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10 causas freqüentes de joelho inchado

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Para uma pessoa ativa, um joelho inchado, doloroso pode ser debilitante. Não somente pode inchaço no joelho ser extremamente dolorosas e inflamadas, mas também pode reduzir ou limitar totalmente uma gama de movimento de pessoas nas pernas. Se o inchaço é ignorada ou deixada sem tratamento, pode piorar a tal ponto que o joelho pode tornar-se inutilizável. Algumas das lesões que causam inchaço do joelho pode variar de leve a grave, e tratamentos também podem variar. No entanto, antes de auto-diagnóstico de quaisquer condições, certifique-se primeiro procurar um parecer médico licenciado para evitar diagnósticos equivocados que podem fazer a pior condição. Leia mais para aprender 10 causas comuns de inchaço no joelho.
Entorse do joelho

Uma das causas mais comuns de inchaço no joelho é uma entorse do ligamento, ou esforço excessivo do joelho. Durante este tempo, o ligamento do joelho pode ser rasgado ou esticado, o que resulta em dor, inchaço, nódoas negras, e uma capacidade limitada para mover o joelho. Desde o joelho é uma das articulações mais comumente usados no corpo, um joelho suspensa é geralmente a causa primeira a ser questionada.

Bursite do joelho

A bursite do joelho é caracterizada pela inflamação de uma das 11 bursas localizadas em torno e sobre a articulação do joelho. As bursas são destinadas a amortecer a articulação do joelho e reduzir o atrito conjunta, mas repetiu o trauma na bursa pode fazer com que seja inflamada, inchada e dolorida. Bursite no joelho pode ser tratado por uma combinação de repouso e terapia. Em casos graves, que podem exigir cirurgia.
Cisto padeiros

Também é conhecido como um quisto popliteal, um quisto Bakers é uma protuberância cheia de fluido atrás do joelho que pode causar rigidez zona limite, do movimento do joelho, e, possivelmente, da dor, juntamente com o inchaço. Este cisto se forma quando a inflamação está presente na articulação do joelho, e do joelho produz excessivos fluidos sinoviais que o corpo não pode absorver. Normalmente, a drenagem de líquidos, medicação, ou a fisioterapia pode ajudar a aliviar o inchaço do joelho associado a cisto Bakers.
Gota

Um tipo de artrite, a gota é caracterizada por ataques súbitos de dor, acompanhados de sensibilidade extrema e inchaço das articulações. Ele pode facilmente acontecer com os joelhos, e pode ser debilitante. Gout acontece quando os cristais são formados na articulação do joelho, devido à acumulação de ureia. Os cristais podem irritar e inflamar a articulação circundante e tecidos. Felizmente, é tratável, por isso não deixe de consultar o seu médico para a gota alívio da dor e tratamento.

Sangue na articulação

Quando o dano significativo acontece até os joelhos, hemorragia maciça pode ocorrer para os espaços comuns. Esta condição é conhecida como hemartrose, e pode causar inchaço no joelho excessiva, calor, rigidez e hematomas. Certifique-se de ir para o hospital imediatamente para que ela seja tratada, se você suspeitar que você está sangrando dentro do espaço da articulação do joelho.

Danos ao meniscos

Os meniscos são almofadas de borracha entre os dois ossos do joelho superior e inferior, e actuam como almofadas e amortecedores como uma pessoa se move e se usa o joelho. Se os meniscos são danificados através de rasgar, usando, ou torção, o joelho ficará inchado e difícil de mover. O tratamento pode variar, e pode ser necessária uma cirurgia em casos mais graves.

Os tumores do joelho

Os tumores no joelho causará joelho excessiva inchaço. Um dos tumores benignos mais comuns, lipoma arborescens, é caracterizada por depósitos anormais de tecido adiposo no interior do espaço da articulação do joelho. Tipicamente, os tumores podem ser facilmente removidos através de cirurgia.

Infecção

Se as bactérias nocivas ou organismos entrar no fluido das articulações dos joelhos, uma infecção pode ocorrer e causar dor, calor e inchaço excessivo da articulação. Bactérias e organismos podem ser introduzidas através de complicações pós-cirurgia do joelho, recuperação de uma punção no joelho profunda, ou trauma no joelho. Os tratamentos podem variar de acordo com o tipo ea causa da infecção, por isso não deixe de consultar um médico sobre os métodos de recuperação.
Osteoartrite

Talvez a forma mais comum de artrite que causa dor e inchaço do joelho é osteoartrite. Esta condição é causada pelo envelhecimento, o desgaste normal e desgaste, mas os indivíduos que tiveram infecções antes do joelho, trauma ou lesões são ainda mais suscetíveis à doença. A osteoartrite é caracterizada pelo desgaste da cartilagem do joelho e da acumulação de líquido no espaço da articulação. A obesidade também pode ser um fator contribuinte.
Osgood-Schlatter

Esta condição é mais proeminente e comum em adolescentes que estão ativos em esportes. Esta condição é causada por uma entorse ou uso excessivo dos músculos da coxa, em vez de sobre a articulação do joelho em si, e é caracterizada por dor no joelho, inchaço e dolorosas protuberâncias em torno da junta.

