Quantcast
Channel: Fisioterapia
Viewing all 3052 articles
Browse latest View live

Fratura de quadril em Idosos

$
0
0
http://www.gazetadopovo.com.br/viver-bem/wp-content/uploads/2015/07/smith-prd-meth01-tom_rpc_intraCA5VTCK0-600x493.jpg

O aumento de vida nos idosos não foi capaz de evitar um perigo que provoca mais mortes na população de terceira idade: a fratura no quadril. Tanto que, a Organização Mundial de Saúde (OMS) já considera o índice de casos um problema de saúde pública. No Brasil, estimasse que 100 mil casos aconteçam por ano.

A lesão ortopédica, também denominada fratura do fêmur proximal, é comum em pessoas de idade avançada, derivada do processo natural de envelhecimento e da osteoporose, que afeta os ossos, a agilidade e o equilíbrio. O mais comum é ocorrer durante quedas em ambientes domésticos, mas problemas na postura e na marcha da caminhada também podem provocar acidentes. Os idosos também possuem outras características que os fazem propensos a fraturas: quedas mais frequentes devido ao equilíbrio prejudicado, efeitos colaterais de medicações, dificuldades de visão, metástases ósseas de tumores e menor agilidade para evitar situações de risco.

Fatores de risco da fratura do quadril

  • Entre os fatores predisponentes existe a herança, na verdade, os filhos de pessoas que sofrem esta lesão são mais propensos a quebrar o quadril.
  • As pessoas magras são mais predispostas porque geralmente têm uma baixa concentração de cálcio nos ossos (osteopenia ou osteoporose).
  • O fumo e alcoolismo são outros fatores de risco.
  • Os pacientes com transtornos mentais, neurológicos e visuais são mais propensos a cair e podem ter uma fratura do fêmur.
  • As lesões femorais constituem um alto custo social e econômico para a gestão do paciente idoso.
  • As fraturas do fêmur são muito perigosas, sem cirurgia a mortalidade pode exceder os 30% dos casos.
  • A lesão pode ocorrer no quadril direito ou esquerdo, é rara uma fratura bilateral.
  • A fratura de quadril com luxação é um evento muito raro e ocorre principalmente em caso de acidente. 
Quando ocorre a fratura no quadril, o tratamento é cirúrgico, com fixação de parafusos, pinos, hastes, placas, ou com colocação de prótese de quadril. A reabilitação é feita com fisioterapia, mas depende muito da qualidade do osso. Normalmente é mais lenta em pessoas mais velhas, podendo vir a comprometer órgãos como pulmões, coração e rins e levar a morte.

Para prevenir o problema é preciso adequar o ambiente doméstico a pessoa idosa, retirando todo o objeto que possa representar perigo de queda, como tapetes, fios, escadas. Procurar instalar suportes de apoio no banheiro e pisos antiderrapantes. E, principalmente, realizar tratamento de combate a osteoporose. Conferir a densidade óssea com frequência ajuda a manter a resistência dos ossos. Entre as mulheres em menopausa e homens a partir dos 70 anos, o desequilíbrio hormonal favorece a fragilidade óssea. Se houver histórico de osteoporose, os riscos aumentam. Repor cálcio, vitamina D e mudar a alimentação ajudam a fortalecer esses ossos.

A prática de exercícios físicos também é indicada, pois eles trabalham a musculatura e fortalecem a região dos quadris.


Publicado em 14/11/12 e revisado em 31/07/17


Pilates Clínico e a Fisioterapia

$
0
0


O Pilates Clínico consiste numa adaptação de diversos exercícios para que possam ser realizados para pessoas que nunca praticaram atividade física e também para a reabilitação de pessoas com problemas de coluna, para melhorar a postura e diversos problemas de saúde que podem ser beneficiados com o fortalecimento muscular e articular.

Este método de treino foca-se no controle da respiração, no centro de gravidade do corpo e na boa postura, que são excelentes para aumentar a capacidade de concentração e melhorar a coordenação motora e também a flexibilidade de todos os músculos e tendões, e devem preferencialmente serem orientados por fisioterapeutas com conhecimento específico de Pilates Clínico.

É  um método que envolve o corpo e a mente. Ele tem como objetivo equilibrar o desempenho em relação ao esforço físico através da integração dos movimentos trabalhando vários grupos musculares simultaneamente, com deslocamentos suaves e contínuos, com ênfase na concentração, no fortalecimento e na estabilização do abdômen, coluna e região pélvica.

Diferentemente do pilates feito em academias, o pilates clínico é indicado para quem já fez RPG (Reeducação Postural Global), por exemplo, ou  quer potencializar os resultados, sendo melhor sugerido para portadores de dor que estão num estado mais tênue dos sintomas. Entretanto, não existe contraindicação, nem mesmo para idosos ou gestantes, pois a terapêutica não oferece impacto para o corpo. É um método mais voltado para fisioterapeutas que focam em reabilitação.

Para entender melhor o Pilates Clínico, preciso falar da Coletânea de Pilates Clinico. Você conhece os exercícios certos para tratar casos clínicos com Pilates?  Tenha em mãos conhecimentos específicos para casos clínicos complexos. Clique aqui e saiba mais!


Até a próxima! 

O que o BOX 2.0 de Anatomia tem a oferecer para sua formação de Fisioterapeuta?

$
0
0


O BOX 2.0 é um Curso que oferece um conteúdo super aprofundado dos Sistemas Articular, Muscular e Ósseo com vídeo aulas completas, Apostilas de estudo, exercícios para teste de conhecimento, Podcast com conteúdo das aulas somente em áudio para que você possa estudar enquanto se locomove de um lugar para o outro, resumão das aulas (em vídeo) para o seu período de provas onde precisa guardar grande quantidade de informação em curto espaço de tempo.

A metodologia de ensino é validada por Alunos das universidades do Brasil e de fora do país que tem alcançado resultados muito acima do que historicamente vinham conseguindo antes de ter o Curso em disponível.

A plataforma do Curso permite que você tenha um controle das Aulas que já foram assistidas e possa ir evoluindo gradualmente de acordo com o tempo que tem disponível.


O conteúdo do Box 2.0 é 100% online, fica disponível 24hs por dia para que você encontre o melhor momento para o estudo dentro no seu cronograma diário.

Além do conteúdo online o Aluno recebe também uma Cartela de Adesivos com imagens relacionadas aos temas abordados no curso.

Junto com o bônus físico, que são as cartelas de adesivos, o Aluno do Curso recebe também um Certificado de horas que pode ser apresentado como atividade complementar ao seu Curso.

O que você vai ter no BOX 2.0?

SISTEMA ÓSSEO

Introdução ao Sistema Ósseo;

Coluna vertebral;

Membros superiores;

Membros inferiores;

Crânio;

Resumão;

SISTEMA ARTICULAR

Introdução ao Sistema Articular;

Coluna vertebral;

Membros superiores;

Membros inferiores;

Crânio;

Resumão;

SISTEMA MUSCULAR

Introdução ao Sistema Muscular;

Tronco;

Membros superiores;

Membros inferiores;

Cabeça e pescoço;

Resumão;

E MAIS...

Acesso IMEDIATO e VITALÍCIO a todo o conteúdo do curso, que inclui os 3 módulos representados pelos 3 Sistemas (Circulatório, linfático e Urinário) com mais de 11 Aulas cada um deles;

Acesso a apostilas em PDF para que você revise o conteúdo e absorva com mais profundidade;

Visualizar

Esporte Profissional e a Fisioterapia

$
0
0
https://spasorocaba.com.br/wp-content/uploads/2015/03/fisioterapia-desportiva.png

Faz tempo que a Fisioterapia conquistou um lugar nos hospitais e clínicas de todo o país. Desde 1969, quando um decreto-lei regulamentou a carreira, profissionais vêm ajudando gerações a se recuperar de traumas e a prevenir novos problemas. Mas, quando o esporte profissional encontrou a Fisioterapia, fez-se a luz. Hoje, grande parte dos vestibulandos pensam em trabalhar com atletas, se possível, em um grande clube de futebol.

É inegável que, atualmente, o esporte profissional evidencia o valor do fisioterapeuta. Posso dizer que a maioria dos estudantes vem impulsionada pela demanda dos clubes de futebol, por exemplo. Mas também há espaço para atuar com a ginástica artística e com o vôlei.

E, nesse mercado é possível atuar em todas em todos os níveis. O profissional atua tanto na indicação de práticas para prevenir lesões quanto na reabilitação do atleta.

A fisioterapia esportiva desprende tanto do profissional quanto do atleta o empenho para que seus resultados sejam apresentados em um curto espaço de tempo, a fim de garantir os benefícios da volta do atleta em sua melhor forma física à prática da sua atividade esportiva. A preocupação e a manutenção do funcionamento de todas as funções do corpo, músculos, articulações e ossos é evidenciada para que se possa alcançar o máximo do seu potencial, a fim de garantir a execução perfeita de todas as suas habilidades físicas.

A atuação da fisioterapia esportiva abrange também a colaboração do profissional fisioterapeuta quanto ao treinamento e postura dos atletas em campo, a fim de orientar tanto a técnicos como o time inteiro quanto aos pontos de desequilíbrio muscular que pode afetar os indivíduos e as melhores maneiras de adequar suas posturas ao desempenho favorável do esporte que praticam, aliando-se dessa maneira o aspecto preventivo da prática da fisioterapia esportiva

As dificuldades variam de acordo com o tipo de modalidade; pode ser o número de profissionais que compõem uma equipe, ou grande quantidade de competições ao decorrer do ano, além do curto espaço de tempo de recuperação entre os treinamentos do atleta, que também dificulta o bom andamento do trabalho.

Publicado em 16/04/10 e revisado em 08/08/2017

Dor ciática e a Fisioterapia Analítica

$
0
0

https://static.tuasaude.com/media/article/3x/ap/nervo-ciatico_16835_l.jpg

O nervo ciático é formado por duas raízes nervosas que saem da coluna lombar e descem para os membros inferiores, fazendo parte da sua inervação sensitiva e motora. A dor ocorre quando há uma compressão da raiz desse nervo na espinha lombar, o que pode gerar formigamentos e paralisias motoras.

Um dos principais problemas do nervo ciático é a inflamação, que proporciona fortes dores que vão da coxa até a panturrilha e pode se estender até os quadris e pés. Pode ser desenvolvida por vários fatores como má postura, determinados tipos de infecções e tumores, problemas lombares como hérnia de disco.

