias aéreas". A Tabela 1 descreve os procedimentos de fisioterapia respiratória descritos na literatura para a terapêutica de pacientes em ventilação mecânica.

Aspiração traqueal

Freqüência

Recomendação: A aspiração somente deverá ser realizada quando necessária, isto é, quando houver sinais sugestivos da presença de secreção nas vias aéreas (por exemplo, secreção visível no tubo, som sugestivo na ausculta pulmonar, padrão denteado na curva fluxo-volume observado na tela do ventilador, etc.).

Grau de recomendação: D

Comentário: A avaliação da necessidade de aspiração pelo fisioterapeuta deve ser sistemática, em intervalos fixos e, também, na presença de desconforto respiratório. A aspiração traqueal é um procedimento invasivo, bastante irritante e desconfortável para os pacientes. Pode ainda promover complicações, entre as quais: tosse, broncoespasmo, hipoxemia, arritmias e danos à mucosa.(4) Apesar de serem claros na prática clínica, os benefícios da aspiração para remoção das secreções das vias aéreas, isto nunca foi estudado ou, principalmente, avaliados os efeitos colaterais associados a ela.(5) Danos à mucosa e ao sistema mucociliar geralmente estão associados à técnica do operador e à quantidade de pressão usada (que não deve exceder 150 mmHg em adultos).(6) Aspiração intermitente, em vez de contínua, pode ser menos traumática para a mucosa, mas existe pouca evidência sobre isso.(6)

Prevenção de hipoxemia

Recomendação: A hiperoxigenação (FIO2 = 1) deve ser utilizada previamente ao procedimento de aspiração endotraqueal para minimizar a hipoxemia induzida pela aspiração traqueal.

Grau de recomendação: A

Comentário: A hiperoxigenação com FiO2 de 100% associada à hiperinsuflação com VT 50% maior que o basal durante 3 a 6 ciclos respiratórios foram as técnicas mais estudadas para prevenir a hipoxemia durante a aspiração.(7)

Sistema de aspiração aberto vs. fechado

Recomendação: Os sistemas de aspiração aberto e fechado são igualmente eficazes na remoção de secreções. No entanto, o sistema fechado determina menor risco de hipoxemia, arritmias e de contaminação e deve ser preferido, principalmente em situações nas quais são usados valores de PEEP elevados, como na lesão pulmonar aguda.

Grau de recomendação: B

Comentário: A principal vantagem do sistema fechado é realizar a aspiração sem a desconexão do circuito do ventilador. Isso, além de determinar menor alteração hemodinâmica e nas trocas gasosas, poderia implicar num menor risco de infecção. Porém, os estudos realizados não mostraram menor freqüência de pneumonia com o sistema fechado.(8) No entanto, em pacientes com lesão pulmonar aguda/síndrome do desconforto respiratório agudo, o uso do sistema fechado pode reduzir o derrecrutamento e a queda na oxigenação do paciente.(9) Esse efeito pode ser influenciado pelo modo ventilatório em uso e pelos ajustes do ventilador.(10) Uma manobra de recrutamento após a aspiração pode minimizar os efeitos da aspiração traqueal.(9) O custo relacionado ao uso do sistema fechado pode ser reduzido com a troca a cada sete dias, ao invés de diariamente, sem aumentar o risco de infecção respiratória.(11)

Hiperinsuflação Manual (HM)

Recomendação: A HM está indicada em pacientes que apresentem acúmulo de secreção traqueobrônquica.

Grau de recomendação: B

Comentário: A hiperinsuflação manual potencializa as forças de recolhimento elástico pulmonar, promovendo um aumento do pico de fluxo expiratório e, conseqüentemente, favorecendo o deslocamento de secreção acumulada nas vias aéreas. Maa e colaboradores randomizaram 23 pacientes em desmame difícil para receber HM ou fisioterapia respiratória padrão. Nesse estudo, a HM foi aplicada de 8 a 13 ciclos por minuto, com pressão limitada em 20 cmH2O, por um período de 20 min, com freqüência de três vezes por dia e durante 5 dias. Eles observaram discreta melhora em desfechos intermediários, como PaO2/FIO2 e complacência estática, porém sem efeito sobre desfechos clínicos.(12) Choi e colaboradores compararam a HM seguida de aspiração vs. aspiração isoladamente em 15 pacientes com pneumonia associada à ventilação mecânica. Obtiveram melhora da complacência e redução da resistência, que persistiu por pelo menos 30 min após o procedimento.(13) Contudo, em outro estudo, a aplicação de hiperinsuflação manual associada ao decúbito lateral, com posterior aspiração traqueal, em pacientes com injúria pulmonar, não promoveu diferença significativa nos valores de complacência e oxigenação após 60 min.(14) Em uma revisão, Denehy apontou as controvérsias sobre a segurança e a eficácia da HM e sugeriu que, quando aplicada, deve-se limitar o pico de pressão a 40 cmH2O, por risco de barotrauma.(15)

Compressão brusca do tórax

Recomendação: A compressão brusca do tórax deve ser realizada em pacientes com ausência ou diminuição do reflexo de tosse e em pacientes com dificuldade de mobilizar secreção, especialmente aqueles com disfunção neuromuscular.

Grau de recomendação: C

Comentário: Até o momento, os dados da literatura não permitem conclusões sobre o uso rotineiro da compressão torácica para otimizar a remoção de secreções em pacientes sob ventilação mecânica. A compressão brusca é descrita com freqüência no tratamento de pacientes com lesão medular ou que apresentem algum tipo de fraqueza muscular.(16) Em um estudo controlado, no qual se comparou a aspiração endotraqueal com e sem a associação da compressão brusca do tórax (por 5 min), evidenciou-se que, no grupo da compressão brusca do tórax, a quantidade de secreção aspirada foi maior do que no grupo que recebeu apenas aspiração endotraqueal, porém sem atingir valor estatisticamente significativo.(17)

Drenagem postural, vibração e percussão torácica

Recomendação: A drenagem postural, a vibração e a percussão torácica devem anteceder a aspiração traqueal.

Grau de recomendação: D

Comentário: Embora a efetividade da percussão em promover o transporte de secreções brônquicas tenha sido relatada em pacientes DPOC estáveis e em ventilação espontânea, não há descrição na literatura destes mesmos resultados em pacientes sob ventilação artificial. Os estudos clínicos que avaliaram os efeitos fisiológicos dessas manobras, quando aplicadas isoladamente, apresentaram dados inconclusivos, com metodologias distintas aplicadas a populações muito variáveis.(18)

O fisioterapeuta na aplicação da Ventilação Não Invasiva (VNI)

Recomendação: O fisioterapeuta deve instituir e acompanhar a VNI no ambiente da terapia intensiva.

Grau de Recomendação: B

Comentário: A aplicação da VNI requer uma atenção maior da equipe da UTI, principalmente nas horas inicias da sua instituição.(19-21) Kramer e colaboradores mostraram que durante as 8 h iniciais da VNI, o fisioterapeuta despendeu cerca de 60 min a mais na assistência dos pacientes em VNI quando comparado com o grupo sob tratamento convencional.(22)

O Fisioterapeuta na assistência do desmame da Ventilação Mecânica (VM)

Recomendação: A triagem sistemática de pacientes aptos para a realização do teste de respiração espontânea deve ser realizada diariamente pelo fisioterapeuta da UTI, seguindo protocolo multidisciplinar da respectiva Unidade. O fisioterapeuta deve realizar o teste de respiração espontânea nos pacientes aptos, identificando assim os elegíveis para a interrupção da ventilação mecânica.

Grau de recomendação: A

Comentário: O fisioterapeuta tem papel importante na condução de protocolos de triagem de pacientes para interrupção da ventilação mecânica.(23) Ely e colaboradores demonstraram que a avaliação diária da capacidade respiratória dos pacientes em VM pelo fisioterapeuta (grupo intervenç

10 dicas para quem teve lesão no ligamento cruzado anterior do joelho

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O joelho é uma articulação de exigências extremas na prática esportiva e deve ser estável o suficiente para suportar peso e ter liberdade de movimento absoluta para poder transmitir a energia cinética do movimento.