Para qualquer instância de inchaço no joelho, certifique-se de elevar as pernas e usar uma bolsa de gelo para tentar reduzir o inchaço. Se a dor ou inchaço exceder mais de 3 dias, ou se torna pior, não deixe de ver um profissional de saúde. Não espere muito tempo, porque certas condições podem causar danos irreversíveis se abandonadas por muito tempo. Para ser seguro, lembre-se de sempre consultar um profissional de saúde antes de implementar qualquer medida de auto-!

O que é bronquiectasia?

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É o alargamento ou distorção dos brônquios. Os brônquios são tubos por onde o ar entra e sai dos pulmões. Dentro de cada pulmão, eles vão se ramificando como galhos de árvore, formando a árvore brônquica.

Na árvore brônquica normal, à medida que se dirigem à periferia dos pulmões, eles vão se dividindo e afilando. Quando não ocorre esta diminuição de calibre ou, ao contrário, o calibre aumenta, dizemos que existe bronquiectasia.

Esta distorção irreversível dos brônquios decorre da destruição do componente elástico que compõe a parede destes.

A bronquiectasia, antes da existência dos antibióticos, foi uma doença bastante comum. Com o surgimento dos antibióticos e das campanhas de vacinação (contra o sarampo, coqueluche e tuberculose), ela tornou-se menos comum em virtude do melhor tratamento e prevenção das infecções respiratórias, respectivamente.

Além dos microorganismos citados acima, vírus como o adenovírus tem potencial para gerar bronquiectasias. Bactérias destrutivas como o Staphylococcus aureus, a Pseudomonas aeruginosa, aKlebsiella pneumoniae, o Mycoplasma pneumoniae e os anaeróbios também podem causar as bronquiectasias. Os fungos como o Aspergillus e o Histoplasma também podem contribuir para o surgimento da doença.

Como se desenvolve?

A bronquiectasia pode ser congênita (desde o nascimento) ou adquirida. Para a bronquiectasia surgir, há necessidade da presença de dois elementos: a agressão por uma infecção e a deficiência na resolução (“limpeza”) das secreções brônquicas. Portanto, quanto mais agressivo o germe causador da infecção e quanto pior os mecanismos e as condições de defesa dos pulmões e do organismo como um todo, maiores as chances de desenvolvimento da doença. Com a perpetuação do processo inflamatório nos brônquios, estes vão se destruindo.

Quais os sintomas?

O portador típico de bronquiectasia é aquele indivíduo que tem tosse com expectoração (escarro) persistente e em grande quantidade, principalmente, pela manhã. Estas alterações são crônicas, mas apresentam períodos de piora, com necessidade de uso freqüente de antibióticos. Nesta situação, pode haver febre, perda do apetite, falta de ar, chiado no peito, expectoração com sangue e piora do estado geral da pessoa afetada.

Todavia, as manifestações da doença podem ser frustras ou a pessoa pode até não ter nenhum sinal ou sintoma.

Existe também um tipo de bronquiectasia – bronquiectasia seca – na qual não há aquela expectoração abundante e persistente de muco (catarro) como na maioria dos casos. Ela se manifesta como episódios de hemoptise (sangramento ao tossir), e usualmente decorre de lesões cicatrizadas de tuberculose.

Como o médico faz o diagnóstico?

Com as alterações que o doente apresenta, o médico poderá suspeitar do diagnóstico de bronquiectasia. No exame físico, o médico poderá perceber alterações na ausculta dos pulmões. No entanto, a confirmação da doença virá através dos exames de imagem - radiografia, tomografia computadorizada ou broncografia do tórax. Este último, no passado, foi o único método capaz de firmar tal diagnóstico. Com o surgimento da tomografia computadorizada (TC), esse exame caiu em desuso. Nele são feitas radiografias após o uso de substância que contrasta os brônquios do indivíduo.

Como a broncografia não era um exame de fácil realização, a TC surgiu como alternativa. Contudo, a TC não tem a mesma precisão da broncografia na identificação de certas lesões.

Para se buscar possíveis fatores predisponentes para a doença, faz-se necessário a realização de outros exames.