Um dos procedimentos mais recentes e efetivos para o tratamento de afecções do nervo ciático é a Fisioterapia Analítica, um método de normalização articular totalmente manual que trata e previne doenças, promovendo uma melhor qualidade de vida aos pacientes. Para se ter uma ideia cerca de 15% da população sofre de dores no nervo ciático, principal nervo dos membros inferiores responsável pelas articulações do quadril, joelhos, tornozelos, músculos posteriores das coxas, pernas e pés.

O objetivo do Conceito Sohier é reposicionar as articulações lesadas, devolver para cada articulação o seu ritmo biomecânico fundamental, ou seja, o estado de harmonia articular que irá preservar a integridade biológica de todos os tecidos e recuperar sua função correta.

Na Fisioterapia Analítica, pela rearmonização articular, o fisioterapeuta vai poder modificar e influenciar de maneira favorável os equilíbrios biológicos dos tecidos articulares e peri articulares.

Com ajuda daqui


Principais tipos de Distrofia Muscular

$
0
0


Distrofia muscular se refere ao grupo de doenças genéticas nas quais os músculos que controlam o movimento enfraquecem progressivamente. No geral, apenas os músculos de movimentos voluntários são afetados, mas algumas formas dessa doença também podem atingir o coração e outros órgãos de movimentos involuntários.

Há atualmente mais de 30 tipos de distrofias musculares, no entanto, apesar da variabilidade, os tipos mais comuns são:

  • Distrofia Muscular de Duchenne
  • Distrofia Muscular de Becker
  • Distrofia Muscular do tipo Cinturas
  • Distrofia Muscular Facio-Escápulo-Umeral
  • Distrofia Muscular Miotônica ou de Steinert
  • Distrofia Muscular Congênita

As distrofias musculares são avaliadas por meio da determinação das enzimas musculares, principalmente creatinofosfoquinase (CPK), da eletromiografia (EMG) e da biópsia muscular.

Distrofia muscular miotônica

Conhecida também como doença de Steinert, essa é a forma mais comum de distrofia muscular em adultos, afetando um em cada 8.000 a 10.000 nascimentos de ambos os sexos, de acordo com a Associação Brasileira de Distrofia Muscular (ABDIM). O nome refere-se a um sintoma chamado miotomia, que é um prolongado espasmo ou enrijecimento dos músculos após o uso. Este sintoma é geralmente pior em temperaturas frias. A doença provoca fraqueza muscular e também afeta o sistema nervoso central, coração, trato gastrointestinal, olhos e glândulas produtoras de hormônios.

Distrofia muscular de Duchenne

Essa é a forma mais comum de distrofia muscular em crianças e afeta apenas pessoas nascidas com cromossomo Y. Dados da ABDIM apontam que a Duchene afeta um em cada 3.500 nascimentos. Ela aparece entre as idades de dois e seis anos. Os músculos diminuem de tamanho e crescem mais lentamente com o passar dos anos, ficando enfraquecidos. A progressão da doença é variável, mas muitas pessoas com Duchenne precisam de uma cadeira de rodas até a adolescência. Problemas respiratórios e cardíacos graves marcam os estágios mais avançados da doença.

Distrofia muscular de Becker

Acometendo um em cada 30.000 nascimentos masculinos, a distrofia muscular de Becker é semelhante à distrofia Duchenne, afetando apenas pessoas com cromossomo Y. Mais suave que a distrofia de Duchenne, os sintomas aparecem mais tarde e progridem mais lentamente. É comum a doença se manifestar entre os dois e 16 anos, mas pode ser que ocorra mais tardiamente. A gravidade da doença varia e as complicações mais comuns são cardíacas.

Distrofia muscular do tipo cinturas

Publicidade

A distrofia muscular do tipo cinturas é mais comum a partir da adolescência e na fase adulta, acometendo homens e mulheres. A incidência da doença, segundo a ABDIM, gira em torno de um caso para cada 10.000 a 20.000 nascimentos de ambos os sexos. Na sua forma mais comum, a distrofia muscular do tipo cinturas causa uma fraqueza progressiva que se inicia nos quadris e move-se para os ombros, braços e pernas.

Distrofia muscular facio-escapulo-umeral

Esse tipo de distrofia muscular afeta um em 20.000 nascimentos de ambos os sexos e refere-se aos músculos que movem o rosto, ombro e ossos do braço. Esta forma de distrofia muscular aparece na adolescência e início da idade adulta, afetando homens e mulheres. Ela progride lentamente, causando dificuldade para andar, mastigar, deglutir e falar. Cerca de 50% das pessoas com Distrofia muscular facio-escapulo-umeral consegue continuar caminhando normalmente, e a maioria vive uma vida normal.

Distrofia muscular congênita

Distrofia muscular congênita é aquela que está presente desde o nascimento. Ela causa fraqueza muscular durante os primeiros meses de vida, podendo causar convulsões e anormalidades neurológicas. No entanto, a distrofia muscular congênita tem desenvolvimento lento e não afeta drasticamente a vida dos portadores.

Distrofia muscular óculo faríngea

Óculo faríngea significa olhos e garganta. Portanto, essa distrofia muscular pode causar dificuldade para engolir e fraqueza nos músculos da face. Afetando principalmente homens e mulheres acima dos 40 anos, a distrofia muscular óculo faríngea pode afetar também os músculos pélvicos e do ombro conforme progride. Em casos graves, podem ocorrer pneumonias e até mesmo asfixia.

Distrofia muscular distal

Este grupo de doenças raras afeta homens e mulheres na fase adulta. A distrofia muscular distal provoca fraqueza e atrofia dos músculos conhecidos como ditais, como antebraços, mãos, pernas e pés. Geralmente, a distrofia muscular distal progride lentamente e afeta menos músculos do que outras formas de distrofia muscular.

Distrofia muscular de Emery-Dreifuss

Distrofia muscular de Emery-Dreifuss é uma forma rara de distrofia muscular, que aparece desde a infância até o início da adolescência, afetando apenas os homens. Ela provoca fraqueza muscular nos ombros, braços e pernas. A fraqueza pode se espalhar para o peito e os músculos pélvicos. A doença progride lentamente e provoca fraqueza muscular menos grave do que algumas outras formas de distrofia muscular, com risco de complicações cardíacas.

Dica:

Você pode aprender mais sobre distrofias e doenças neuromusculares. O curso Doenças Neuromusculares oferece ao profissional de fisioterapia conhecimentos sobre miopatias infantis, distrofias musculares, paralisias periódicas, esclerose lateral amiotrófica, neuroplasticidade e muito mais.


Principais matérias cobradas em concursos de Fisioterapia

$
0
0


Lendo um post do blog Estrategia Concursos, descobri quais são as matérias mais cobradas em concursos. A pesquisa foi feita em concursos de fisioterapia que aconteceram no final do ano de 2016 e início de 2017.

Confira abaixo:
  • Fisioterapia em Traumatologia, Ortopedia e Reumatologia;
  • Fisioterapia Respiratória e Cardiovascular;
  • Fisioterapia Neurofuncional;
  • Fisioterapia na Saúde do Trabalhador;
  • Fisioterapia Respiratória e Cardiovascular;
  • Fisioterapia em Terapia Intensiva;
  • Fisioterapia Uroginecológica;
  • Fisioterapia em Pediatria e Neonatologia;
  • Fisioterapia Aquática;
  • Fisioterapia Geriátrica e Gerontológica;
  • Legislação Profissional;
  • Fisioterapia Geral (recursos eletrotermofototerápicos e manuais);
  • Análise e Tratamento do Sistema Locomotor (Cinesiologia e Cinesioterapia);
  • Semiologia Fisioterapêutica (estudadas dentro de cada módulo específico de cada especialidade da Fisioterapia);
  • Dispositivos auxiliares (órteses e próteses) e amputações.
  • Fisioterapia Dermatofuncional (principalmente queimados e linfedemas).

É desta forma que o rol de conhecimentos é exigido nos editais. Todo fisioterapeuta sabe o quanto cada disciplina acima é complexa. Por este motivo, o estudo necessita ser direcionado.

Vou te indicar dois materiais para direcionar seus estudos para concursos na Fisioterapia.

O primeiro deles é Livro Concurso de Fisioterapia - Formato Digital e o outro é a Apostila de Fisioterapia para Concursos.

Clique no link de cada um para saber mais sobre esses produtos.

Bola Suíça e o Estresse

$
0
0


A atividade com a Bola Suíça apresenta uma variedade de movimentos simples para se obter um corpo forte e flexível de uma maneira divertida e confortável, ideal para todas as pessoas que buscam saúde e bem-estar.

Cada vez mais popular no mundo do Fitness, o uso da bola suíça é extremamente versátil e muito eficaz. Exercitar-se com a bola permite que você se concentre em cada grupo muscular, fortalecendo e modelando áreas específicas.

A prática de atividades na bola exige do aluno concentração e relaxamento, mas é indicada para pessoas de diferentes níveis de condicionamento, que se recuperam de lesões ou estão em plena forma. Foi desenvolvida nos anos 70 na suiça com o intuito de ser um método para reabilitação de problemas posturais, principalmente da coluna, e problemas neurológicos.

O ebook "Controle do Estresse e Exercícios Cardiovasculares com Auxílio da Bola no Pilates" é um método ilustrado com as técnicas do Pilates que evitam o estresse, suas consequências e que te possibilitará aperfeiçoar suas técnicas no Pilates.  Seja você um profissional que busca aperfeiçoamento, ou um iniciante na modalidade, pois o material é didático e abrange os dois universos.

Os benefícios do uso da Bola Suíça são:

- Amplitude de movimento (assistência passiva/ativa);
- Fortalecimento de tronco, membros inferiores e superiores;
- Alongamento global;
- Treino cardiopulmonar (melhorando oxigenação e portanto nutrição celular);
- Mobilização articular;
- Manutenção de tônus muscular;
- Propriocepção postural;
- Relaxamento.

O aprendizado da técnica garante benefícios a saúde mental e física, controlando o estresse e suas doenças recorrentes, que foi desenvolvido para que você aprenda como ter maior controle sobre seu corpo e emoções, desenvolvendo novas técnicas de respiração e novos movimentos.