A ruptura do ligamento cruzado anterior do joelho é uma lesão frequente nos esportes. A entorse é, disparadamente, o movimento que mais lesa estruturas intrínsecas do joelho. No futebol, esporte muito popular no Brasil, o trauma ocorre com o pé fixo ao solo, ou preso à perna do adversário, ocorrendo rotação anormal interna ou externa do fêmur em relação à tíbia.

Pelo fato desta estrutura não cicatrizar, é de comum acordo entre a maioria dos cirurgiões de joelho no mundo de que tanto uma lesão total quanto parcial em pacientes ativos e que tenham queixas de falseio, que o indivíduo deve ser submetido a cirurgia de reconstrução para que possa restabelecer a estabilidade e função.

Seguem aqui 10 dicas para pessoas que sofreram a lesão:

1) Procure um bom profissional.
Tanto a Sociedade Brasileira de ortopedia e traumatologia (SBOT), como a Sociedade Brasileira de cirurgia do joelho (SBCJ) disponibilizam na internet o rol de profissionais especialistas aprovados, portanto capazes de abordar melhor doenças do joelho. Verifique currículo do médico selecionado. Profissionais envolvidos em pesquisas, pós graduados e que façam parte de grupos de especialidade (ex: grupo de traumatologia do esporte da Santa casa de São Paulo) costumam aliar a ciência com experiência.

2) Com quem vou reabilitar?
Peça indicação de fisioterapeutas ao seu médico. Uma boa comunicação entre profissionais e estabelecimento de protocolos de reabilitação estão estatisticamente ligados a melhores resultados.

3) Fisioterapia só depois da cirurgia?
Verifique com seu médico a possibilidade de realizar fisioterapia pré-operatória. Caso não haja contra indicações como lesões meniscais bloqueando joelho ou lesões concomitantes a outros ligamentos, a fisioterapia pré-operatória mantém a musculatura trófica, melhora a dor e assegura um arco de movimento normal do joelho.

4) Informe-se!
Discuta com seu médico a técnica e a seleção do enxerto a serem utilizadas na cirurgia de reconstrução do ligamento cruzado anterior. Tudo isso terá impacto no retorno ao esporte.

5) Não tenha pressa!
A reabilitação do ligamento cruzado anterior leva seis meses, em média, e o retorno pleno ao esporte deve ser gradual, após melhoria do condicionamento físico e sob a supervisão de um bom treinador. Para esportes de contato como o futebol, por exemplo, pode-se levar de nove meses a um ano.

6) Não se assuste!
Tanto antes da cirurgia quanto depois, a musculatura do membro afetado, principalmente a musculatura da coxa, sofrerá atrofia. A isso denominamos "inibição artrogênica do quadríceps". Em outra palavra, o grupo muscular fica inibido e, além de atrofiar, não responde completamente a estímulos voluntários de contração. Mas isso é totalmente revertido por uma fisioterapia bem feita.

7) Água!
Uma boa fisioterapia é sempre bem complementada pelo trabalho de hidroterapia na piscina, por exemplo.

8) Minha musculatura está equilibrada?
Verifique com seu médico a possibilidade de realizar avaliação isocinética, idealmente no terceiro e sexto mês pós-operatório, afim de se avaliar força, potência e resistência da musculatura e auxiliar no trabalho de grupos musculares que, por ventura, estejam fracos e desequilibrados.

9) Ajuda do professor!
O trabalho de fortalecimento iniciado pelo fisioterapeuta deve ser passado a um bom profissional da educação física, que entenda bem a lesão e que siga o protocolo iniciado sob proteção articular, mantendo sempre a comunicação entre os profissionais da saúde.

10) Retorne devagar!
É muito comum que haja ansiedade no retorno ao esporte. Cada modalidade esportiva tem seu tempo de volta, respeitando a biologia da integração do enxerto e da qualidade da reabilitação empregada. Picos de treino podem causar sobrecarga no joelho atrasando ainda mais o tão sonhado retorno às quadras, ruas, trilhas e aos gramados!

Com ajuda daqui

Importância da Fisioterapia nas Mãos

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A mão é a parte mais versátil do corpo humano, permite agarrar e manipular os objetos. Esta capacidade é principalmente devida ao fato de o polegar e os restantes dedos se moverem independentemente e poderem formar entre si uma verdadeira pinça. É constituída por 27 ossos.

A mão está envolvida praticamente em todas as nossas atividades de vida diária, apresenta uma variedade de funções, e para o seu perfeito funcionamento é necessário que todas as estruturas estejam em completa harmonia.

O punho é a articulação distal do membro superior, formado por 8 ossos e permite que a mão apresente-se em uma posição ótima para preensão.

Responsável pela maior parte dos movimentos que envolvem a coordenação motora fina (pintar, desenhar, passar uma linha na agulha, digitar etc.) as mãos e punhos vem sofrendo com os novos hábitos da vida moderna.

A falta de estímulos pode tornar a musculatura da mão fraca e, ao ser recrutada, se mostra ineficiente para o trabalho, gerando dores e compensações. Essa fraqueza, como por exemplo, pode gerar desconfortos ao realizar exercícios de quadrupedia durante a aula de Pilates.

Por outro lado, o excesso de estímulo repetitivo (como durante a digitação ou o uso do celular por muitas horas) pode ocasionar LER (lesão por esforço repetitivo), ou seja, inflamações e irritações nos tendões, músculos e articulações da mão e punho.

Dor na região de punho e mão pode acontecer em qualquer pessoa, mas ocorre principalmente em pessoas que fazem esforços repetitivos, tais como trabalhadores manuais, esportistas e digitadores, resultando nas chamadas Lesões por Esforço Repetitivo (LER) ou Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT). LER/DORT é uma síndrome constituída por um grupo de doenças – tendinite, síndrome do túnel do carpo, síndrome de De Quervain, dedo em gatilho, mialgias -, que afeta músculos, nervos e tendões, e sobrecarrega o sistema musculoesquelético.

A fisioterapia nas lesões de punho e mão é de suma importância, pois possibilita ao paciente um retorno rápido às suas atividades, engloba desde o controle da dor, exercícios terapêuticos, reeducação sensorial e treinos funcionais, visando restabelecer a mobilidade funcional ativa. Durante a terapia da mão deve sempre buscar o potencial máximo para promover maior interação ao realizar suas atividades deixando-o mais independente.

Quanto maior a mobilidade, melhor a capacidade de direcionar as forças que recebe. E quanto maior a força, menos sobrecarga nas articulações e mais liberdade para os tendões, principalmente em exercícios de apoio sobre as mãos.

Saiba mais sobre a Fisioterapia NeuroFuncional

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http://www.oncomedmt.com.br/imgsite/noticias/amp-Fisioterapia-Reabilitacao.jpg

A Fisioterapia Neurofuncional, como é chamada nos dias de hoje, é bastante difundida em nosso meio e surgiu no fim da década de 40 com alguns pesquisadores como Rood, Kabat e Knott, Brunnstrom e Bobath.

Antigamente, baseava-se apenas em informações empíricas e experiências clínicas. Entretanto, atua hoje com base nos conceitos neurofisiológicos obtidos após condutas bem sucedidas, pesquisas intensas e árduo trabalho, direcionando-se o tratamento para a recuperação funcional mais rápida possível para o paciente seja ele pediátrico, adulto ou geriátrico

Hoje, com as modernas técnicas e com o aprimoramento constante dos profissionais com cursos de aperfeiçoamento, essa área da fisioterapia obtém grandes resultados.

A fisioterapia neurofuncional no IGF também compartilha desse aprimoramento e pode minimizar as deficiências advindas das doenças que acometem o sistema nervoso como: Paralisia Cerebral, Esclerose Múltipla, Acidente Vascular Encefálico (derrame cerebral) dentre outras.

A reabilitação tem como intuito restaurar a identidade pessoal e social dos pacientes que sofreram lesões no córtex, tronco cerebral, medula espinhal, nervo periférico, junção neuromuscular e no músculo, buscando o bem estar físico e emocional do indivíduo.