A espirometria – exame que mede a capacidade de ar dos pulmões – pode ser solicitada para avaliar melhor a doença, assim como a gasometria arterial que mede níveis de oxigênio e de dióxido de carbono no sangue.

Qual o tratamento?

A cirurgia como tratamento deve ser realizada nos casos em que a doença é localizada (quando acomete só uma parte do pulmão) e não há melhora dos sintomas com o tratamento conservador.

A cirurgia também é uma opção nos casos de pacientes com hemoptises. Contudo, antes da realização da cirurgia, o médico deverá se certificar que o indivíduo possui uma reserva de ar que possibilite tal procedimento.

Nos casos em que a doença é difusa, o tratamento é conservador. Além dos antibióticos, que são armas importantíssimas nesta modalidade de tratamento, a fisioterapia é fundamental no tratamento dos pacientes com bronquiectasias.

Dentre as medicações que podem auxiliar no tratamento também estão os mucolíticos – que promovem uma maior depuração das secreções brônquicas – e os broncodilatadores para alívio da falta de ar e do chiado no peito.

Nos pacientes com bronquiectasias difusas, com grave prejuízo na qualidade de vida, o transplante pulmonar poderá ser realizado

Como complicações possíveis das bronquiectasias, além das pneumonias, pode ocorrer o empiema que é o acúmulo de pus na pleura (que é a “capa”do pulmão), o abscesso pulmonar (uma lesão que forma um “buraco “com pus no pulmão), o pneumotórax (acúmulo de ar na pleura), a hemoptise volumosa (quando a pessoa tosse grande volume de sangue) e o cor pulmonale – que ocorre quando a doença crônica dos pulmões desencadeia um dano ao coração.

Como se previne?

Os indivíduos com bronquiectasia devem receber as vacinas contra o vírus influenza e o pneumococo (bactéria implicada em muitas infecções respiratórias) para a profilaxia das exacerbações infecciosas da doença.

As imunizações (vacinações) contra agentes agressores broncopulmonares são importantes para prevenir o desenvolvimento da doença.

Fisioterapia na bronquiectasia


Através de manobras, em especial de drenagem postural– o indivíduo é colocado numa posição, de acordo com a localização de suas lesões, para que a gravidade ajude na drenagem das secreções contidas nos locais afetados do pulmão ou pulmões. A fisioterapia pode, com isso, reduzir o número de exacerbações da doença e a sua progressão.

A drenagem postural deve ser feita diariamente, com duração de quinze a trinta minutos por sessão para que seja eficaz.

O que é Distrofia fáscio-escápulo-umeral?

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Distrofia fáscio-escápulo-umeral é um tipo de distrofia muscular progressiva. Incide em sete em cada cem mil indivíduos (EURORDIS 2005) de ambos os sexos, com mais freqüência entre os 15 e 20 anos de idade. Atinge os músculos da face e cintura escapular e da pode haver comprometimento da cintura pélvica, entretanto na distrofia da cintura pélvica e escapular há maior comprometimento da cintura pélvica.

O músculo deltóide na distrofia fáscio-escapulo-umeral, é entretanto poupado em 50% dos casos . Há atrofia assimétrica do cíngulo do membro superior e dos músculos proximais do braço; a escápula alada na abdução dos membros superiores é causada pela atrofia dos músculos serrátil anterior, do trapézio e do rombóide. Posteriormente, os músculos bíceps e tríceps braquial podem ser afetados. O deltóide quando preservado perde sua vantagem mecânica, devido à falta de estabilidade da cintura escapular, causando limitação da abdução e flexão ativas.

Há atrofia de grande parte da musculatura facial, com inabilidade de franzir o lábio, dar um sorriso grande sorriso, a eversão labial e o alargamento da fenda palpebral. Um achado característico é a incapacidade de assobiar ou encher um balão.

É um distúrbio hereditário autossômico dominante, localizado no cromossomo 4q35-qter, porém sem mapeamento do produto do gene; salientando que o mecanismo de herança é idêntico à Distrofia Miotônica, com risco de 50% de transmissão genética para seus descendentes.

O paciente dorme muitas vezes de olhos abertos, com fraqueza nos músculos estabilizadores da escápula. Pode ter dificuldade para franzir a testa ou assobiar. A escápula torna-se alada e muitas vezes dolorosa.

A longevidade não é alterada, contudo a incapacidade funcional e a restrinção de movimento compromete a qualidade de vida deste paciente.

Muitas vezes a escápula alada pode causar uma deformidade estética importante com dor à movimentação que pode ser tratada com a artrodese escápulo-umeral.

Uma cirurgia que pode acabar com a escápula alada e melhorar muito a dor.
Após a cirurgia recomenda-se uso da órtese da foto, podendo essa ter até menor grau de abdução, 50º, ou gesso por 3 meses, iniciando então a reabilitação.