A terapia com a bola, além de trazer resultados físicos, também trabalha com o emocional, pois é um trabalho de grande motivação para o paciente, fazendo-o sentir-se bem e capaz de vencer desafios.


Exercícios de fortalecimento podem evitar dores nas costas

$
0
0




Ter dores na coluna é um problema comum. Segundo estimativas da OMS (Organização Mundial de Saúde), 85% da população sofre ou ainda vai sofrer desse mal. As dores podem aparecer em três partes diferentes da coluna: lombar (localizada acima do quadril), dorsal (na parte central das costas) e cervical (entre a cabeça e o tronco).

Porém, é possível diminuir as chances de ter crises com exercícios para fortalecer a musculatura estabilizadora da coluna. Eles são importantes não só para quem nunca teve problemas de coluna, mas também para quem já sofreu com as dores e não quer passar por isso novamente.
Em geral toda atividade física recruta a musculatura estabilizadora - que são os músculos que mantém a coluna na posição correta, mas uma atitude pró-ativa de trabalhar especificamente esses músculos que protegem a coluna é ótimo.

Outro fator de risco que causa as dores na coluna e deve ser evitado é o aumento de peso. O excesso de peso é o maior inimigo da coluna, pois a cada 10 quilos acima do peso adequado, o risco de prejudicar a coluna aumenta em 25%.

O sedentarismo também é um dos responsáveis pelas dores nas costas. A vida sentada é o grande mal da vida moderna, por isso o mais importante é não permanecer mais que 40 minutos sentado na frente do computador. A coluna agradece a prática de exercícios, pois eles ajudam no fortalecimento muscular, aumento da flexibilidade e melhora da irrigação sanguínea das fibras musculares da região dorsal.

O cigarro também é inimigo, pois ele contém substâncias que prejudicam a circulação sanguínea. A menor irrigação dos vasos nos discos vertebrais que protegem a coluna faz com que eles percam a maleabilidade. Como a função dos vasos é absorver os impactos que a coluna sofre no dia-a-dia, o fumante fica sem o 'amortecedor' natural.
Má postura

Por fim, a postura incorreta é uma das maiores responsáveis pelas dores nas costas. A pessoa precisa saber como levantar da cadeira e da cama, como se sentar corretamente, como se vestir e até escovar os dentes e cortar os alimentos. Tudo isso faz parte da consciência corporal. Para sentar na mesa do trabalho, por exemplo, os pés devem estar apoiados no chão, os joelhos fazendo um ângulo de 90º graus e os glúteos bem encostados atrás na cadeira  - sem escorregar pra frente. A cadeira também deve ter um bom apoio lombar para manter a curvatura e preferencialmente um apoio para os braços.
Também é importante dividir o peso que será carregado em bolsas e mochilas. Na hora de carregar bolsas, malas e pacotes, dividir os pesos igualmente nos dois lados do corpo é bom, pois levar tudo em um lado só pode trazer complicações e dores na coluna.

Outras ações, como levantar os objetos corretamente, também contribuem para evitar lesões. Para levantar qualquer objeto do chão, é preciso dobrar os joelhos e ficar de cócoras, pois assim o peso é absorvido pelos músculos das pernas e não pela coluna vertebral. A pessoa jamais pode curvar apenas as costas para alcançar e levantar qualquer objeto, mesmo os mais leves.

Até entrar e sair do carro corretamente pode evitar dores com a torção da coluna. Tanto para entrar como para sair do automóvel, a pessoa deve ficar sentada e girar as pernas e o tronco ao mesmo tempo. Para evitar essas torções, as pessoas também devem se vestir sentadas. Calçar meias e sapatos e mesmo vestir uma calça em pé, dobrando-se para frente, pode causar dores nas costas e na região lombar.



Organizando o guarda-roupa: esta é uma tarefa que pode demorar um bocado. E também pode sobrecarregar as costas e os ombros, principalmente se você ficar abaixando e levantando para guardar as roupas. Use escadas ou banquinhos para guardar ou retirar objetos acima no nível da cabeça, e dobre os joelhos para recolher objetos de lugares baixos.
Diagnóstico e tratamento

Normalmente quem sofre com dores nas costas usa frequentemente analgésicos, anti-inflamatórios e relaxantes musculares, mas nem sempre esses medicamentos bastam para conter a dor. O indicado é sempre procurar um médico especializado em coluna vertebral para realizar o diagnóstico para afastar outros diagnósticos como doenças neoplásicas, metástases, doenças vasculares (aneurismas), doenças urológicas (litíase renal) e doenças reumáticas entre outras.

O tratamento consiste em identificar o fator da causa e sua correção. Algumas medidas que são indicadas pelos médicos são a eliminação dos pontos de gatilho, massagem, crioterapia, eletroterapia, acupuntura, fisioterapia, medicamentos e até procedimentos minimamente invasivos, como bloqueios anestésicos e infiltrações na coluna.

A indicação é individualizada, portanto na maioria dos casos de pacientes diagnosticados com sinais e sintomas de dor a medida mais eficaz é estabelecer uma programação terapêutica com equipe multidisciplinar (neurocirurgião, fisiatra, acupunturista, psiquiatra, fisioterapeuta, psicólogo e nutricionista) para todos trabalharem com um só objetivo: controlar a dor e sintomas associados e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Os procedimentos cirúrgicos só são realizados em casos de exceção ou quando o paciente tem sofrimento neurológico importante, como perda de força. Mas menos de 5% das hérnias de disco têm necessidade de cirurgia.

Publicada em 24 e julho de 2014 e revisada em 04/09/2017

Saiba tudo sobre Nervo Periférico

$
0
0
http://4.bp.blogspot.com/_gRlHC1QvTv8/TFmFbHPIh4I/AAAAAAAABqw/Vm8D84B5P-U/s1600/112431_Papel-de-Parede-Correndo-nos-nervos_1680x1050.jpg

Um nervo periférico é um conjunto de fibras nervosas envolvidas por tecido conjuntivo. Cada fibra nervosa é revestida por uma camada de mielina, conhecida como bainha de mielina, produzida pelas células de Schwann. Centenas a milhares de fibras nervosas formam um nervo periférico1.
O tecido conjuntivo que reveste o nervo é conhecido como epineuro. Dentro do epineuro, as fibras nervosas estão agrupadas em feixes que são revestidos pelo perineuro. Finalmente, cada fibra nervosa é revestida pelo endoneuro1.
Dentro de cada nervo podem existir apenas fibras motoras, apenas fibras sensoriais ou ambas. O corpo celular dos neurônios motores localiza-se no corno anterior da medula e o corpo celular dos neurônios sensoriais localiza-se no gânglio da raiz dorsal. Dependendo do nervo lesado, sintomas motores, sensoriais ou mistos podem ocorrer1.
A estrutura do nervo se deve basicamente por:
a) Bainha: tecido fibroso que envolve todo o nervo e contém sua camada vasa nervorum.
b) Epineuro: tecido conjuntivo que envolve o nervo como um todo interiormente à bainha.
c) Perineuro: camada mesotelial fina e densa que envolve cada feixe de funículos nervosos.
d) Endoneuro: tecido conjuntivo que emoldura o interior do funículo nervoso; ele separa cada fibra nervosa.
e) Célula de Schwan com membrana basal.
f) Axônio: prolongamento fino, mais longo que os dendritos, cuja função é transmitir para outras células impulsos nervosos provenientes do corpo celular.

Fonte: Guyton, Arthur C.,Tratado de Fisiologia Médica

Classificação
Segundo Herbert Seddon (1943), as lesões nervosas são classificadas em três grupos, que indicam seu nível de gravidade: neuropraxia, axoniotmese e neurotmese1.

a) Neuropraxia é uma lesão onde ocorre alteração da bainha de mielina, sem perda da continuidade do nervo, não ocorrendo à degeneração deste, onde seu mecanismo de lesão pode ocorrer por contusão ou compressão.
b) Axoniotmese é mais grave que a neuropraxia, onde este já apresenta interrupções tanto na bainha de mielina quanto no axônio. Basicamente, ocorre a interrupção dos axônios, permanecendo intacto o tecido conectivo que o rodeia e, portanto, sem perda da continuidade no nervo. Clinicamente, existe uma perda completa da função nervosa, tanto motora como sensitiva.
c) Neurotmese caracteriza-se pela perda da continuidade anatômica do nervo produzida geralmente por secção ou arrancamento do nervo, sendo a mais frequente e a mais grave das lesões nervosas.


Fisiopatologia da lesão
A Neuropraxia resulta da compressão desde o axoplasma (citoplasma do axônio) ao axoruo distal, promovendo uma anóxia local dos axônios por compressão dos vasos sanguíneos. Ocorre um fenômeno de adelgaçamento da fibra nervosa com desmielinização focal (diminuição axoplasmática intensa e localizada). A condução nervosa se mantém preservada acima e abaixo do local de lesão, não ocorrendo Degeneração Walleriana (decomposição química da bainha de mielina em material lipídico e fragmentação das neurofibrilas).
Uma vez removido o processo compressivo, ocorre remielinização, reaparecendo a condução em dias ou semanas, com função nervosa condutiva normal.
Na neuropraxia as lesões traumáticas do nervo são mais leves. A alteração patológica presente é a desmielinização das fibras nervosas. Este fenômeno leva à perda da condutividade, mas sem qualquer degeneração de axônios. Clinicamente, pode haver paralisia matara completa na região do nervo atingida com perda de sensibilidade ou não.
Alterações histológicas após as lesões dos nervos periféricos
Os nervos periféricos podem se recuperar de três diferentes maneiras, dependendo do mecanismo da injúria:
Na desmielinização segmentar, a camada de mielina lesada se recompõe num processo chamado de remielinização. Esta é a forma mais rápida de recuperação, ocorrendo entre 2 e 12 semanas após a lesão1,5,11.
Nas lesões nervosas onde a continuidade dos axônios é interrompida, parcial ou totalmente, ocorre degeneração axonal distal à lesão, pois a comunicação com o corpo celular é interrompida. Isto inicia nos primeiros minutos após a lesão. Após as primeiras 24 horas, esta degeneração já é evidente e a destruição das bainhas de mielina se inicia. Após o terceiro dia inicia-se a quebra da bainha de mielina que se torna mais evidente a partir do quinto dia. Histologicamente, esse fenômeno é conhecido como câmaras de digestão de mielina1,5,11.
Após lesão axonal ter ocorrido, inicia-se o processo de regeneração do nervo. Esta regeneração se dará pelo menos após 3 semanas da lesão1,11.
Nas lesões axonais parciais ocorre um processo conhecido como brotamento axonal, onde axônios vizinhos intactos passam a inervar a área desnervada pela injúria. Este fenômeno demora de dois a seis meses para ocorrer1,5,11.
Após uma lesão completa de um nervo periférico, a regeneração das fibras proximais somente ocorre se houver preservação do corpo celular, presente no corno anterior da medula para os axônios motores e no gânglio da raiz dorsal para os axônios sensoriais. Esse processo ocorre numa velocidade de aproximadamente 1 mm por dia e pode levar até 18 meses para se completar1.
A regeneração da lesão da porção superior do plexo pode completar-se no prazo de 4 a 5 meses e entre 7 e 9 meses nas lesões da porção inferior do plexo1.
Etiologia
Existem várias causas que podem provocar lesões traumáticas nos nervos periféricos1,6:
- Incisão traumática (corte): A lesão do nervo pode ser parcial ou total e é provocada por instrumento
cortante.
- Compressão: Quando se associa a isquemia, tem sido uma das etiologias frequentes.
- Tração: Frequentes nas lesões do plexo braquial, Costuma ter o pior prognóstico.
- Lesão Química: Alguns ácidos.
- Lesão Térmica: Frio ou calor.