O tratamento é globalizado e tem como objetivos principais:
  • Prevenir deformidades, orientar a família e o paciente seja ele adulto ou criança,
  • Normalizar o tônus postural,
  • Melhorar habilidades cognitivas e de memória,
  • Reintegrar o paciente a sociedade,
  • Diminuir padrões patológicos,
  • Prevenir instalação de doenças pulmonares ou qualquer outra intercorrência,
  • Manter ou aumentar a amplitude de movimento,
  • Reduzir a espasticidade,
  • Estimular as atividades de vida diária, a alimentação, o retreinamento da bexiga e intestinos, a exploração vocacional e de lazer;
  • Otimizar a qualidade de vida do paciente.

Diversas são as patologias neurológicas que podem ser tratadas pela fisioterapia. Dentre elas, discorreremos sobre as mais comuns:

Hemiplegia: Ocorre geralmente após um acidente vascular encefálico (Derrame Cerebral) onde o individuo geralmente fica com um lado do corpo paralisado.

Tratamento Fisioterápico: A reabilitação na hemiplegia é iniciada logo após o acidente vascular para fazer com que o paciente saia da cama e consiga realizar suas atividades mais independentemente possível.

A participação ativa do paciente é fundamental com o fisioterapeuta, para que ele possa aprender a controlar sua musculatura e movimentos anormais.

Doença de Parkinson: O paciente apresenta: tremor, bradicinesia (lentidão dos movimentos), rigidez muscular, alterações posturais e quedas freqüentes.

Tratamento Fisioterápico: O principal objetivo nesta patologia é trabalhar alongamento para melhorar amplitude do movimento, alinhar e melhorar a postura, treinar a marcha (com oscilação dos membros superiores), estimular reações de equilíbrio, treinar sentar e levantar de cadeiras, extensão e rotação do tronco. Os exercícios específicos e regulares são de fundamental importância para manter o paciente forte, flexível e funcional.

Polineuropatia: Refere-se aos obstáculos em que os nervos periféricos são afetados por um ou mais processos patológicos, levando-os á incapacidade motora.

Tratamento Fisioterápico: Na polineuropatia iniciaremos com cuidados respiratórios, controle de dor, fortalecimento muscular, treino de equilíbrio e adaptações às possíveis incapacidades do paciente.

Traumatismo Craniano: Depois de algum trauma, o cérebro quando lesado pode levar o paciente ao coma, déficits físicos e incapacidade.

Tratamento Fisioterápico: A prevenção de contraturas, a manutenção da função respiratória, a diminuição da elasticidade, a melhora da amplitude de movimento, a normalização de movimento e do tônus postural e o reforço das habilidades remanescentes serão as prioridades neste caso.

Paralisia cerebral: O paciente, em geral pediátrico, apresenta variações no tônus, problemas na coordenação da postura e nos movimentos. Suas atividades são baseadas no uso da mobilidade anormal, tornando-se cada vez mais limitadas.

Tratamento Fisioterápico: Usaremos aqui o desenvolvimento dos padrões de coordenação de movimento da criança normal. Facilitaremos o movimento combinado com inibição em situações funcionais em sua vida diária. Através dessas atividades, a criança tem a experiência de sensação de um movimento.

Vale acrescentar que os métodos de fisioterapia são cada vez mais valorizados pelos pacientes e por profissionais de saúde em geral. Na prática, a Fisioterapia Neurofuncional é aplicada com base em vários dos métodos de tratamento. É comum que o fisioterapeuta selecione técnicas específicas de diversos métodos de tratamento aplicando-as de acordo com as necessidades de seus pacientes.

Também se observa um enorme grau de liberdade criativa baseado nos conceitos gerais de cada método e na competência e profissionalismo de cada fisioterapeuta. Considerando-se que, seja qual for o método, o objetivo geral é promover o aprendizado ou reaprendizado motor desenvolvendo nos pacientes a capacidade de executar atividades motoras o mais próximo possível do normal.

De qualquer forma, não se pode esquecer que um fisioterapeuta sensível, capaz de estabelecer uma boa relação terapeuta X paciente, pode operar milagres no processo de recuperação de seu doente neurológico e é isso que você encontrará no IGF.







Hoje, com as modernas técnicas e com o aprimoramento constante dos profissionais com cursos de aperfeiçoamento, essa área da fisioterapia obtém grandes resultados.

A fisioterapia neurofuncional no IGF também compartilha desse aprimoramento e pode minimizar as deficiências advindas das doenças que acometem o sistema nervoso como: Paralisia Cerebral, Esclerose Múltipla, Acidente Vascular Encefálico (derrame cerebral) dentre outras.

A reabilitação tem como intuito restaurar a identidade pessoal e social dos pacientes que sofreram lesões no córtex, tronco cerebral, medula espinhal, nervo periférico, junção neuromuscular e no músculo, buscando o bem estar físico e emocional do indivíduo.

O tratamento é globalizado e tem como objetivos principais:


  • Prevenir deformidades, orientar a família e o paciente seja ele adulto ou criança,
  • Normalizar o tônus postural,
  • Melhorar habilidades cognitivas e de memória,
  • Reintegrar o paciente a sociedade,
  • Diminuir padrões patológicos,
  • Prevenir instalação de doenças pulmonares ou qualquer outra intercorrência,
  • Manter ou aumentar a amplitude de movimento,
  • Reduzir a espasticidade,
  • Estimular as atividades de vida diária, a alimentação, o retreinamento da bexiga e intestinos, a exploração vocacional e de lazer;
  • Otimizar a qualidade de vida do paciente.

Diversas são as patologias neurológicas que podem ser tratadas pela fisioterapia. Dentre elas, discorreremos sobre as mais comuns:

Hemiplegia: Ocorre geralmente após um acidente vascular encefálico (Derrame Cerebral) onde o individuo geralmente fica com um lado do corpo paralisado.

Tratamento Fisioterápico: A reabilitação na hemiplegia é iniciada logo após o acidente vascular para fazer com que o paciente saia da cama e consiga realizar suas atividades mais independentemente possível.

A participação ativa do paciente é fundamental com o fisioterapeuta, para que ele possa aprender a controlar sua musculatura e movimentos anormais.

Doença de Parkinson: O paciente apresenta: tremor, bradicinesia (lentidão dos movimentos), rigidez muscular, alterações posturais e quedas freqüentes.

Tratamento Fisioterápico: O principal objetivo nesta patologia é trabalhar alongamento para melhorar amplitude do movimento, alinhar e melhorar a postura, treinar a marcha (com oscilação dos membros superiores), estimular reações de equilíbrio, treinar sentar e levantar de cadeiras, extensão e rotação do tronco. Os exercícios específicos e regulares são de fundamental importância para manter o paciente forte, flexível e funcional.

Polineuropatia: Refere-se aos obstáculos em que os nervos periféricos são afetados por um ou mais processos patológicos, levando-os á incapacidade motora.

Tratamento Fisioterápico: Na polineuropatia iniciaremos com cuidados respiratórios, controle de dor, fortalecimento muscular, treino de equilíbrio e adaptações às possíveis incapacidades do paciente.

Traumatismo Craniano: Depois de algum trauma, o cérebro quando lesado pode levar o paciente ao coma, déficits físicos e incapacidade.

Tratamento Fisioterápico: A prevenção de contraturas, a manutenção da função respiratória, a diminuição da elasticidade, a melhora da amplitude de movimento, a normalização de movimento e do tônus postural e o reforço das habilidades remanescentes serão as prioridades neste caso.

Paralisia cerebral: O paciente, em geral pediátrico, apresenta variações no tônus, problemas na coordenação da postura e nos movimentos. Suas atividades são baseadas no uso da mobilidade anormal, tornando-se cada vez mais limitadas.

Tratamento Fisioterápico: Usaremos aqui o desenvolvimento dos padrões de coordenação de movimento da criança normal. Facilitaremos o movimento combinado com inibição em situações funcionais em sua vida diária. Através dessas atividades, a criança tem a experiência de sensação de um movimento.

Vale acrescentar que os métodos de fisioterapia são cada vez mais valorizados pelos pacientes e por profissionais de saúde em geral. Na prática, a Fisioterapia Neurofuncional é aplicada com base em vários dos métodos de tratamento. É comum que o fisioterapeuta selecione técnicas específicas de diversos métodos de tratamento aplicando-as de acordo com as necessidades de seus pacientes.