Fisioterapia e as doenças neuromusculares

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Equipe de reabilitação tem papel fundamental

Apesar da incapacidade ocasionada diante de doenças degenerativas e de caráter progressivo, o fisioterapeuta, assim como toda a equipe de reabilitação, tem papel de fundamental importância, na tentativa de estabelecer uma melhor qualidade de vida, mediante ao trabalho com o paciente e sua família.

A fisioterapia é fator de extrema importância do ponto de vista motor e respiratório, proporcionando atenção especial às crianças que apresentam doenças neuromusculares, atuando na prevenção e no tratamento de deformidades ósseas e distúrbios respiratórios, resultando em melhora da qualidade de vida.

A intervenção deve ser realizada pela fisioterapia motora, respiratória e em alguns casos, pela hidroterapia. Associam-se um conjunto de finalidades formadoras de todo o plano terapêutico com seus devidos e bem direcionados objetivos (de curto, médio e longo prazo), que garante orientações particulares e coletivas, por exemplo familiar, desenvolvimento de habilidades motoras funcionais, estática e dinâmica, para a conquista ou manutenção da independência funcional.

A atuação fisioterapêutica irá variar de acordo com o estágio da evolução clínica. Os objetivos da reabilitação de doentes neuromusculares são maximizar as capacidades funcionais, prolongar ou manter as funções e a locomoção independente, inibir ou prevenir deformidades físicas e proporcionar a reintegração social.

Na perspectiva de desenvolver/manter habilidades motoras específicas para a independência funcional, a conquista de autonomia, bem-estar e saúde, o fisioterapeuta deve: 

- Melhorar / manter a qualidade e a quantidade de movimentos realizados de acordo com a necessidade funcional vigente;

- Promover a capacitação em movimentos de caráter funcional utilizáveis em tarefas cotidianas e desportivas (paradesporto);

- Orientar a respeito da importância do estimulo ao uso funcional das habilidades aprendidas, que visa não apenas a manutenção das capacidades físicas adquiridas, mas também o autodesenvolvimento das adaptações necessárias;

- Estimular o encorajamento para a realização de atividades mais complexas e interativas, como jogos, competições, brincadeiras, que necessitam de uma presença física mais evidente, bem como a vontade motivadora de conseguir um resultado positivo;

- Promover o gosto pela prática do regular da atividade reabilitacional, buscando de maneira variável, e de acordo com o entendimento, salientar a compreensão da importância do tratamento na dimensão individual e social (autonomia, independência funcional, bem-estar, saúde, cultura, sociabilidade, integração);

-Promover a formação de habilidades motoras para auxiliar a construção e estruturação de hábitos, atitudes e conhecimentos relativos à interpretação e participação social no seio das quais se desenvolvem as atividades cotidianas.

Não há um programa de tratamento estabelecido, cada paciente necessita de uma abordagem específica, de acordo com suas necessidades individuais, a fim lhe proporcionar conforto e bem-estar. Mas, em geral as condutas fisioterapêuticas envolverão os seguintes objetivos:

-Melhorar / manter / retardar a perda de força muscular, 
- Evitar / reduzir contraturas e deformidades, 
- Promover / estimular / prolongar a marcha, 
- Manter / melhorar a função respiratória, 
- Estimular a independência e as funções físicas, 
- Promover a educação pais – filhos, 
- Melhorar a qualidade de vida social, fomentando uma plena participação em atividades de lazer.

Contudo, diante do caráter progressivo da maioria das doenças neuromusculares, o conhecimento prévio sobre o curso da doença é importante e permite ao fisioterapeuta determinar os objetivos a cada paciente, salientando suas possibilidades e potencialidades, sem que ocorra uma maior evidência das dificuldades, evitando-se frustrações desnecessárias.

Fisioterapia respiratória nas doenças pulmonares obstrutivas crônicas

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As doenças obstrutivas pulmonares podem ser agudas ou crônicas. As doenças obstrutivas agudas, ao serem tratadas, não evoluem para alterações perniciosas e o paciente retorna a sua funcionalidade integral, sem prejuízo recorrente na qualidade de vida. As doenças obstrutivas pulmonares crônicas vêm apresentando alto índice de óbito de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS)1 e, ainda segundo esta agência de saúde, as alterações das vias aéreas no decorrer do tempo mostram um maior nível de gravidade, refletindo na redução da atividade física, que interfere nas atividades da vida diária e no número de internações decorrentes do agravamento do quadro sintomatológico.2