Sinais e sintomas de nervo lesad
A lesão nervosa aguda é caracterizada pela perda de sua função normal.
Isso depende do tipo de nervo lesado, motor ou sensorial, e do local da lesão.
O comprometimento da função muscular pode ser em forma de fraqueza ou paralisia. A deficiência sensorial pode apresentar-se como perda de sensações, sensações anormais (parestesia) ou dor. Alguns dos sintomas podem se desenvolver muito mais tarde após a lesão, enquanto outros sintomas podem se recuperar completamente em algumas horas1.
Diagnóstico
Do ponto de vista clínico, a história clínica é a que sugere o tipo de lesão produzida sobre um determinado nervo (tração, compressão / isquemia, etc.), embora seja necessário um cuidadoso e detalhado exame neurológico, o qual pode ajudar a localizar a lesão1,6.
Idealmente, quando não há implicações médico-legais no caso, opta-se pela realização do primeiro estudo eletrofisiológico após 3 a 4 semanas da lesão e repetição do estudo após 1 mês do estudo inicial1,6.
As explorações eletrofisiológicas podem indicar o nível e tipo de lesão nervosa, distinguir entre lesões nervosas e musculares e, sobretudo, seguir o processo de reinervação. Dentro das explorações eletrofisiológicas, a Eletromiografia procura estudar as variações da atividade elétrica das unidades motoras em repouso, durante a contração voluntária e em resposta a estimulação elétrica do nervo motor1.
A Eletromiografia (EMG) realiza-se colocando um elétrodo / agulha na massa muscular que se examina. O músculo normal, em estado de repouso, não produz atividade elétrica espontânea, a menos que o relaxamento seja insuficiente, porque as unidades motoras estão inativas. Como resposta a uma contração mínima, produzem-se potenciais de ação débil, bifásicos ou trifásicos1,6.
Estudos eletrofisiológicos seriados são importantes no seguimento dos pacientes com lesões parciais e naqueles com lesões totais reparados cirurgicamente. A EMG de agulha é muito mais útil que a condução nervosa nestas circunstâncias. Diminuição da quantidade de potenciais de desnervação ativa e surgimento dos potenciais de unidade motora polifásicos e de pequena amplitude (potenciais nascentes) indicam sinais de regeneração nervosa1,6.

Exercícios excêntricos para Tendinopatia Patelar

$
0
0





A tendinopatia patelar (TP) é uma lesão por sobrecarga comum em atletas de elite, sendo muito mais frequente e recorrente em esportes que envolvem saltos. A prevalência da TP unilateral e bilateral difere entre os gêneros; a tendinopatia bilateral é duas vezes mais comum em homens que em mulheres, porém a tendinopatia unilateral apresenta prevalência equivalente.

Existe o domínio de duas hipóteses sobre a lesão do tendão: uma teoria mecânica e uma vascular, mas as duas não são mutuamente exclusivas. Na teoria mecânica, grande parte das lesões no tendão está ligada ao microtraumatismo de repetição, frequentemente descrito como doença por overuse. Muitas lesões tendíneas estão também associadas com a reduzida perfusão vascular nos tendões. Várias teorias sobre a diminuição da circulação são descritas, porém em aparente contradição desta teoria, lesões crônicas no tendão muitas vezes apresentam um aumento na vascularização.

A origem da dor na Tendinopatia Patelar é obscura. Estudos de microdiálises observaram a ausência de células inflamatórias descartando a hipótese de que existe um processo inflamatório dando origem à dor. As mudanças observadas na região próxima do tendão foram sugeridas como uma hipótese adaptativa biomecânica às forças de compressão e os tecidos periféricos seriam os responsáveis pela dor, pois não estão adaptados e estimulariam nociceptores. Existe também um modelo bioquímico que atribui como origem da dor as alterações de substâncias químicas.

A realização de exercício excêntrico (EC) é aceita como parte importante do tratamento conservador, sendo o exercício de agachamento feito em plano inclinado um dos exercícios mais recomendados para a Tendinopatia Patelar.

Os mecanismos exatos pelos quais os exercícios excêntricos contribuem para a melhora da dor e da função nas tendinopatias crônicas permanecem parcialmente compreendidos.

A teoria da Mecanotransdução aponta para uma relação entre o exercício excêntrico e a ativação de genes dos tenócitos, transformando movimento em sinal bioquímico e culminado com reparo tendíneo, através da produção de colágeno.

Estudos revelam aumento da atividade metabólica e aumento da formação de colágeno tipo I em reposta ao exercício agudo. Os exercícios excêntricos possivelmente modificam a história natural da doença degenerativa do tendão. Alguns programas de treinamento excêntrico foram descritos no tratamento das tendinopatias patelar e do calcâneo.

Alguns princípios são incorporados ao tratamento das tendinopatias, como: melhora da função musculotendínea pela incorporação de exercícios excêntricos e pliométricos, aumento da capacidade de absorção de choque do membro inferior através do fortalecimento da cadeia cinética fechada, treinamento dos padrões motores, manutenção da atividade física e alongamento dos isquiotibiais e da musculatura da perna.

Os exercícios excêntricos para tratamento das tendinopatias patelares devem ser realizados seguindo algumas orientações:

Exercícios diários
Período mínimo de 12 semanas
3 séries de 10 a 15 repetições
Utilização de pranchas inclinadas
A dor durante o exercício deve ser tolerável, porém o aumento da dor no dia seguinte não deve ser permitido
Aumento progressivo no número de repetições, séries, carga e velocidade dos exercícios com a melhora dos sintomas.

Contra-indicações da Crioterapia na Fisioterapia

$
0
0


A crioterapia pode ser definida como a terapia pelo frio ou terapia fria. A crioterapia abrange uma grande quantidade de técnicas específicas que utilizam o frio nas formas, líquido (água), sólido (gelo) e gasosa (gases) com o objetivo terapêutico de retirar calor do corpo. A retirada de calor do corpo tem por objetivo induzir os tecidos a um estudo de hipotermia, para favorecer urna redução da taxa metabólica local

A crioterapia pode ser aplicada de acordo com os seguintes métodos: bolsas de gelo; compressas de gelo; compressas de cubos de gelo artificial; compressas frias químicas; imersão em gelo; massagem com gelo; aparelhos de frio; sprays refrigerantes; bandagens com sprays refrigerantes.

Quando um indivíduo está exposto a condições ambientais de baixa temperatura, a perda de calor por radiação pela superfície corporal, exagera-se de acordo com o gradiente térmico gerado entre a temperatura da pele e a temperatura do ambiente; quanto maior for este gradiente térmico, maior também será a magnitude da termólise por radiação. Por outro lado, se além da baixa temperatura houver uma corrente de ar (vento, por exemplo), a perda de calor por convecção se acrescenta à radiação; deste modo, a termólise se acentua. A perda de calor através da superfície cutânea determina esfriamento da pele, fator suficiente para estimular os receptores do frio, ou de Krause, localizados nas camadas subdérmicas e sensíveis às diminuições de temperatura local. De acordo com a intensidade do estímulo frio há uma relação direta e proporcional com a freqüência de impulsos gerados e transmitidos pelas vias aferentes sensitivas, de modo que o sistema nervoso central recebe um número maior de impulsos quanto maior for a intensidade do estímulo aplicado na pele. Os impulsos aferentes chegam até os núcleos ventro-póstero-laterais do tálamo (tálamo ventrolateral), ao nível de cujas sinapses gera-se a sensação de frio, que pode ser epicrítica, quando, através das vias tálamo-corticais, cheguem impulsos ao córtex somestésico correspondente, fenômeno através do qual a sensação térmica torna-se precisa, definida e discriminativa

Em algumas doenças são contra-indicados o uso da crioterapia. Iremos citar as principais, mas é bom ressaltar que todas as doenças a serem tratada com a crioterapia, antes devem ser bem estudadas pelo terapeuta.

Crioglobulinemia é uma doença caracterizada pela presença de uma proteína sangüínea anormal, que forma um gel quando exposta a baixas temperaturas. Essa formação de gel pode levar a isquemia ou gangrena. Crioglobulinemia está associada com certos tipos de infecções bacterianas e virais, doença crônica do fígado, lupos eritematoso sistêmico e outras doenças reumáticas. 20

Fenômeno de Raynaud é uma doença vasoespástica, que pode ser ideopática ou associada com outras doenças. É um episódio de constrição de pequenas artérias e arteríolas nas extremidades, que resulta em palidez e/ou cianose da pele, seguida por hiperemia e vermelhidão. A vasoconstrição pode ser grande o bastante para levar a uma oclusão completa dos vasos. 20,13, 14, 08, 33

Hemoglobinúria proximal fria pode ocorrer depois de exposição local ou generalizada ao frio. Hemoglobina que normalmente é encontrada entre as células vermelhas do sangue, é liberada das células vermelhas do sangue e aparece na urina. 20

Gota é um distúrbio metabólico que sofre importante influência genética, manifestada por níveis elevados de ácido úrico sérico, crises recorrentes de artrite aguda, formação crônica de agregados de cristais de MUS nas articulações, nas bainhas sinoviais, bursas, tecidos subcutâneos.