Também se observa um enorme grau de liberdade criativa baseado nos conceitos gerais de cada método e na competência e profissionalismo de cada fisioterapeuta. Considerando-se que, seja qual for o método, o objetivo geral é promover o aprendizado ou reaprendizado motor desenvolvendo nos pacientes a capacidade de executar atividades motoras o mais próximo possível do normal.

De qualquer forma, não se pode esquecer que um fisioterapeuta sensível, capaz de estabelecer uma boa relação terapeuta X paciente, pode operar milagres no processo de recuperação de seu doente neurológico.

Publicado em 23/03/2008 e revisado em 12/12/17

O que é Fisioterapia Analitica?

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http://www.prophysis.com.br/images/fisioterapia.jpg

O conceito Sohier pode ser resumido em uma frase: toda terapia articular deve necessariamente possuir o potencial de melhorar os equilíbrios biológicos dos tecidos que são cuidados.

A finalidade da fisioterapia analítica é assim definida:

É pelo aspecto de reharmonização biomecânica das articulações e das cadeias articulares e musculares que os cuidados vão normalizar o qualitativo fisiológico das forças que geram as ações celulares mecanogênicas. O principal era definir o que é a normalidade biomecânica de cada articulação e de cada cadeia muscular.

Sob essa orientação, as pesquisas permitiram descobrir que cada cadeia articular e muscular possui ela própria geneticamente, uma programação motora automática e específica, que a função deve obrigatoriamente respeitar, para que a harmonia trófica exista entre o neuromotor e os equilíbrios biológicos mecanogênicos.

A análise mostra que o ritmo motor de cada articulação e de cada cadeia muscular comporta de maneira seqüencial a alternância de uma fase biomecânica rígida e de uma fase biomecânica não rígida.

As patologias mecanogênicas aparecem quando os estados patomecanogênicos, de origens diversas, perturbam a normalidade biomecânica das interlinhas articulares.

As programações motoras geneticamente programadas adaptam então seus comportamentos às lesões, e às descongruências das superfícies articulares notadamente.

Essas perturbações da interlinha articular são causadas banalmente por forças preferenciais como as predominâncias funcionais ou pelas disfunções causadas pelas atividades diárias.

Assim as lesões da interlinha têm sempre a característica dos tipos de funções e nossas artroses imitam, com o tempo, as forças que especificamente as formam.

O tratamento leva em consideração o estado psicológico do paciente, do grau de reação inflamatória e da fragilidade tissular.

Publicado em 08/06/08 e revisado em 16/12/2017
 

Saiba mais sobre Lesões no Menisco

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O joelho sofre flexão, rotação lateral, extensão e permite movimentos em sete eixos. Os meniscos são as estruturas que garantem o funcionamento normal da articulação do joelho. As lesões meniscais são muito frequentes, associam-se a um desgaste progressivo da cartilagem articular e podem ser caracterizadas quanto à natureza degenerativa ou traumática. Na primeira, a incidência é em pacientes acima dos 40 anos. No caso das lesões meniscais por traumas são muito comuns durante as forças de torção no joelho em pessoas ativas e jovens – em sua maioria. Esse surgimento de lesões meniscais nas posições onde o joelho se dobra com o peso do corpo em cima dele são as principais ocorrências. No caso frequente de atletas, destacam-se situações de desaceleração ou mudança de direção durante uma corrida (quando o indivíduo precisava parar ou alterar o sentido da corrida bruscamente) e os casos de alteração da direção após um prova de salto (os pés voltam a se apoiar no solo e o joelho, consequentemente, se dobra para amortecer a queda).

Elas causam sintomas característicos como dor bem localizada com períodos de alivio e agravo a determinados movimentos como agachar e cruzar as pernas, inchaço, e bloqueio (travamento).

A dor aguda é causada pelo menisco lesionado ("rasgado") que puxa sobre a cápsula da articulação sinovial bem inervados. Inchaço resulta de inflamação da membrana sinovial e derrame (popular "agua no joelho")por excesso de produção de líquido sinovial.

Lesões meniscais são muito comuns e podem ser traumáticas agudas, como, por exemplo, durante uma luta de jiu-jitsu ou degenerativas. Lesões traumáticas ocorrem classicamente durante a forças de torção no joelho em pessoas ativas jovens. A posição clássica é a do joelho flexionado ao extremo como, por exemplo, quando o individuo esta agachado ou ajoelhado que sofre entorse repentino.

Lesões degenerativas ocorrem como parte do desgaste progressivo em todo o conjunto, mais frequentemente em pacientes acima de 40 anos. Estas lesões são de clivagem, geralmente horizontais com mínima capacidade de cura.

As lesões podem ser descritas como sendo completas ou incompletas, estáveis ou instável e de vários padrões.

Quanto à sua morfologia (figura a esquerda), podem ser verticais, longitudinais (incluindo "alça de balde" onde o fragmento rasgado pode bloquear a extensão total da articulação do joelho), oblíqua / bico de papagaio ou "flap" lesões radiais ou horizontais.

A maioria é composta de lesão vertical ou oblíquo (80%). O menisco medial é mais comumente afetado – 75% contra 25% no menisco lateral, 5% dos pacientes terão lesões bilaterais.

Alguns tipos de lesões podem provocar uma ação semelhante a válvula dentro da substância do menisco, e isso pode levar à formação de um cisto meniscal, que deve ser tratada da mesma forma, abordando o problema principal que é a lesão do menisco. A chance da formação de um cisto meniscal no menisco lateral é 7x maior que a do menisco medial.

A história clínica é muito útil. O exame médico revela que a palpação da articulação e do menisco é dolorosa.

Um teste útil é o teste de McMurray que consiste na compressão com rotação da tíbia em relação ao fémur, que permite sentir ou ouvir um estalido na linha articular.

A radiografia simples não permite visualizar o menisco mas permite excluir outras causas de dor no joelho como a osteoartrite.

A ressonância magnética permite uma melhor caracterização e classificação das lesões dos meniscos.

O tratamento com a Fisioterapia busca, inicialmente, reduzir a dor e o edema (inchaço). A seguir o foco dos procedimentos é levar o paciente ao retorno de sua capacidade móvel do joelho, até conseguir esticá-lo totalmente. Nessa fase é aplicado um programa de exercícios direcionados ao aumento das amplitudes articulares. Tem início, então, ao trabalho de fortalecimento com ênfase no músculo vasto medial oblíquo que enfraquece bastante quando surgem as lesões meniscais. O trabalho também visa à estabilidade articular do joelho, através de exercícios de coordenação e equilíbrio, seguindo critérios adequados de exigência e dificuldade.

A Fisioterapia sempre irá progredir de acordo com a melhora das dores do paciente, intensificando o trabalho à medida que as manifestações dolorosas diminuam. O objetivo sempre será o bem-estar do indivíduo, ajudando-o a retornar, gradualmente, às atividades do dia-a-dia, inclusive, de práticas esportivas.

Postura e Avaliação Postural

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A postura é a capacidade de manter e movimentar as partes corporais de maneira coordenada e confortável, sem perder a funcionalidade dos gestos, sem sobrecarregar o sistema ósteo-articular e sem gerar tensões desnecessárias. Esses aspectos são peculiares a cada indivíduo. Não há como estabelecer um padrão postural. Ou seja, postura é a atitude que o corpo adota em relação ao espaço para manter-se em equilíbrio com um todo.

A postura do ser humano pode ser definida como a posição que nosso corpo adota no espaço, bem como a relação direta de suas partes com a linha do centro de gravidade.

A postura correta como o "alinhamento do corpo com eficiências fisiológicas e biomecânicas máximas, o que minimiza os estresses e as sobrecargas sofridas ao sistema de apoio pelos efeitos da gravidade". Cada indivíduo apresenta características individuais de postura que podem vir a ser influenciada por vários fatores:
  • anomalias congênitas e/ou adquiridas,
  • má postura,
  • obesidade,
  • alimentação inadequada,
  • atividades físicas sem orientação e/ou inadequadas,
  • distúrbios respiratórios,
  • desequilíbrios musculares,
  • frouxidão ligamentar e
  • doenças psicossomáticas.
A postura também pode ter relação com os seguintes aspectos:

Sócio-culturais:

Cada cultura pode adotar diversos hábitos posturais, tais como formas de dormir, lugares onde dormir, formas de caminhar, dançar, sentar.