As doenças pulmonares obstrutivas crônicas (DPOC) acometem homens e mulheres, sendo menor a prevalência em mulhres. Segundo o estudo de Lokke et al.,2 a DPOC não têm relação direta com o gênero mas, sim, com fatores como a idade e o tabagismo. Ainda segundo o autor, a doença ultrapassa o sistema pulmonar, expandindo-se com repercussões orgânicas, sendo analisada como uma condição sistêmica. A prescrição e o acompanhamento dos pacientes portadores de DPOC pela fisioterapia respiratória é, portanto, importante para reduzir o impacto das repercussões sistêmicas.1,3

A limitação crônica do fluxo expiratório da DPOC, normalmente relacionada aos sintomas de aumento da produção de muco, dispneia e tosse, é uma avaliação importante para caracterizar a gravidade da doença e direcionar a escolha do tratamento.

No que diz respeito aos sintomas, foi publicado um estudo de coorte estável, em 20114, no qual 298 pacientes responderam a um questionário sobre qual sintoma os levou a buscar atendimento médico. O resultado indicou que a dispneia prevalece, seguida da tosse seca e com expectoração.

O diagnóstico e a gravidade da DPOC são definidos a partir dos parâmetros de função pulmonar, de acordo com as orientações da Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease (GOLD). Apesar das caracterizações clínicas estarem estabelecidas, ainda é necessário um maior conhecimento dos vários estágios da doença.3-5

As doenças obstrutivas agudas ou crônicas apresentam alterações patológicas que impedem/limitam o fluxo aéreo de forma leve, moderada ou grave. Podem estar relacionadas com: a) estreitamento das vias aéreas por broncoespasmo (contração da musculatura lisa) e inflamação e edema da mucosa (bronquite); b) presença de material intrabrônquico, como secreções e tumores; c) compressão extrínseca (tumores), alterando a função pulmonar do paciente.6

Para caracterizar as alterações patológicas do sistema respiratório, vale ressaltar as suas funções fisiológicas. O aparelho respiratório, isento de doenças, apresenta mecanismos de defesa importantes e eficientes para a manutenção da sua funcionalidade. As defesas são divididas em imunológica (natural e adquirida) e mecânica (relativa à estrutura pulmonar). São elas que mantêm íntegras as condições para a troca gasosa, a filtração aerodinâmica - que está relacionada ao tamanho do material inalado, concorrendo para a sua deposição na mucosa - e o transporte mucociliar, responsável pela eliminação do muco em direção a orofaringe.6,7

Estes mecanismos de defesa, nas doenças obstrutivas, podem estar gravemente comprometidos, propiciando infecções respiratórias, agudizando a doença e piorando a função pulmonar já comprometida.

A prevenção, a partir da supressão dos fatores de risco e o controle da progressão da doença obstrutiva podem ser imprescindíveis no impacto (positivo) da qualidade de vida, através de programa de tratamento integral. Aqui inclui-se a fisioterapia respiratória, de acordo com diversos autores como Bellamy et al., Gulini e Kunikoshita et al.8-10

O objetivo deste texto, com base na revisão de literatura, será demonstrar a intervenção da fisioterapia respiratória nas alterações patológicas da obstrução brônquica e sua consequente otimização na ventilação pulmonar.


FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA

A indicação da fisioterapia respiratória deve estar pautada no tempo e gravidade da doença, na relação do paciente com a mesma e nas comorbidades apresentadas, assim como a frequência e a duração do tratamento. Porém, deve ser levado em conta que a intervenção fisioterapêutica - iniciada imediatamente após o diagnóstico da doença obstrutiva e realizada regularmente pelo paciente - minimiza os efeitos deletérios da obstrução.11

As vias áreas obstruídas não são ventiladas e prejudicam as trocas gasosas, provocando hipoxemia e infecções por crescimento de micro-organismos. As consequentes alterações sistêmicas incluem complicações musculoesqueléticas e queda da endurance, prejudicando a qualidade de vida do portador de DPOC.10-13

A fisioterapia respiratória nas doenças obstrutivas tem como objetivo tratar o paciente proporcionando a melhora da sua funcionalidade pulmonar através da limpeza brônquica, estimulando a eliminação das secreções, relaxando a musculatura brônquica, otimizando a ventilação pulmonar e melhorando o condicionamento cardiopulmonar do paciente.14-16

Os métodos de avaliação da fisioterapia respiratória serão os parâmetros de evolução da doença. São eles: a anamnese, o exame físico, a oximetria, a análise do condicionamento cardiopulmonar, assim como os testes de função pulmonar, gasometria e radiografia de tórax. Dados subjetivos - como a percepção de dispneia, fadiga e dor, avaliados pelas escalas de Borg e visual analógica - são importantes para avaliação qualitativa.17-19 Os exames ergométricos, como o teste de caminhada em seis minutos e o teste do degrau, também são avaliações importantes para determinar o condicionamento cardiopulmonar dos pacientes.20,17