A concentração de ácido úrico no líquido sinovial é semelhante aquela do plasma, e nos pacientes hiperuricêmicos observa-se a super saturação de urato em ambos os ambientes. Assim, é maior a probabilidade de formação de cristais de monourato de sódio, agentes inflamatórios primários. Outros fatores contribuem para a formação desses cristais: a presença intra-articular de gama globulina, de colágeno tipo I, diminuição de pH e da temperatura intra-articular, traumatismo articulares e rápidas flutuações nos níveis séricos de urato.

A baixa temperatura facilita a formações desses cristais monourato de sódio e conseqüentemente piorando o caso clínico dos pacientes portadores dessa doença.

Doenças Cardíacas Congênitas

$
0
0


A doença cardíaca congênita (cardiopatia congênita) é uma alteração na estrutura do seu coração presente antes mesmo do nascimento. É um termo genérico utilizado para descrever alterações do coração e dos grandes vasos, presentes ao nascimento. Essas alterações ocorrem enquanto o feto está se desenvolvendo no útero e pode afetar cerca de 1 em cada 100 crianças, segundo dados da American Heart Association. É a alteração congênita mais comum e uma das principais causas de óbito relacionados a malformações congênitas.

Não sendo possível descrever todas, referiremos apenas algumas cardiopatias mais frequentes:

I. Shunts esquerdo-direitos: permitem a passagem de sangue do lado esquerdo para o lado direito da circulação.

a) Comunicação interventricular (CIV): é um orifício no septo interventricular, que permite a passagem de sangue do VE para o VD e para os pulmões. A maior parte das CIV são pequenas, não dão sintomas e encerram espontaneamente, não sendo necessário qualquer tratamento. As CIV grandes necessitam de tratamento pois permitem a passagem de grande quantidade de sangue para os pulmões provocando insuficiência cardíaca que se manifesta por cansaço com os esforços,lenta progressão ponderal e infecções respiratórias de repetição.

b) Comunicação interauricular (CIA): é um orifício septo interauricular. A maior parte das CIA são pequenas e não dão queixas mas quando são grandes provocam dilatação do VD e da AP e infecções respiratórias de repetição e esses casos devem ser tratados para evitar alterações graves na circulação pulmonar, insuficiência cardíaca e arritmias na idade adulta.Na vida fetal, existe o FO que encerra espontâneamente após o nascimento. No entanto, em cerca de 20 % da população mantêm-se permeável toda a vida, não necessitando de qualquer tratamento.

c) Persistência do canal arterial:são casos em que oCAnão encerra espontaneameante. Os doentes com CA de grande débito necessitam de tratamento por apresentarem sinais de insuficiência cardíaca. Os doentes com CA pequeno, apesar de não darem sintomas,também devem ser tratados pelo risco de infecção.

d) Defeitos do septo aurículo-ventricular (DSAV):existem duas formas principais de DSAV, A forma incompleta caracteriza-se por CIA+anomalia da válvula mitral e não dá sintomas. Na forma completa existe uma comunicação entre as quatro cavidades do coração com malformação das válvulas aurículo-ventriculares e os doentes têm sintomas de insuficiência cardíaca. É frequente nas crianças com Trisomia 21.Todos os casos necessitam de tratamento cirúrgico.

II. Shunts direito-esquerdos: são cardiopatias que permitem a passagem de sangue venoso do lado direito para o lado esquerdo da circulação provocando cianose e  necessidade de tratamento.Referiremos apenas duas situações:

a) Tetralogia de Fallot: nesta cardiopatia existe uma CIV associada a um aperto na saída do VD para a AP o que obriga a uma parte do sangue venoso a passar do VD para a Ao provocando cianose. Nos casos mais graves, as crianças pequenas (lactentes) podem ter crises de hipóxia e as mais crescidas podem descansar na posição de cócoras.

b) Transposição completa das grandes artérias: nesta cardiopatia, a origem da Ao e da AP estão trocadas: a Ao sai do VD (onde circula sangue venoso) e a AP sai do VE (onde circula sangue arterial). Para que a criança possa sobreviver é obrigatório que exista uma malformação associada que permita que algum sangue arterial possa passar  para a Ao. No feto, o Foramen Oval e o CA prmitem essa mistura. Após o nascimento, estes defeitos encerram espontaneamente e a criança fica muito cianosada, pelo que é obrigatório tratamento URGENTE por cateterismo e cirurgia nos primeiros dias de vida. Nos casos em que exista uma CIV associada, os sintomas aparecem algumas semanas após o nascimento,havendo além da cianose, insuficiência cardíaca.

Conheça o curso "FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA EM PEDIATRIA"

O curso tem como objetivo proporcionar conhecimentos e atualização quanto ao tratamento fisioterapêutico em diversas patologias em pediatria, a atuação do fisioterapeuta e os recursos utilizados na área cardiopulmonar pediátrica, de forma a qualificar o profissional para reabilitação de crianças com distúrbios cardiorrespiratórios. Clique aqui e saiba mais!

Não use anti-inflamatório para Dores Musculares

$
0
0

iStock

Não é saudável sentir dor após os treinos embora todo mundo já tenha passado por aquele dia de troca de treino em que as pernas ficam doendo como nunca ou aquele momento em que você aumenta as cargas, mas fica sem conseguir levantar o braço até para escovar os dentes. Pode parecer uma boa ideia tomar um anti-inflamatório para acabar com a dor, mas resista a tentação.

Primeiro, é preciso compreender o sistema de "cicatrização" do organismo depois dos exercícios. Quando você treina, pode forçar a musculatura ao máximo, causando micro lesões das fibras musculares. Como a atividade física melhora a circulação sanguínea na região trabalhada, os músculos recebem os nutrientes necessários e estes pequenos machucados se reparam, formando novas fibras e aumentando o músculo.

Mas se você tomar anti-inflamatórios após os exercícios, você interrompe o processo e pode acabar se machucando. Entenda:

Se o objetivo é ficar mais forte, acabar com a dor com remédios torna os treinos menos efetivos, segundo um estudo publicado no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences.

Na pesquisa divulgada recentemente, os cientistas analisaram músculos de ratos depois de deixarem eles correrem nas rodinhas. Sem medicamentos, os animais geravam um composto conhecido como prostaglandina, que estimula as células musculares a se regenerarem, e dilata os vasos sanguíneos, aumentando o fluxo de sangue e nutrientes para a musculatura.

Por outro lado, os ratos que tomavam anti-inflamatórios bloquearam a produção de prostaglandina e não conseguiam se curar com tanta eficiência.

Estudos anteriores, como um publicado na revista Journal of Physiology and Pharmacology, mostraram ainda que o anti-inflamatório ibuprofeno cancela parte do crescimento do músculo esquelético, aquele que normalmente apareceria depois da atividade física.

O processo é uma cascata de acontecimentos: quando treinamos, lesionamos o músculo. Essa lesão inflamatória é mediada pela tal da prostaglandina. Por sua vez, a prostaglandina chama o fibroblasto, que é o responsável por constituir a base do tecido e originar as fibras. Se o remédio bloqueia a produção de prostaglandina, o corpo não manda o fibroblasto e não há reparação do músculo.

O rim tem como função metabolizar o anti-inflamatório, então sempre que você tomar um desses remédios já estará dando trabalho extra para o órgão. Acontece que quando você está fazendo exercícios, o rim já está sobrecarregado, pois ele também é responsável por metabolizar a destruição muscular.

Para piorar a situação, atividades intensas levam a desidratação e água é fundamental para o funcionamento normal do rim. E aí vira um combo! A soma do trabalho de metabolizar os remédios, com exercícios e a desidratação, resulta em um rim afetado.

A prova de que o problema renal precisa ser levado a sério é que em provas longas, como IronMan no triathlon ou Tour the France no ciclismo, é comum que participantes sofram falência renal.

Uma pesquisa publicada no Emergency Medical Journal, acompanhou 89 ultra maratonistas em uma prova de 80km. No fim da prova, 44% dos participantes indicavam ter uma lesão renal aguda. Os corredores que tomaram ibuprofeno eram 18% mais propensos a desenvolver as lesões no rim, se comparados com quem não ingeriu nada. Além disso, os machucados tendiam a ser mais severos.

Dor é alerta que não deve ser ignorado

Quando você sente uma dor, tem que prestar atenção, pois é seu corpo indicando que há algo errado. Ele dói, inclusive após os exercícios, para mostrar que está machucado e precisa de um tempo de recuperação.

Agora, se você toma um anti-inflamatório, deixa de sentir a dor. A dor some, mas a lesão continua lá. Você segue forçando o local machucado e pode acabar com lesões mais graves.

A solução? Aguentar firme e sentir a dor. Você pode fazer compressas com gelo para aliviar e lembrar que, se não for grave, de 24 a 48 horas tudo deve voltar ao normal. Enquanto há dor, não force na academia. Um treino leve, ativa a circulação e ajuda na recuperação, mas não é para forçar a área dolorida.

O curso de Fisiologia na Prática possui a finalidade e intuito principal de propiciar ferramentas e oportunidades para o entendimento e, acima de tudo, aplicação de conteúdos, no que tange a Fisiologia do Exercício, preponderantes para o dia-dia do profissional ou estudante de Educação Física, Nutrição ou Fisioterapia. Clique aqui e saiba mais

As 3 leis das Cadeias Musculares

$
0
0


As Cadeias Musculares baseiam-se em três princípios: equilíbrio, economia e conforto. Quando falamos em cadeias musculares estamos falando de um método terapêutico de correção postural que considera o sistema muscular de forma integrada, organizando os músculos em cadeias musculares.

Se acontecer um encurtamento ou tensão em algum músculo isso pode acarretar um desequilíbrio na postura do indivíduo. Nenhum músculo se move sozinho. Sempre que um deles se contrai gera movimento e acomodação em outros músculos formando um conjunto.

Três Leis regem as cadeias musculares:

- 1ª Lei: "toda tentativa de correção local irá gerar uma compensação a distância";
- 2ª Lei: "toda tentativa de tensionamento de uma cadeia muscular resulta em uma tendência em rotação interna dos membros;
- 3ª Lei: "toda tentativa de tensionamento de uma cadeia muscular leva a uma tendência de bloqueio respiratório em apnéia respiratória".