Psicológicos:
Percepção pessoal em relação ao mundo. Como a pessoa se sente e se porta em relação aos outros e perante certas situações. Estas atitudes geralmente estão associadas à personalidade de cada um.

Biológicos:
São as características biológicas de cada ser humano. Aspectos anatômicos (largura, comprimento e forma dos ossos), fisiológicos (níveis de flexibilidade, força, resistência, etc.), genéticos (diferentes etnias) e biomecânicos (funcionalidade do movimento).

A avaliação postural consiste em determinar e registrar se possível através de fotos, os desvios ou atitudes posturais dos indivíduos, onde o mesmo é inspecionado globalmente, numa visão anterior, posterior e lateral, a fim de observar se existe alguma alteração anatômica, a qual resultará em má postura.
Esta avaliação geralmente é feita com trajes de banho (biquíni e sunga), ou com menos roupa possível (top e short), preferencialmente no primeiro dia, na avaliação física, juntamente com um questionário de ANAMNESE.

Com o indivíduo vestindo roupas apropriadas e em pé, primeiramente é feito a marcação/verificação dos pontos anatômicos.


Vista Lateral:
1. Tornozelo – Articulação calcâneo cuboidéa.
2. Joelho – Epicôndilo lateral do fêmur.
3. Coxo femoral – Trocânter maior.
4. Ombro – Acrômio.
5. Cabeça – Meato auditivo externo.

Vista Anterior:
1. Calcanhares – Linha eqüidistante.
2. Joelhos – Linha eqüidistante aos côndilos mediais.
3. EIAS – Espinhas Ilíacas Antero Superiores.
4. Cicatriz umbilical.
5. Externo.
6. Nariz.

Vista Posterior:
1. Calcanhares – Linha eqüidistante.
2. Joelhos – Linha eqüidistante aos côndilos mediais.
3. Linha Interglútea.
4. EIPS – Espinhas Ilíacas Póstero Superiores.
5. L5 ou L4 – Processo espinhoso.
6. T12 – Processo espinhoso.
7. T8 ou T7 – Processo espinhoso.
8. C7 – Processo espinhoso.

A avaliação postural é o ponto de partida para o fisioterapeuta identificar quais as alterações na postura, e a partir deste ponto poder iniciar sua linha de raciocínio clinico. Hoje a fisioterapia tem diversas modalidades terapêuticas que podem surtir efeito imediato ou no decorrer do tratamento, sendo que posso citar algumas como: Pilates, Manipulações Miofasciais, e Terapias Manipulativas como Osteopatia, Quiropraxia, RPG e outras técnicas.

O objetivo principal da avaliação postural é identificar os desequilíbrios mais evidentes a fim de evitar prescrição de exercícios que possam vir a acentuar esses desequilíbrios.A avaliação postural deve ser realizada de tempos em tempos.

A boa postura é aquela que melhor ajusta nosso sistema musculoesquelético, equilibrando e distribuindo todo o esforço de nossas atividades diárias, favorecendo a menor sobrecarga em cada uma de suas partes.

Os exercícios para a reestruturação postural são indicadas pelo fisioterapeuta a partir de uma avaliação minuciosa, cada paciente tem uma estrutura, sendo assim, existem exercícios e técnicas fisioterapêuticas especificas e individuais para cada tratamento postural.

Fisioterapia na saúde da mulher

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O corpo feminino é distinto do masculino. Além das diferenças estruturais (especialmente no sistema osteomuscular) há diferenças fundamentais na fisiologia ou funcionamento do corpo feminino (especialmente quanto a parte hormonal).

Outras características são a gestação e o parto, exigências que a natureza tornou exclusivas das mulheres. Destes fatos surgiu a medicina uroginecológica e hoje, numa abordagem mais ampla, as Ciências da Saúde da Mulher.  A fisioterapia é uma das profissões mais importantes no tratamento conservador. Assim sendo, há uma boa quantidade de profissionais se especializando na Fisioterapia na Saúde da Mulher, que antes era chamada de Fisioterapia UroGInecologica.

Ao especializar-se nessa área, o fisioterapeuta buscará a melhoria das condições físicas da mulher, desenvolvendo trabalhos preventivos, protetivos, educacionais, de intervenção e recuperação. Tudo isso, por meio de programas personalizados, de acordo com as necessidades de cada uma. Ele será um profissional especialista na área, com conhecimento teórico e prático das principais moléstias relacionadas à saúde da mulher, tem condições de promover esses tratamentos, atuando juntamente com uma equipe multidisciplinar. O profissional fisioterapeuta tem uma importante atuação na saúde da mulher. Um setor em grande expansão tanto na prática clínica quanto em pesquisas científicas comprova a eficácia dos tratamentos em estudos bem desenhados e com a satisfação dos pacientes e da equipe multiprofissional com resultados obtidos.


A Fisioterapia na Saúde da Mulher, englobando a fisioterapia uroginecológica, veio somar um contingente ainda maior de métodos e técnicas voltados não só a parte urogenital mas ao corpo feminino como um todo. Hoje mulheres com problemas como a constipação, retenção urinária, incontinência urinária, incontinência anal, prolapsos genitais ("bexiga caída") além dos mais diversos tipos de disfunção sexual, podem recorrer à fisioterapia para o alívio e, por vezes, à solução total destes inconvenientes.

Os recursos da Fisioterapia na Saúde da Mulher servem como aliado feminino não só no combate de incontinências ou de disfunções sexuais, mas na prevenção de toda uma infinidade de problemas de foro íntimo, na preparação para a gestação e o parto humanizados, na garantia do envelhecimento saudável, além de viabilizarem o incremento do desempenho sexual, o que, mesmo nas épocas de supressão, já era tido como sinônimo de satisfação e gratificação pessoal.

Com ajuda daqui

Assistência ventilatória

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Assistência ventilatória pode ser entendida como a manutenção da oxigenação e/ou ventilação dos pacientes portadores de insuficiência respiratória aguda, de maneira artificial, até que eles estejam capacitados a reassumi-las. O moderno uso clínico dos respiradores mecânicos iniciou-se com os ventiladores à pressão negativa, em pacientes com paralisia dos músculos respiratórios, por poliomielite, através dos pulmões e aço. Muito embora a idéia de insuflar os pulmões mediante a utilização de uma pressão positiva da boca até a traquéia fosse antiga, essa prática somente começou a ser aplicada a partir da década de 1920, com o advento da anestesia geral e a entubação endotraqueal.
Posteriormente, as dificuldades em se ventilar pacientes com lesões parenquimatosas, graves levaram ao desenvolvimento de aparelhos que aplicassem uma pressão positiva diretamente nas vias aéreas, os ventiladores à pressão positiva, que tiveram seu uso difundido e acabaram por ganhar uma posição de destaque no tratamento da insuficiência respiratória. Os objetivos principais do uso de suporte ventilatório, mecânico, em pacientes, são:

· Melhorar as trocas gasosas - Reverter a hipoxemia. Atenuar a acidose respiratória aguda.

· Atenuar a dificuldade respiratória - Diminuir o consumo de oxigênio relacionado à respiração. Reverter a fadiga muscular respiratória.

· Alterar as relações pressão-volume - Evitar ou reverter atelectasias, melhorar a complacência pulmonar e evitar a progressão da lesão pulmonar.

· Permitir a reparação dos pulmões e vias aéreas

· Evitar complicações

Temos por finalidade transmitir uma visão geral sobre ventilação mecânica e as diversas técnicas ventilatórias, empregadas para a manutenção das trocas gasosas e a preservação da microestrutura pulmonar, visando promover uma recuperação mais precoce dos quadros de insuficiência respiratória aguda. 

Veja o artigo completo

Publicado em 06/05/11 e revisado em 10/01/18

Fisioterapia na Síndrome do Desfiladeiro torácico

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Desfiladeiro torácico é o espaço estreito que os vasos sanguíneos e os nervos atravessam quando saem do tronco em direção aos membros superiores. Essa região fica entre a primeira costela e a clavícula e pode ser palpada em ambos os lados do pescoço.