TÉCNICAS FISIOTERAPÊUTICA INTERVENCIONISTAS

Em relação às técnicas intervencionistas, a aerossolterapia (com substâncias diluentes como a água e soluções salinas) é indicada quando a secreção se apresenta hiperviscosa e hiperaderente, visando facilitar a sua eliminação com o menor gasto energético.21,22

A aerossolterapia medicamentosa, indicada pelo médico assistente, atua nos processos inflamatórios e broncoespasmos. Para seu melhor aproveitamento, o paciente deve ser orientado a realizar um exercício respiratório de redução da velocidade de fluxo, tanto inspiratório - que otimiza a deposição das partículas de substâncias veiculadas -, quanto expiratório - que minimiza a velocidade de saída das partículas inaladas -, mantendo-as por mais tempo no ducto brônquico. Desta maneira, a filtração aerodinâmica é utilizada a favor do tratamento por aerossol.21

A desobstrução brônquica é um dos principais objetivos da intervenção fisioterapêutica nestas doenças. Atualmente, as técnicas são divididas em convencionais e atuais.


TÉCNICAS DESOBSTRUTIVAS CONVENCIONAIS

As técnicas convencionais da fisioterapia são a drenagem postural, percussões, expiração forçada e técnicas de tosse (tosse explosiva e huffing).

Drenagem postural e percussões

A drenagem postural pode ser associada à percussão. A drenagem, através das modificações da postura do paciente obedece a estrutura das vias aéreas em relação à ventilação dependente e não dependente. Isto estabelece o diâmetro do alvéolo sob atuação da força da gravidade, facilitando a drenagem.23-27

Os níveis de postura relativos aos decúbitos além de 0º são o Fowler, em que o paciente é colocado com o tórax elevado acima de 0º até 45º, e o Trendelemburg, que posiciona o paciente com o tórax rebaixado menor que 0º, no máximo. Esta técnica exige monitorização constante, em todos os níveis, pois há predisposição a alterações ventilatórias pela ação da força da gravidade no sistema cardiopulmonar e pelo deslocamento do muco, que pode se organizar em quantidade maior em determinada região e promover dispneia por bloqueio momentâneo da passagem do fluxo aéreo.

A indicação de determinada postura é relativa à área estrutural da árvore brônquica a ser tratada. As contraindicações à técnica são: edema pulmonar, insuficiência cardíaca congestiva, embolia pulmonar, hemoptise ativa, pressão intracraniana acima de 20 mmHg, hemorragia ativa, instabilidade hemodinâmica, infarto do miocárdio, derrames pleurais volumosos, lesões e cirurgias medulares, além de pós-operatórios imediatos.

A drenagem postural, no caso da DPOC, deve ser indicada de acordo com a gravidade da doença; os casos moderados e graves limitam a utilização desta técnica.

A percussão pulmonar mais utilizada é a tapotagem, que gera vibrações intrapulmonares, descolando e mobilizando, através do fluxo expiratório, as secreções na direção da traqueia e, ao entrar em contato com os receptores reflexos, estimulam a tosse e a consequente eliminação da secreção. Paralelamente, a vibração manual tem o mesmo objetivo da tapotagem e, ambas, deve(m) ser executada(s) na fase da expiração, o que otimiza a expectoração.

Por serem manobras (principalmente a tapotagem) realizadas na superfície externa do tórax, possuem contraindicações: lesões pulmonares, fraturas de costelas, osteoporose, hemoptise ativa, edema agudo, tumores, metástase pulmonar e broncoespasmo.23-26

A vibração manual na DPOC deve ser utilizada sob monitorização auscultatória e a tapotagem no enfisema deve ser evitada, pois pode estimular a musculatura brônquica e provocar broncoespasmos.

Técnica de expiração forçada

A técnica de expiração forçada pode ser realizada com pequeno, médio e grande esforço, sendo dependente da força dos músculos respiratórios empreendida para expirar um determinado volume pulmonar em uma velocidade de fluxo. Também conhecida como huffing, esta técnica tem o objetivo de deslocar a secreção brônquica e direcioná-la à orofaringe para ser expectorada, com a menor alteração da pressão pleural e reduzido gasto de energia. No caso da DPOC, deve ser orientada para ser feita com redução da velocidade de fluxo, minimizando o estimulo brônquico ao broncoespasmo.10,28,27

Técnicas de tosse (explosiva e huffing)