As cadeias musculares representam circuitos anatómicos através dos quais se propagam forças organizadas do corpo. A técnica permite compreender melhor a lógica das disfunções e a origem das dores e deformidades. Visa libertar bloqueios articulares, aderências, contracturas musculares e encurtamentos neurais. Procura também reequilibrar as tensões internas através de manobras viscerais.

Todos os nossos músculos são indiretamente ligados uns aos outros por forma de cadeias musculares, que são a passagem das linhas de força que percorrem o nosso corpo, fazendo-o reagir de uma extremidade à outra. Toda atividade dentro de uma parte do corpo terá repercussões no corpo todo. É por isso que temos que ter uma atenção especial nas extremidades, que são a expressão das compensações corporais. Desse modo, a modificação da posição delas permitirá buscar uma maior tensão e assegurar as múltiplas variantes aos exercícios.




Seja um profissional completo, com domínio absoluto e pleno de cada caso e com a absoluta certeza que fez as melhores escolhas para o seu cliente.

[3 Cursos] Cadeias Musculares + Avaliação Postural + Bônus Curso Tratamento. Clique aqui e saiba mais

12 cursos online de especialidades da Fisioterapia

$
0
0


O fisioterapeuta inicia um atendimento realizando um diagnóstico fisioterapêutico do paciente. Ele analisa e interpreta exames e laudos médicos para ter uma visão ampla do estado de saúde do paciente e identificar alguma possível lesão. Observa também os movimentos do paciente, se tem dificuldade motora ou sente dor.

A partir do diagnóstico, o fisioterapeuta prescreve o tratamento a ser realizado. O tipo varia de acordo com a condição do paciente e a lesão a ser tratada, podendo ser:

  • Aplicação de massagens
  • Exercícios físicos
  • Tratamento a base de frio e calor
  • Exercícios na água

A primeira parte do tratamento é realizada na presença do fisioterapeuta, que acompanha cada movimento e orienta o paciente no exercício, identificando o progresso no restabelecimento dos movimentos. Esse restabelecimento passa por várias áreas. Sabendo disso, separamos 12 cursos online sobre assunto/especialidades que o fisioterapeuta pode atuar:

Curso Online de Fisioterapia Aplicada a Neurologia

Descrição do curso: O curso Fisioterapia Aplicada à Neurologia por meio da Educação a Distância, oferece ao profissional de fisioterapia conhecimentos sobre neuroanatomia, sistema...

Curso Online de Fisioterapia Desportiva

Descrição do curso: O curso Fisioterapia Desportiva oferece ao profissional de fisioterapia conhecimentos sobre fisiopatologia, lesões, reabilitação, desportiva e muito mais. ...

Curso Online de Fisioterapia Neonatal

Descrição do curso:  O curso Fisioterapia Neonatal, por meio da Educação a Distância, oferece ao profissional de fisioterapia conhecimentos sobre neonato, recém-nascido, ventilação...

Curso Online de Fisioterapia Dermatofuncional

Descrição do curso: O curso Fisioterapia Dermatofuncional oferece ao profissional de fisioterapia conhecimentos sobre celulite, flacidez, gordura localizada, obesidade, estrias...

Curso Online de Fisioterapia Oncológica em Adultos

Descrição do curso: O curso Fisioterapia Oncológica em Adultos, por meio da Educação a Distância oferece ao profissional de fisioterapia conhecimentos sobre atenção básica, SUS,...

Curso Online de Fisioterapia no Câncer de Mama

Descrição do curso: O curso Fisioterapia no Câncer de Mama, por meio da Educação a Distância, oferece ao profissional de fisioterapia conhecimentos sobre sistema linfático mamário,...

Curso Online de Fisioterapia Aplicada à Cardiologia

Descrição do curso: No curso Fisioterapia Aplicada à Cardiologia será abordado o estudo da anatomia e fisiologia cardíaca, as principais cardiopatias e doenças coronarianas, além...

Curso Online de Fisioterapia nas Disfunções Temporomandibulares (ATM)

Descrição do curso: O curso Fisioterapia nas Disfunções Temporomandibulares, por meio da Educação a Distância, oferece ao profissional de fisioterapia conhecimentos sobre disfunções...

Curso Online de Fisioterapia Hospitalar

Descrição do curso: O curso Fisioterapia Hospitalar oferece ao profissional de fisioterapia conhecimentos sobre radiografia, higiene brônquica, paciente crítico, UTI e muito mais....

Curso Online de Fisioterapia na Saúde Escolar

Descrição do curso: O curso Fisioterapia na Saúde Escolar oferece ao profissional de fisioterapia o conhecimento sobre desenvolvimento motor, controle motor, psicomotricidade,...

Curso Online de Fisioterapia em Uroginecologia

Descrição do curso: O curso Fisioterapia em Uroginecologia oferece ao profissional de fisioterapia conhecimentos sobre assoalho pélvico, fisiologia, incontinência urinária, cones...

Curso Online de Fisioterapia Aplicada à Geriatria e Gerontologia

Descrição do curso: O curso aborda as alterações anatômicas e fisiológicas decorrentes do envelhecimento. Fornecendo aos alunos os conceitos para o conhecimento das principais...

Até a próxima!

Quais são as áreas mais estudadas da Fisioterapia?

$
0
0


Toda profissão tem áreas de atuação preferidas de profissionais e estudantes. Com a Fisioterapia não é diferente. Ela tem como função de diagnosticar e tratar problemas causados por alterações genéticas, doenças adquiridas, acidentes ou vícios de postura. Aplica terapias que têm a finalidade de restaurar, desenvolver e manter a capacidade física e funcional do paciente. Mas você ja pensou quais são as áreas que o fisioterapeuta mais atua?

Eu não fiz nenhuma pesquisa mas se te perguntar quais são as três áreas preferidas do Fisioterapeuta, dificilmente essas três não estarão na relação: Fisioterapia na Traumato-Ortopedia, Fisioterapia na Neurologia e Fisioterapia na Pneumologia.

Portanto, estudar e ter material sobre essa área é importantíssimo na vida acadêmica e profissional da Fisioterapia.  O Kit  "Fisioterapia Basicão" com 3 cds  tem esse objetivo. Além de te dar material para estudo, vai te atualizar com artigos e material sobre essas três especialidades.

Recapitulando, a Fisioterapia é a ciência que estuda o movimento humano, utilizando recursos físicos no tratamento e na cura. O profissional estuda, diagnostica, previne e trata de todo e qualquer distúrbio da biomecânica e funcionalidade humana, seja ela de órgãos ou sistemas. Ele será capacitado para avaliar, prescrever e diagnosticar pacientes que possuam lesões ou disfunções, como também se utilizar de ações preventivas.

A Fisioterapia, além de ajudar na recuperação de acidentados e portadores de distúrbios neurológicos, cardíacos ou respiratórios, ele trabalha com idosos, gestantes, crianças e pessoas com deficiência física ou mental.

É uma bela profissão que o profissional e estudante precisa sempre estar atualizado. 

E na sua opinião: quais são as áreas mais estudadas da Fisioterapia? Coloca aí nos comentários e não esqueça de clicar aqui para saber mais sobre o Kit de Fisioterapia Basicão.

Fisioterapia e a Paralisia Cerebral

$
0
0


A Paralisia Cerebral não é apenas um, mas vários tipos de distúrbios que causam disfunções e problemas ao corpo. Elas ocorrem por conta de anomalias presentes no cérebro, que costumam ocorrer ainda nos primeiros meses de vida do bebê, ou ainda durante a gestação.

A paralisia cerebral comumente está associada a epilepsia, distúrbios da fala, comprometimento auditivo e visual, e retardo mental e, por isso, ela é grave. Apesar disso, existem muitas crianças que podem realizar exercícios físicos e até mesmo serem atletas paralímpicos, dependendo do tipo de paralisia cerebral que possui.

Curso online de Paralisia Cerebral

A maioria das crianças com paralisia cerebral se beneficia da fisioterapia e da terapia ocupacional precoces. Algumas crianças precisam de muletas e apoios para as ajudar a ficar de pé e andar. Algumas podem ter que se submeter a procedimentos cirúrgicos, como liberações de tendão ou cirurgias ortopédicas (especialmente nos quadris e na espinha). Alguns também precisam de tratamento para reduzir a espasticidade que pode incluir medicamentos tomados via oral, injeções intramusculares ou cirurgia. Para crianças com paralisia cerebral discinética, o uso de medicamentos às vezes ajuda em seus problemas de movimento.

Algumas pessoas com paralisia cerebral grave não podem comer e respirar sem broncoaspirar (inspirar coisas que normalmente não deveriam entrar nos pulmões como os alimentos). Estas pessoas podem precisar ser alimentadas através de uma sonda (tubo) inserida pelo nariz (sonda nasoenteral) ou através da pele (gastrostomia) até o estômago; ou podem precisar respirar por uma abertura cirúrgica pequena no pescoço (traqueostomia).

A Fisioterapia é iniciada normalmente assim que o diagnóstico for feito. Há dois objetivos principais da fisioterapia. Um deles é impedir o enfraquecimento dos músculos que não são usados normalmente e os outro são impedir os músculos fiquem rígidos demais.  Para atingir esses objetivos, os fisioterapeutas ensinam as crianças diversos exercícios que podem realizar cada dia para reforçar e alongar/movimentar seus músculos.

O tratamento fisioterapêutico nestes casos visa minimizar as consequências e promover a máxima função possível, utiliza de técnicas para diminuir a hipertonia muscular, minimizar os problemas secundários, como encurtamentos e contraturas, aumentar a amplitude de movimento, maximizar o controle motor seletivo, a força muscular e a coordenação motora além de melhorar a qualidade de vida.

A prática de exercícios pelos portadores de Paralisia Cerebral colabora para aumentar a resistência e descobrir potencialidades. Estimula também a autonomia e assim melhora a autoestima e promove a socialização.

O curso Paralisia Cerebral, por meio da Educação a Distância, oferece ao participante conhecimentos sobre os conceitos, etiologias, tratamentos, a atuação fisioterapêutica e muito mais.