Diversos fatores podem predispor o doente à síndrome do desfiladeiro torácico como a presença de anormalidades do escaleno médio, a presença do escaleno mínimo, tumores, anormalidades da primeira costela, processo transverso alongado de C7, bandas fibrosas e da costela cervical. A hipertrofia do escaleno anterior exerce forças de tração em direção superior na primeira costela, condicionando um maior ângulo de abertura desta. Assim, comprime as raízes inferiores do plexo braquial. Por outro lado, a hipertrofia deste músculo exerce também compressão transversal, tanto por forças posteriores como anteriores. As forças posteriores afetam a artéria subclávia e o plexo braquial, já as anteriores comprimem a veia subclávia.

O diagnóstico preciso da Síndrome do Desfiladeiro Torácico é controverso, sabe-se que a compressão do plexo braquial, da veia subclávia ou axilar, ou da artéria através de diversas fontes podem resultar nos sintomas que acometem a região do desfiladeiro torácico, mas o diagnóstico da patologia se baseia muito nas queixas subjetivas e na avaliação clínica.

Os sintomas principais do Síndrome do Desfiladeiro Torácico são as dores e parestesias, alteração de motricidade fina, fraqueza muscular, incapacidade para realizar atividades da vida diária, isquemia, palidez, cianose, sintomas vasomotores (fenômeno de Raynaud), sensação de peso, aumento da temperatura e edema, principalmente ao nível das mãos e dedos. Todos estes sinais e sintomas podem ocorrer de maneira espontânea ou serem provocados por movimentos que diminuam as dimensões dos espaços anatômicos.

O tratamento da compressão no desfiladeiro torácico tem o objetivo de aliviar os sintomas e prevenir complicações. O cirurgião vascular pode indicar:
  • Medicamentos – são utilizados para aliviar os sintomas. Geralmente são utilizados analgésicos, anti-inflamatórios e relaxantes musculares.
     
  • Postura adequada – É necessário adaptar as atividades diárias a uma nova postura que diminua a compressão no desfiladeiro torácico. É fundamental adaptar as atividades de trabalho.
     
  • Fisioterapia - Exercícios e outras medidas ajudam a corrigir a postura e reduzir a compressão no desfiladeiro torácico. Os resultados costumam surgir após três meses de tratamento.
     
  • Cirurgia – O cirurgião vascular pode fazer uma cirurgia para remover a causa da compressão. Normalmente, é realizada a remoção da primeira costela, da costela extra, ou dos músculos que causam a compressão. Este procedimento pode ser feito com um corte no pescoço ou na axila, sempre com anestesia geral. A cirurgia deve ser considerada quando as outras formas de tratamento não funcionaram. Quando há compressão nos vasos sanguíneos, a cirurgia geralmente é a primeira opção.


A atuação da fisioterapia na Síndrome do Desfiladeiro Torácico vai ter como principais finalidades a diminuição dos sintomas e o retorno do paciente às suas atividades de vida diária de forma mais precoce possível. Assim os objetivos do tratamento são:

  • Alívio dos sintomas álgicos;
  • Relaxamento das tensões e contraturas musculares;
  • Diminuição da inflamação;
  • Resolução do edema;
  • Melhora da postura;
  • Aumento de força muscular;
  • Melhora das amplitudes de movimentos;
  • Normalização da circulação;
  • Reequilíbrio da musculatura que envolve a cintura escapular;
  • Retorno às atividades de vida diária.

A fisioterapia engloba a aplicação de calor local para aliviar os espasmos musculares, exercícios de mobilização ativa e de fortalecimento do membro superior e especialmente da mão para aumento da circulação periférica, um plano de exercícios específico para melhorar a posição articular do ombro e omoplata, assim como a correção postural nas atividades da vida diária, em casa e no local de trabalho. Vai promover a reeducação dos padrões respiratórios diafragmáticos, propondo exercícios de relaxamento, auxiliando no reconhecimento das atividades que provocam os sintomas, promovendo mudanças referentes a maus hábitos para redução da sobrecarga local, e melhorando a percepção corporal.

Os testes aplicados são:

  • Teste de Ross- com movimentos rápidos de abertura e fechamento das mãos e o ombro elevado, rotado externamente e em 90° de abdução, com o cotovelo fletido em uma duração de 3 minutos;
  • Teste de Adson- o paciente roda a cabeça para o lado sintomático, estirando a cervical e inspirando profundamente;
  • Teste de Wright- mantém o ombro em abdução de 180° com o cotovelo fletido durante 1 minuto;
  • Teste Costoclavicular ou Teste de Halsted- é provocada a diminuição do espaço costoclavicular posicionando os ombros em posição recuada e deprimida como uma postura militar.

Com ajuda daqui


Fisioterapia e Hérnia de Disco Lombar

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A coluna é composta por 33 vértebras. Entre uma vértebra e outra estão os discos intervertebrais, cuja função é evitar o atrito entre as vértebras e amortecer o impacto, facilitando a mobilidade e a estabilidade da coluna. Os discos são constituídos por um anel resistente, que contém um material gelatinoso, chamado de núcleo pulposo.

O processo degenerativo começa cedo sendo o início na própria infância. Com o tempo acontece a perda de suas proteínas e de seu conteúdo de água, isto significa que perde a capacidade de absorver impactos. A degeneração discal é um processo natural dos seres humanos, mas quando o disco é considerado doloroso chamamos de doença degenerativa discal.

A hérnia de disco ocorre quando o núcleo pulposo migra através de fissuras que ocorrem no ânulo fibroso degenerado e geralmente cursa com compressão e irritação das raízes nervosas provocando dores e alterações neurológicas nas pernas.

Os sintomas e sinais da hérnia discal são bastante variáveis e se alteram de pessoa para pessoa, de caso para caso; incluem: manifestação de dor (depende da região da coluna afetada e das raízes nervosas comprometidas); comprometimento do reflexo (patelar e Aquiles) e da marcha; diminuição da força muscular do membro inferior afetado (por comprometer a porção motora do nervo); e alterações da sensibilidade (parestesias, cãibras, dormência e fisgadas).

Os principais causadores da dor são: desequilíbrios musculares, fatores psicológicos e fatores externos à hérnia. Meu aluno pode estar sentindo dor porque além da hérnia de disco lombar está com algum desequilíbrio que afete a região. Ele talvez desenvolva a dor devido a outras patologias ou até uma dor psicológica.

A maior parte das hérnias discais acontece na região lombar, por ser esta a área da coluna que mais se movimenta, mas também podem aparecer hérnias de disco nas regiões cervicais e torácicas, esta última em menor proporção. A dor de uma hérnia na região lombar pode irradiar para pernas e pés.



O tratamento fisioterapêutico para hérnia discal tem como benefícios:

Alívio da dor nas costas e a dor irradiada para braços ou pernas, por exemplo;
Aumento da amplitude dos movimentos;
Maior resistência física;
Evitar a cirurgia na coluna;
Diminuir a tomada de medicamentos para controle da dor.

O fisioterapeuta precisa realizar uma avaliação correta para identificar a causa exata do problema e traçar uma conduta que visa diminuir a dor do paciente e reabilitá-lo para que ele possa realizar suas atividades de vida profissional e diária sem prejuízos.

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Para isso, é preciso estabelecer objetivos que promovam a analgesia, fortalecimento da região e estabilização vertebral do local onde se encontra a hérnia de disco, para impedir que a doença progrida e evitar a formação de novas hérnias.

O tratamento de fisioterapia pode ser usados:

Eletroterapia/Termoterapia

Aparelhos como ultrassom, corrente valgânica, TENS e laser podem ser usados como anti-inflamatórios que ajudam a aliviar os sintomas, diminuindo a dor e o desconforto na coluna. Eles devem ser aplicados conforme a necessidade que a pessoa apresenta, por cada área de tratamento. Além disso, pode utilizar a termoterapia com o calor. É uma outra forma de aliviar a dor nas costas e preparar o corpo para uma massagem, porque aumenta a circulação sanguínea e a chegada de mais nutrientes aos tecidos. O calor pode ser usado com bolsas ou toalhas aquecidas ou luz de infravermelho, por exemplo, durante certa de 20 minutos.