A tosse explosiva provoca um grande gasto energético, aumentando a dispneia e a percepção subjetiva de fadiga, o que - sabe-se - é prejudicial ao paciente com DPOC. Para minimizar os efeitos deletérios da tosse explosiva, o paciente deve ser orientado a realizar tosse a partir do conhecimento das suas fases, reduzindo a velocidade do fluxo, como o huffing (técnica de expiração forçada), e com a tosse controlada, minimizando seus efeitos.14,29,27


TÉCNICAS DESOBSTRUTIVAS ATUAIS

As técnicas desobstrutivas conhecidas como atuais são: drenagem autógena, ciclo ativo da respiração, aceleração do fluxo expiratório (AFE), associação de aparelhos como o sistema de pressão expiratória positiva (PEP) e o Flutter® ou Shaker® (pressão positiva oscilatória). Porém, no enfisema, algumas técnicas estão contraindicadas por estimularem a musculatura lisa brônquica e provocar broncoespasmos, como a AFE.12,14, ,23,25,27, 28

Drenagem autógena

Realizada em três fases, a drenagem autógena tem o objetivo de remover o muco das paredes brônquicas passando pelas fases de "descolar", coletar e eliminar o muco, através da respiração com diferentes volumes pulmonares. Para doenças que apresentam probabilidade de desenvolver broncoespasmo, a velocidade do fluxo deve ser controlada, inclusive com relação à tosse.

Ciclo ativo da respiração

Também realizada em três fases, a técnica consiste em ciclos respiratórios repetidos, através de respirações predominantemente diafragmáticas, seguidas de inspirações profundas com velocidade de fluxo lento, tanto na inspiração quanto na expiração e, por fim, a eliminação da secreção através do huffing, otimizando o transporte mucociliar. Esta técnica é indicada para os portadores de DPOC que podem desenvolver broncoespasmo.

AFE (aceleração do fluxo expiratório)

Esta técnica tem como objetivo aumentar a velocidade do fluxo expiratório e, assim, permitir o deslocamento do muco no ducto brônquico. É realizada através da manobra de compressão torácica associada ao fluxo expiratório. É contraindicada para as situações que podem desencadear broncoespasmo, por estimular a musculatura brônquica.

PEP

Indicada para reduzir o aprisionamento aéreo, reverter atelectasias e mobilizar secreções através da resistência ao fluxo respiratório. Presume-se que previne o colapso das vias aéreas e desloca as secreções em direção aos brônquios de maior calibre, facilitando a sua eliminação. De acordo com a indicação, pode ser utilizada na DPOC.

Flutter® ou Shaker®

Instrumento que associa a fisiologia da PEP à oscilações de alta frequência com o mesmo objetivo da PEP. A velocidade do fluxo expiratório pode ser controlada pelo paciente, sendo também indicada para a DPOC.


RELAXAMENTO MUSCULAR

Os pacientes em esforço respiratório - seja por estarem na fase aguda ou na agudização da cronicidade, seja na fase da doença de moderada a grave - podem apresentar redução da incursão funcional da musculatura respiratória por excesso de uso, tornando-se hipertrofiada e em estado de retração. Essas alterações diminuem o movimento torácico e prejudica a ventilação pulmonar.30,27

Pacientes que ainda não apresentam tórax em tonel com alterações musculares estruturadas se beneficiam integralmente dos exercícios de alongamento e relaxamento muscular. Isto melhora a elasticidade muscular e, assim, permite a incursão funcional mais adequada da musculatura respiratória. Desta maneira, os movimentos torácicos são otimizados, o que permite a melhor expansão do tórax.

Os pacientes que apresentam quadro moderado ou grave da doença se beneficiam desta técnica de forma limitada, porém melhora a percepção subjetiva do esforço.


EXERCÍCIOS RESPIRATÓRIOS

Os padrões respiratórios utilizados objetivam conscientizar os movimentos toracoabdominais da respiração, melhorar o movimento da caixa torácica, otimizar a funcionalidade da musculatura respiratória e promover a melhora da ventilação pulmonar e a consequente oxigenação. A cinesioterapia respiratória melhora o desempenho muscular, assim como estimula a endurance, propiciando um maior condicionamento cardiopulmonar.30,27


CONCLUSÃO

A intervenção da fisioterapia respiratória nas doenças obstrutivas pulmonares e, principalmente, na DPOC promove evidente benefício relativo à ventilação pulmonar. Apesar da ausência de estudos randomizados e ensaios clínicos controlados e, também, da pouca quantidade de dados disponíveis na literatura para algumas das técnicas desobstrutivas utilizadas o tratamento fisioterapêutico resulta em maior medida de secreção eliminada e melhora da perfusão e função pulmonar observada nos exames complementares pertinentes. Após a intervenção fisioterapêutica com desobstrução brônquica, relaxamento muscular e exercícios respiratórios, ocorre a melhora dos valores gasométricos, da ausculta pulmonar, da radiografia de tórax, dos testes de função pulmonar e da percepção subjetiva de dispneia, podendo, desta maneira, ser considerada relevante no tratamento do paciente com doenças obstrutivas.