Fisioterapia na Saúde Escolar

$
0
0



A Fisioterapia pode fazer a diferença na área educacional. Por meio de observações e intervenções psicomotoras na rotina de nossos pequenos, identificar e auxiliar professores, coordenadores e pais às condições que colaboram para um bom desenvolvimento psicomotor, considerando aspectos físicos, psíquicos e sociais, utilizando-se do meio onde estes estão inseridos, para facilitar um melhor aprendizado motor e cognitivo.

Curso online de Fisioterapia na Saúde Escolar

A intervenção fisioterapêutica tem como objetivo a estimulação do desenvolvimento neuropsicomotor integral das crianças permitindo trabalhar as habilidades com atividades que busquem também a interação social e a troca de experiências.

Com isso, vai identificando dificuldades, atrasos ou alterações em seu desenvolvimento neuropsicomotor e trabalha estas habilidades comprometidas por meio da intervenção fisioterápica específica e na elaboração de programas de estimulação, visando à efetiva integração e desenvolvimento destas crianças. Isso tem como objetivo promover o desempenho das crianças e contribuir em trabalhos integrados com outros profissionais, especialmente os professores e pedagogos.Isto é uma experiência inovadora nas escolas de Educação Infantil, pois até então a fisioterapia só era vista como meio de auxiliar os professores e pedagogos na inclusão social na sala de aula.

As crianças que necessitam beneficiam-se muito dos resultados da fisioterapia aplicada à educação, pois necessitam estar aptas a manter uma boa interação social para se inserir na turma, o que pode ser prejudicado por timidez, hiperatividade ou ou presença de outros transtornos como o transtorno de déficits de atenção.

O curso Fisioterapia na Saúde Escolar oferece ao profissional de fisioterapia o conhecimento sobre desenvolvimento motor, controle motor, psicomotricidade, coordenação motora e muito mais.

Efeitos da terapia manual na cefaleia do tipo cervicogênica: uma proposta terapêutica

$
0
0
 

A coluna cervical é considerada como uma possível fonte de dor de cabeça, entretanto ainda existem algumas controvérsias a respeito da fisiopatogênese, quadro clínico e tratamento.1 Estudos epidemiológicos estimam que aproximadamente 95% da população sofrem ou sofrerão algum episódio de cefaleia ao longo da vida. Neste contexto, a cefaleia cervicogênica possui uma prevalência que varia de 0,4% a 15% entre todos os diferentes tipos de cefaléia, com predomínio no gênero feminino.2,3

Terapia Manual: Compre 3 e leve 4 cd
 
Ocasionada por afecções funcionais e/ou orgânicas sediadas na região cervical, a cefaléia do tipo cervicogênica pode ser caracterizada por meio de sinais e sintomas clínicos, tais como: episódios de dor em peso, aperto, queimação, às vezes latejante ou paroxismos de pontada na região occipital e irradiada na região temporal, frontal, ocular ou retro auricular. Pode ser acompanhada ou não de fenômenos neurovegetativos craniofaciais como lacrimejamento, eritema ocular, edema palpebral, rinorréia e tontura.4

Estima-se que em 5% a 10% dos casos, a cefaleia cervicogênica é confundida com a enxaqueca comum. Portanto, para que haja um correto diagnóstico, devem ser utilizados critérios já predefinidos na literatura, tais como: dor usualmente unilateral, episódica e de intensidade variável; a origem situa-se na parte posterior do pescoço, podendo irradiar para toda a cabeça; há presença de resistência ou limitação à movimentação passiva do pescoço; alterações tônicas na musculatura da região cervical.4 As cefaleias que são recorrentes e unilaterais, ou seja, que não alternam de lado, são usualmente descritas como originárias de alterações morfofuncionais situadas em região cervical.5

Assim como nas migrâneas (enxaquecas), nas cefaleias cervicogênicas pode haver queixas de náusea, vômito, irritabilidade, e fotofobia. Para o diagnóstico diferencial, são avaliadas características específicas como zonas de gatilho, as crises são intensificadas com a movimentação cervical ou por postura mantida por longos períodos.4,5

Existem diversas intervenções terapêuticas para essa condição patológica, dentre elas a fisioterapia destaca-se como uma importante abordagem no controle sintomatológico. Embora a terapia manipulativa seja o tratamento de escolha da maior parte dos fisioterapeutas, os ensaios clínicos que descrevem a sua efetividade são escassos na literatura. O fato do envolvimento de diferentes regiões e tecidos relacionados a este conjunto de disfunções, deve estimular a abordagem multimodal do fisioterapeuta com técnicas manuais para os componentes articulares e miofasciais, tanto locais quanto adjacentes.


OBJETIVO

Os objetivos deste estudo foram: propor um protocolo de tratamento fisioterápico com abordagem multimodal e avaliar os efeitos da terapia manual nestes pacientes.


MÉTODO

Delineamento do Estudo


Trata-se de um estudo experimental não controlado. Os critérios de inclusão foram: pacientes de ambos os sexos, idade superior a 18 anos, com quadro sintomático de cefaleia cervicogênica. Como critérios de exclusão foram estabelecidos procedimentos cirúrgicos na coluna vertebral; fraturas na coluna vertebral; processos neoplásicos; disfunções na articulação têmporo-mandibular e pacientes com qualquer tipo de alteração pulmonar previamente diagnosticada.

População do Estudo

Foram avaliados, por uma amostra de conveniência 85 pacientes com queixa de cefaleia, independentemente de gênero e idade, provenientes do ambulatório de fisioterapia em traumato ortopedia da clínica-escola do UNIFESO - Teresópolis, Rio de Janeiro. Destes, apenas 9 preencheram os critérios de inclusão e todos os critérios para confirmação do diagnóstico de cefaleia cervicogência, já descritos por Sjaastad.6,7 O fluxograma de seleção e alocação dos pacientes para intervenção proposta está descrito na Figura 1.



Figura 1. Fluxograma CONSORT de alocação de pacientes para intervenção



Considerações Éticas

Todos os pacientes incluídos no estudo assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido, posteriormente ao receberem informes detalhados a respeito da pesquisa. Os critérios deste estudo seguiram os preceitos éticos estabelecidos de acordo com a resolução nº 466/12 do Conselho Nacional de Saúde e este foi aprovado pelo CEP do UNIFESO sob o número 411-09.

Instrumentos de mensuração

Para avaliação e quantificação dos resultados foram utilizadas a escala de incapacidade Neck Disabiliy Index (NDI), já validada na população brasileira que se propõe a quantificar o índice de incapacidade da região cervical.8,9 Trata-se de uma escala que avalia a intensidade da dor e a capacidade de realização das atividades de vida diária, na perspectiva do paciente. A categorização do grau de disfunção dos pacientes é feita de acordo com a porcentagem de incapacidade aferida pelo instrumento em uma escala de 0-100%. Adicionalmente, foi utilizada a escala visual analógica de dor (EVA), que registra a intensidade da dor do paciente em uma escala crescente de zero a dez, na qual zero é o nível mínimo de dor e dez o máximo. Foi registrado ainda o padrão álgico destes indivíduos, por meio da identificação da frequência das crises (em um espaço de uma semana) e a sua duração (em horas).

Procedimentos

Cada paciente incluído neste estudo foi submetido a dez intervenções fisioterapêuticas, com uma frequência semanal de 2 a 3 atendimentos, de acordo com a disponibilidade do paciente, com tempo de duração aproximado de 40 minutos em cada intervenção. Todos os pacientes eram avaliados por um fisioterapeuta com experiência clínica e formação em terapia manual, e posteriormente eram tratados por outro fisioterapeuta, também com formação na área. Ao final do tratamento a reavaliação era feita pelo mesmo fisioterapeuta que realizou a primeira avaliação.

O protocolo proposto incluiu as técnicas abaixo descritas:


  • Técnica de Tração Cervical Manual, como descrita por Kisner & Colby.10 Este procedimento foi realizado três vezes com uma manutenção de 30 segundos em cada tracionamento.
  • Terapia de Liberação Posicional (PRT) nos pontos sensíveis dos músculos suboccipitais, elevador da escápula e esternocleidomastóideo (ECOM). Trata-se da inibição de pontos sensíveis que apresentam dor local (tender points), por meio da pressão destes pontos e sustentação passiva do músculo em questão em uma posição de relaxamento por 90 segundos.11 O posicionamento de relaxamento de tais músculos foi realizado como proposto por D'Ambrogio & Roth.12
  • Mobilização Articular em C2 e de T1 à T4. Foram realizadas oscilações rítmicas e passivas no sentido póstero-anterior, com uma frequência de uma oscilação por segundo durante 60 segundos. O posicionamento das mãos do terapeuta e do paciente foi realizado de acordo com o postulado por Maitland.13 A pressão foi realizada no limite da artrocinemática disponível entre as superfícies articulares em questão e de acordo com o limiar de dor do paciente.
  • Técnica de recrutamento muscular dos flexores cervicais profundos. Foi realizada a colocação de um esfigmomanômetro manual (Marca Glicomed, modelo Premium) sob a região central da cervical do paciente em decúbito dorsal, no qual o mesmo foi insuflado a 20 mmHg. Após a insuflação o paciente foi orientado a realizar movimentos de flexão da região cervical alta até que o ponteiro do esfigmomanômetro sofresse oscilação máxima de 10 mmHg para cima. Este exercício foi realizado em 3 séries de 10 repetições com isometria de 10 segundos, com 30 segundos de intervalo entre as séries. A reprodutibilidade e aplicabilidade clínica deste procedimento já foram descritos por Jull et al.14

  • Análise Estatística

    Os resultados foram apresentados como média ± desvio padrão, dispostos por meio de gráficos e tabelas. Realizou-se a análise estatística com a utilização do programa SPSS 17.0, pelo qual foram calculadas as variáveis descritivas da população e comparadas às médias dos resultados antes e após a intervenção. Devido à distribuição não paramétrica dos dados, evidenciada pelo teste Shapiro-Wilk, foi realizado o Teste de Wilcoxon para as comparações entre médias. Foram calculadas ainda as correlações entre as variáveis observadas, através do cálculo do coeficiente de Spearman. O índice de significância assumido foi de p < 0,05.


    RESULTADOS

    Os 9 pacientes que receberam intervenção concluíram o todo o tratamento e não houve intercorrências durante o programa. Todos eram do gênero feminino e possuíam média de idade de 43,3 anos (± 15,5). O perfil de pacientes era de indivíduos com diagnóstico fechado em média há 4,7 anos (± 2,3) e todas apresentavam dor cervical no momento da avaliação, com quadro de surto e remissão de crises há 7,2 anos (± 3,4). A conclusão do programa de tratamento proposto levou em média 4,7 semanas, já que um paciente levou 3,5 semanas para conclusão, um levou quatro semanas e os demais levaram 5 semanas para conclusão.