Alongamentos E Cinesioterapia

Os exercícios de alongamento são indicados desde o início das sessões de fisioterapia sendo importante para aumentar a flexibilidade, normalizando o tônus dos músculos e reorganizar as fibras musculares sendo também excelentes para melhorar a postura corporal no dia a dia. Além dos alongamento, pode ser usados outros tipos de exercícios, se a pessoa não apresenta dor aguda e ajudam a fortalecer grupos musculares que encontram-se fracos ou desequilibrados. Existem vários tipos de exercícios que podem ser usados, como os de Reeducação postural global, Pilates Clínico e Hidroterapia, por exemplo, sendo que estes 2 últimos também podem ser usados como atividade física.

Os exercícios de RPG são monótonos, mas são de grande ajuda, sendo uma das melhores opções para evitar ter que fazer uma cirurgia para hérnia de disco. Já os exercícios de Pilates são particularmente indicados porque fortalecem os pequenos músculos, mas muito importante que mantem as costas eretas e a força do abdômen, que também protege a coluna. A hidroterapia é realizada dentro da piscina, sendo orientada por um fisioterapeuta e consiste em exercícios que envolvem correr dentro da água e até mesmo nadar.

Tração cervical ou lombar

Este é um tipo de tratamento que pode ser realizado de forma manual, onde o fisioterapeuta segura firmemente o pescoço da pessoa, que se encontra deitada numa maca, mantendo a coluna toda alinhada e puxa a cabeça verticalmente, para promover uma liberação da tensão entre as vértebras, permitindo maior hidratação do disco vertebral e por vezes, o seu retorno para o local original. A tração da coluna também pode ser realizada em equipamentos específicos que atuam da mesma forma, tracionando o pescoço numa direção e a lombar na direção oposta, mantendo a tração durante 20 a 30 segundos, durante cerca de 5 a 10 repetições, por exemplo.

Terapia Manual com Técnicas de Manipulação

As técnicas servem para diminuir a pressão sobre a coluna, realinhar todas as estruturas do corpo e frequentemente causam sensação de maior leveza e facilidade de realizar movimentos. Esta técnica é particularmente indicada para quando a pessoa apresenta dificuldade para realizar determinados movimentos porque se sente 'preso'.

Cada sessão de fisioterapia deve ser individualizada e dura cerca de 1 hora, mas além disso certos exercícios também devem ser realizados em casa, quando indicados pelo fisioterapeuta.

O tratamento conservador, com repouso, fisioterapia, compressas mornas, educação postural e/ou acupuntura, alivia os sintomas em mais de 90% dos pacientes com hérnia de disco. A maioria se recupera, tornando-se aptos a retornar para as suas atividades habituais em um ou dois meses.

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3 vantagens de cursar enfermagem

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Não há muitas dúvidas sobre o que se estuda em um curso de enfermagem. Um enfermeiro tem como missão fundamental cuidar de pessoas, e suas atividades incluem auxiliar a manter e restabelecer a saúde dos cidadãos.

Os profissionais do curso de enfermagem trabalham em parcerias com profissionais das áreas de nutrição e psicologia, além de auxiliarem médicos em geral nos processos de atendimento. É importante ressaltar as vantagens para optar por enfermagem.





Excelente média salarial

Saúde é um dos direitos básicos assegurados por constituição, o que significa que há certa estabilidade no mercado de trabalho. Atualmente, o maior número de empregos é ofertado por redes particulares de saúde, mas o setor público também demanda de uma grande quantidade de profissionais qualificados na área de enfermagem.


Os pisos salariais são determinados pelos acordos sindicais realizados, no estado de São Paulo o piso para um profissional graduado em enfermagem é de 2.417,00 a 3.264,00. No entanto, a região sudeste abriga 54% dos diplomados em enfermagem, o que significa um número de concorrentes por vaga maior do que nas outras regiões do país. Caso haja disponibilidade de exercer a profissão em outras regiões, é possível encontrar mais oportunidades e médias salariais ainda mais altas, como no estado da Bahia que o piso salarial parte de 3.500,00.


Expansão das áreas de trabalho

Além das áreas hospitalares, hoje um profissional de enfermagem pode trabalhar em diversos outros campos. Áreas de estética e dermatologia costumam demandar de uma grande quantidade de enfermeiros para a realização dos procedimentos estéticos e dermatológicos.Enfermeiros podem também atuar na área de pesquisa clínica em laboratórios, institutos de pesquisa e universidades.

Os profissionais de enfermagem podem oferecer serviços de assessoria, auditando processos hospitalares e auxiliando na montagem de unidades de saúde. O ensino e o atendimento domiciliar são outras duas atividades que podem ser realizadas por profissionais enfermeiros.

Os graduados em enfermagem podem orientar projetos de pesquisa e ministrar aulas teóricas e práticas, também podem prestar serviços residenciais dando continuidade aos tratamentos hospitalares ou auxiliando os pacientes nas questões de saúde, higiene e bem estar.




Contato direto com a sociedade

A missão de cuidar das pessoas direta ou indiretamente é a máxima de todo graduado em enfermagem. O trabalho realizado por eles beneficia diretamente a sociedade, sendo capaz de salvar vidas e prestar socorros em momentos e ambientes inesperados. Dotados de sensibilidade, precisão e cuidado, os enfermeiros desempenham um papel inestimável para a sociedade, fazendo com que os processos e órgãos de saúde permaneçam em funcionamento.





Exercício respiratório diafragmático

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A respiração diafragmática ou respiração profunda é chamada assim porque expande o diafragma e leva o ar rico em oxigênio até o abdômen. É através dessa técnica que se consegue aumentar significantemente a capacidade volumétrica dos pulmões em mais do dobro. Desse modo todo o corpo é mais oxigenado, inclusive o cérebro.

Dentre todas as técnicas para reexpansão pulmonar, o exercício respiratório diafragmático é o mais utilizado. O diafragma contribui para aproximadamente 70% do volume corrente e 60% da capacidade vital (CV), sendo portanto, o principal músculo da inspiração. Na posição ereta, considerando-se uma inspiração máxima partindo do volume residual até a capacidade pulmonar total, o diafragma tem sua maior contribuição no volume gerado entre o volume residual (VR) e a capacidade residual funcional(CRF), devido a melhor relação tensão-comprimento observada nestes volumes pulmonares.

Tenha um guia completo de Fisioterapia Hospitalar. Vai facilitar (e muito) os seus estudos.

Entretanto, à medida que a inspiração aproxima-se da capacidade pulmonar total, sua contribuição em gerar volume é menor, pois neste volume pulmonar o diafragma encontra-se em desvantagem mecânica. No decúbito dorsal, devido à compressão do conteúdo abdominal sobre o diafragma, independente do nível que a inspiração máxima for realizada (VC e CRF), será gerada uma mesma fração de volume inspirado.

Para este exercício, o paciente realiza uma inspiração profunda e lenta pelo nariz e, em seguida, faz uma expiração com a utilização da técnica freno labial. Na fase inspiratória, deve realizar uma contração voluntária do músculo diafragma, fazendo com que haja uma distensão abdominal. Esse exercício permite uma maior expansão pulmonar, por aumento da ventilação nas bases, beneficiando aqueles cuja complacência pulmonar esteja diminuída.

Alguns estudos demonstraram claramente que a aplicação deste exercício pode aumentar o volume pulmonar e melhorar as trocas gasosas. Todavia pouco se sabe qual é a posição ideal para se realizar este exercício, mas um estudo recente demonstrou que se favorece um deslocamento maior do volume corrente, aplicando este exercício na posição sentada.

Respiração diafragmática: como fazer

• Coloque-se de forma confortável sentado ou deitado;

• Coloque a mão no abdômen (barriga) próxima ao umbigo;

• Feche os olhos e concentre-se em sua respiração;

• Inspire pelo nariz e encha os pulmões de ar, leve-o até o abdômen, percebendo que ele se movimenta. Você pode imaginar que está enchendo uma bexiga que está dentro de sua barriga. Ao inspirar conte até quatro (mentalmente) para que o pulmão e o abdômen fiquem expandidos;

• Retenha o ar por dois tempos (conte até dois mentalmente), mantendo a barriga e os pulmões cheios;

• Expire lentamente pela boca, contando até cinco, esvaziando completamente o pulmão e o abdômen;

• Reinicie os movimentos após reter os pulmões vazios por dois tempos.

Procure efetuar os movimentos respiratórios de tal forma que haja pouco movimento torácico (movimento do peito) e mais movimentos abdominais (movimento de barriga).

Saiba mais sobre Lesão de Cotovelo

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O cotovelo é uma articulação complexa que conecta a parte inferior do braço e o antebraço. Um olhar rápido sobre a anatomia: O cotovelo é uma articulação complexa composta por três ossos, o úmero de raio, e ulna. O úmero é um osso que percorre o ombro e o braço, onde ele se conecta com dois ossos do antebraço, ou seja, raio e ulna. Este conjunto dá estabilidade para os músculos, ligamentos e tendões. As principais funções do movimento, como flexão,  extensão, rotação e movimento da palma para cima e para baixo (pronação e supinação) são realizados pelo cotovelo. É  uma articulação fundamental para levantar pesos, vestir-se, lavar-se, pentear os cabelos e trabalhar.

As possíveis lesões ocorrem no nível dos côndilos do úmero, cabeça do rádio, epicôndilo e podem ser supracondilar ou intercondilar.



As causas da fratura do cotovelo são o trauma direto ou indireto com o cotovelo fletido. Ocorrem durante acidentes de moto e quedas de bicicleta com o cotovelo fletido e em supinação ou em caso de grande impacto, como uma queda do primeiro andar. Um deslizamento para trás (por exemplo sobre o snowboard) provoca uma fratura da ulna com mais facilidade.

As lesões do cotovelo podem ser supracondilares, intercondilares ou radiales, dependendo se estão localizados acima dos côndilos do úmero, no interior ou no rádio.

De acordo com a clínica Mayo as fraturas do olécrano do cotovelo podem ser divididas em:

  • Tipo I: é simples ou com separação dos fragmentos menores de 2 mm, o prognóstico é bom.
  • Tipo II: é cominutiva ou não cominutiva, representa o 80/90% das fraturas do cotovelo e o prognóstico é bom.
  • Tipo III: é desviada e instável, estes podem ser fraturas cominutiva ou não cominutiva, frequentemente associadas com a lesão do rádio. São muito raros, constituem cerca de 5% de todas as fraturas, o tempo de cicatrização é longo e o prognóstico é reservado.

Traumas de cotovelo apresentam os sintomas comuns. No entanto, a intensidade será diferente dependendo do tipo de trauma.

  • Dor intensa, inchaço em torno do cotovelo imediatamente após a lesão, é o sintoma mais comum.
  • Hematoma e descoloração do cotovelo.
  • Dificuldade de movimentos em zona de  cotovelo. Por exemplo – pessoa torna-se incapaz de dobrar o cotovelo, e também totalmente endireitá-lo, sente dificuldades em rotar as palmas das mãos para dentro e para fora com o cotovelo dobrado (90 °).
  • A área ao redor de cotovelo torna-se sensível ao tocá-la.
  • Dor com qualquer movimento do cotovelo.
  • A sensação de dormência e de frio na zona de antebraço, mão ou dedos.
  • Qualquer lesão aberta, como um corte ou ferida no cotovelo após um acidente grave.
  • Uma sensação de apertação no antebraço ou no cotovelo logo após a lesão.

Algumas dicas que não vão curar a lesão, mas ajudarão evitar que se torne mais grave. Portanto, antes de chegar a receber a assistência médica profissional tente fazer o seguinte:

  • Imediatamente após a lesão, use uma bolsa de gelo para diminuir a inflamação e também para reduzir a dor e o inchaço. Você também pode usar compressa fria sobre a área de traumatizada. Tenha certeza que não esteja usando o bloco de gelo por mais de 20 minutos, pois isso é capaz de provocar queimaduras.
  • Tape a ferida se o cotovelo machucado estiver a sangrar. Use um pano limpo. Em caso de sangramento intenso, coloque alguma pressão sobre a ferida para parar o sangramento. Tenha cuidado, não faça isso se o osso for deslocado ou saliente.
  • Se o osso for quebrado, nem sequer tente endireitá-lo. Além disso, não tente empurrar um osso fraturado, se for saliente para dentro da pele, pois fazendo o poderá agravar a situação.
  • Tente manter a fratura a mais fixa possível, use uma tala caseira, pendure um pedaço de pano ao redor do pescoço ou use travesseiros para apoiar o braço e cotovelo.
  • Você pode optar por medicamentos anti-inflamatórios para reduzir a dor e inchaço.

Complicações da fratura de cotovelo

  • Rigidez. Em caso de fratura múltipla e desviada, os movimentos de flexão e extensão são limitados.
  • Artrose. A degeneração da cartilagem e da articulação pode causar dor no cotovelo e inflamação crônica.
  • Instabilidade crónica. O cotovelo não é estável e pode ocorrer uma luxação.
  • Pseudoartrose ou não consolidação. Os fragmentos não soldar ou juntar-se em uma posição anormal, esta complicação ocorre especialmente se a fratura não é tratada. Se depois de alguns meses a fratura não é consolidada, é possível realizar as ondas de choque que estimulam a reconstrução.
  • Infecção, especialmente se a fratura é exposta.
  • Lesões das artérias e nervos, particularmente o nervo ulnar que pode ser preso por tecido fibroso pós traumático. Os sintomas são dor no cotovelo até os dedos, formigamento, perda de força e sensibilidade do cotovelo ao dedo mindinho e o dedo anelar.

Nunca tente apressar a recuperação do cotovelo quebrado. Paciência e cuidado adequado garantirão um bom resultado de modo que um dia o que restará da sua trauma serão só algumas memórias!


Fisioterapia e a Prevenção na Artrose

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A artrose não atinge apenas pessoas mais velhas.  Também conhecida como osteoartrose, a doença reumática degenerativa afeta as articulações sinoviais, alterando a cartilagem articular e causando rigidez articular, deformidade progressiva, dor e perda de função das partes afetada pode alcançar pessoas jovens também.

É possível fazer a prevenção da artrose e o controle de vários fatores que influenciam sua qualidade de vida - como o nível da dor ou a amplitude de movimento. Em alguns casos, consegue-se até mesmo diminuir a degeneração da articulação.

A chave para controlar esses fatores é um plano de tratamento que inclui sessões de fisioterapia, com exercícios personalizados para cada tipo de paciente, levando em conta também o grau de degeneração articular.

É importante lembrar que, infelizmente, a doença degenerativa não tem cura. Mas boa notícia é que ela tem controle e pode ser prevenida sim! Mas cabe enfatizar que o estilo de vida do paciente influencia muito no desenvolvimento da doença; pessoas sedentárias têm mais chances de apresentar artrose conforme vão envelhecendo. Para evitar ou postergar o aparecimento da doença, o ideal é que as pessoas pratiquem exercícios físicos, e adotem algumas práticas de fisioterapia que visam fortalecer os músculos e articulações.

Por ser uma doença irreversível, o acompanhamento dos pacientes é de extrema importância, especialmente quando a artrose está mais avançada e chega a estágios de incapacitação do paciente. Neste caso, as sessões de fisioterapia são voltadas aos seguintes objetivos:

- Diminuição ou alívio da dor e das rigidez articular;
- Proteção das articulações;
- Aumento da força muscular;
- Aumento da funcionalidade;
- Redução da sensação de meralgia parestésica (queimação, dor na musculatura, sensação de choque e sensibilidade maior da pele);
- Aumento da estabilidade articular;
- Aumento da propriocepção.

Um dos principais objetivos da fisioterapia é manter ou aumentar a amplitude de movimentos do paciente, de forma que ele possa desenvolver as atividades mais corriqueiras do dia a dia com o mínimo possível de dor e de rigidez muscular.

Com a aplicação dos exercícios adequados e personalizados, o fisioterapeuta ajuda o paciente a ter os músculos que suportam uma articulação artrítica mais fortalecidos. O profissional também pode dar boas dicas ao paciente sobre sua consciência corporal. Quanto mais consciente do próprio corpo e de seus movimentos, melhor será a postura de quem apresenta a artrose, evitando submeter as articulações afetadas a um estresse ainda maior.
 
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