    As diferenças entre as médias dos resultados antes e após tratamento se mostraram estatisticamente significativas para as principais variáveis mensuradas. Ao analisarmos o padrão de dor, observou-se diferença entre as médias da intensidade da dor (EVA) antes do tratamento (8,0 ± 1,3) e após o tratamento (2,2 ± 0,9; p = 0,007). Os valores totais desta variável podem ser visualizados na Figura 2.


    Figura 2. Valores de todos os pacientes para a Escala Visual Analógica de Dor antes e depois da intervenção proposta (p < 0,01)



    A incapacidade cervical também mostrou melhora após intervenção. Os resultados das médias encontradas na população para o NDI antes da intervenção proposta (19,7 ± 5,1) e após (7,1 ± 3,8) mostraram-se também significativos (p = 0,008). Desta forma, embora as médias do grau de incapacidade antes e após intervenção tenham ficado em uma categoria leve, houve significativa redução de 19,7% para 7,1% nos pacientes que participaram do estudo em questão. Informações encontradas na Figura 3.


    Figura 3. Valores do Índice de disfunção Cervical antes e depois da intervenção proposta (p < 0,01)



    Em relação à frequência das crises semanais observou-se que a média antes do tratamento foi de aproximadamente 4 (± 1) e após a intervenção apenas 1 (± 1); p < 0,01. Assim como, também houve redução no tempo da duração em horas antes (4 horas ± 1,5) e após (1 hora ± 0,5); p < 0,01) a intervenção proposta.

    Os valores das variações médias das principais variáveis mensuradas estão descritos na tabela 1. Não foram encontrados valores de correlação estatisticamente significativos entre as variáveis intrínsecas de cada indivíduo (idade e gênero) e as inerentes ao quadro sintomatológico (EVA, Incapacidade cervical, frequência e tempo de permanência das crises) (Tabela 1).




    DISCUSSÃO

    Os achados do presente estudo apontam tanto para melhora do padrão álgico destes pacientes, bem como do índice de incapacidade cervical após a intervenção fisioterapêutica. Embora a média do grau de incapacidade cervical antes mesmo da intervenção tenha sido leve, ainda assim houve redução significativa destes valores. Tais achados corroboram com dados da literatura que em geral demonstram quadro de incapacidade de leve a moderado para esse perfil de paciente, e relatam também bons resultados com as técnicas de terapia manual.15,16

    As intervenções fisioterapêuticas nas diversas disfunções neuromusculoesqueléticas tendem a seguir abordagens multimodais, com utilização de diversas técnicas em diferentes regiões e tecidos. Relatos de revisões sistemáticas a respeito de intervenções multimodais, com combinações de técnicas manuais e exercícios para região cervical têm demonstrado boa efetividade.17,18

    O quadro sintomático da cefaleia cervicogênica está diretamente relacionado à alterações de mobilidade, déficits posturais e/ou fraqueza muscular na região cervical, o que, por sua vez, exige além das manipulações/mobilizações articulares, técnicas de manipulação para tecidos moles, bem como exercícios de reeducação postural.15,18

    A intervenção fisioterapêutica proposta por este estudo se apoiou em técnicas previamente descritas. Os tratamentos multimodais especificamente para região cervical, com ou sem presença de cefaléia vêm sendo também encorajados na literatura. Miller et al. relatam em sua revisão sistemática que embora ainda exista uma baixa robustez dos estudos nesta área, as técnicas de terapia manual combinadas são superiores em relação aos tratamentos conservadores isolados no que diz respeito ao alívio da dor e incapacidade do paciente.16

    A abordagem articular por meio das técnicas de mobilização possibilita um reestabelecimentos da artocinemática adequada e proporciona ainda efeitos neuromoduladores para o alívio da dor.19 O resultado positivo com a aplicação de tais técnicas nas regiões descritas por este estudo sugere uma relação de hipomobilidade e consequente envolvimento destas articulações na cefaléia cervicogênica.20,21

    Os efeitos esperados com as técnicas de tecido mole são relaxamento muscular e também uma neuromodulação da dor por meio do estímulo de mecanorreceptores fasciais.19 A técnica de pontos gatilhos já tem sua efetividade também comprovada em diversas regiões e condições patológicas,21,22 assim como na região do músculo esternocleidomastóideo para alívio dos sintomas da cefaleia cervicogência e também melhora da função cervical.14,23

    Deve-se destacar ainda que o controle da dor pelas técnicas de terapia manual acontece por estímulos neurofisiológicos e não apenas por questões mecânicas, como por exemplo aumento de arco de movimento.15,19 As técnicas articulares e miofascias parecem estar mais ligadas aos estímulos de mecanorreceptores, suprimindo a dor pelo mecanismo das comportas, com inibição pré-sináptica no gânglio da raiz dorsal e também pela liberação de opiódes endógenos. Ambas técnicas parecem produzir ainda um efeito no sistema nervoso autônomo, já que mecanorreceptores tem sido encontrados em ligamentos viscerais, dura-mater e na fáscia.15,19,23

    Os exercícios de controle motor para a região cervical alta possibilitam ainda um melhor padrão de movimentação para esta região, com menor sobrecarga biomecânica nas articulações atlanto-axiais e consequente diminuição da irritabilidade tecidual dos tecidos moles adjacentes e também do nervo occipal maior, que possivelmente apresenta-se comprometido nestas disfunções.14,18 A correção do padrão de movimento com melhora proprioceptiva para o adequado recrutamento muscular possibilita ainda uma neuroplasticidadde cortical, que poderá aumentar a atividade cerebral das áreas de reconhecimento de movimento e diminuição das áreas de interpretação e produção da dor.24

    O tratamento medicamentoso na cefaleia cervicogênica mostra-se ainda não consistente e as estratégias farmacológicas para este tipo de cefaleia são ainda falhas e com menor eficácia quando comparadas a outros tipos.15,25 Desta maneira, o tratamento fisioterápico multimodal, por meio das diversas técnicas de terapia manual e exercícios, vem se mostrando cada vez mais indicado devido a alta efetividade, como relatado por Chaibi & Russel.26

    Embora os resultados com a aplicabilidade das técnicas propostas sejam positivos, podemos observar possíveis limitações no presente estudo. Destacamos a não realização do estudo com a presença de um grupo controle para comparação de resultados. Por outro lado, vale ressaltar, que a proposta não buscou a comparação das técnicas utilizadas, visando demonstrar apenas a efetividade da combinação destes métodos, no tratamento dos sintomas da cefaleia cervicogênica.15,17,18,27


    CONCLUSÃO

    Os resultados do estudo demonstraram que o método proposto por meio da interação de técnicas de terapia manual como intervenção fisioterapêutica, foi efetivo no tratamento dos sintomas da cefaleia cervicogênica. A melhora do padrão álgico e do índice de incapacidade da região cervical demonstrou que esta proposta de tratamento, pode ser um relevante componente na abordagem destes indivíduos.


    Effects of manual therapy on cervicogenic headaches: a therapeutic approach

    Renato Santos de Almeida1; Vanessa Gomes2; Carolina de Magalhães Gaullier3; Karla Kristine Dames4; Leandro Alberto Calazans Nogueira5

    DOI: 10.5935/0104-7795.20140012

    1. Docente, Curso de Fisioterapia do UNIFESO, Fisioterapeuta do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle (UNIRIO)
    2. Fisioterapeuta Residente do Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE/UERJ)
    3. Especialista em terapia manual e biomecânica clínica
    4. Doutora em Ciências, Docente do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ)
    5. Doutor em Neurocienciência, Docente do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ)

    Endereço para correspondência:
    Renato Santos de Almeida
    Rua Botucatu, 56/606
    Rio de Janeiro - RJ CEP 20541-340
    E-mail: renato.fisio@gmail.com

    REFERÊNCIAS

    1. Vincent MB. Cervicogenic headache: clinical aspects. Clin Exp Rheumatol. 2000;18(2 Suppl 19):S7-10.

    2. Silva Júnior AA, Moraes DN, Rezende FB, Pereira GL, Morato EG, Cunninghan MCQS, et al. Frequência dos tipos de cefaleias atendidos no pronto atendimento do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais. Migrâneas Cefaleias. 2008;11(2):67-72.

    3. Rachid RM, Pinheiro LTM. A terapia osteopática manipulativa na cefaléia cervicogênica. RBPS. 2009;22(2):128-34.

    4. Bono G, Antonaci F, Dario A, Clerici AM, Ghirmai S, Nappi G. Unilateral headaches and their relationship with cervicogenic headache. Clin Exp Rheumatol. 2000;18(2 Suppl 19):S11-5.

    5. Classification and diagnostic criteria for headache disorders, cranial neuralgias and facial pain. Headache Classification Committee of the International Headache Society. Cephalalgia. 1988;8 Suppl 7:1-96.

    6. Sjaastad O, Fredriksen TA, Pfaffenrath V. Cervicogenic headache: diagnostic criteria. Headache. 1990;30(11):725-6. DOI: http://dx.doi.org/10.1111/j.1526-4610.1990.hed3011725.x

    7. Sjaastad O, Fredriksen TA, Pfaffenrath V. Cervicogenic headache: diagnostic criteria. The Cervicogenic Headache International Study Group. Headache. 1998;38(6):442-5. DOI: http://dx.doi.org/10.1046/j.1526-4610.1998.3806442.x

    8. Cleland JA, Fritz JM, Whitman JM, Palmer JA. The reliability and construct validity of the Neck Disability Index and patient specific functional scale in patients with cervical radiculopathy. Spine (Phila Pa 1976). 2006;31(5):598-602. DOI: http://dx.doi.org/10.1097/01.brs.0000201241.90914.22

    9. Cook C, Richardson JK, Braga L, Menezes A, Soler X, Kume P, et al. Cross-cultural adaptation and validation of the Brazilian Portuguese version of the Neck Disability Index and Neck Pain and Disability Scale. Spine (Phila Pa 1976). 2006;31(14):1621-7. DOI: http://dx.doi.org/10.1
    Viewing all 3052 articles
    Browse latest View live




    Latest Images