Recomenda-se que estudos randomizados e de evidência clínica sejam realizados para proporcionar embasamento científico às técnicas utilizadas pela fisioterapia respiratória.


REFERÊNCIAS

1. World Health Organization. The GOLD Global Strategy for the diagnosis, management and prevention of COPD. New York: WHO; 2008.

2. Lokke A, Lange P, Scharling H, Fabricius P, Vestbo J. Developing COPD: a 25 year follow up study of de general population. Thorax. 2006;61(11):935-9.

3. Silvestre MV, Lima WC, Steidle LJM, Garcia RCB. Comparação da percepção subjetiva de esforço e da dispnéia em pacientes com DPOC estável durante o teste de caminhada de seis minutos e o teste do degrau de cadencia livre. Rev Fisioter Ser. 2011;6(4):218-22.

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Kênia M. da Silva1
Adalgisa I. M. Bromerschenckel2

1. Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Ciências Médicas. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
2. Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Ciências Médicas. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Correspondência:
E-mail: kenia.msilva@gmail.com



Técnicas de desobstrução brônquica e expansão pulmonar na criança asmática

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A fisioterapia respiratória se constituinum valioso método coadjuvante notratamento da asma, auxiliando na redução da intensidade e freqüência dos episódios agudos através da busca doreequilíbrio físico, contribuindo para asua recuperação e reabilitação(4).

A avaliação e o tratamento fisioterapêuticoda criança com asma é baseado na situação clinica do momento. Dentre osprincipais pontos a serem considerados na avaliação, devem-se determinar o padrão ventilatório e a expansibilidade torácica, investigar a presença ou acúmulode secreções brônquicas, observaros distúrbios posturais e investigara qualidade de vida. Com os dados clínicos, pode-se traçar um plano de tratamento adequado para cada paciente(5).

Há pouco fundamento para a fisioterapiana criança em estado asmáticoou com asma aguda intratável(5). Atualmente existem várias técnicas descritaspela literatura, porém poucos estudostêm sido desenvolvidos a fim de compreender melhor sua aplicabilidade clínica e demonstrar seus resultados. Os objetivos gerais das principais técnicas utilizadas são a desobstrução brônquica, a melhora da expansibilidade torácica, a reeducação postural, o re-equilíbrio muscular e a reabilitação e o condicionamento físico.

Terapia de Higiene Brônquica

A terapia de higiene brônquica envolveo uso de técnicas não invasivas dedepuração das vias aéreas destinadas aauxiliar na mobilização e remoção desecreções e melhorar o intercâmbio gasoso(6).

Drenagem Postural

A drenagem postural utiliza a lei dagravidade de forma a favorecer a movimentação das secreções dos segmentospulmonares distais a vias aéreascentrais, de onde podem ser removidasatravés da tosse ou aspiração. O paciente é posicionado de modo a que o brônquio segmentar a ser drenado fique emposição vertical em relação à gravidade e mantido por 3 a 15 minutos, tempovariável segundo a condição e tolerânciado paciente(6).

Tosse Dirigida

A tosse assistida manualmente ou "compressão torácica" é a aplicação externade pressão sobre a caixa torácica ousobre a região epigástrica, coordenada com a expiração forçada. Nesta técnica, o paciente inspira o mais profundamente possível e, ao fim da inspiração,o terapeuta exerce uma pressão sobre amargem costal lateral ou sobre o epigástrio, aumentando a força de compressão durante a expiração. Isto simula o mecanismo normal da tosse ao gerar umaumento da velocidade do ar expiradoe pode ser útil na mobilização das secreçõesem direção a traquéia(6).

Técnica da Expiração Forçada (TEF)

É uma modificação da tosse dirigida normal. Consiste em uma ou duas expiraçõesforçadas de volume pulmonarmédio a baixo sem fechamento da glote, seguidas por um período de respiração diafragmática e relaxamento. O objetivo desse método é auxiliar a eliminação de secreções com menos alteração dapressão pleural e menor possibilidadede colapso bronquiolar(6).

Percussão e Vibração

A percussão e a vibração envolvem aaplicação de energia mecânica sobre aparede torácica utilizando as mãos ouvários dispositivos elétricos ou pneumáticos,com o objetivo de aumentar adepuração da secreção. A eficácia destas técnicas como coadjuvantes da drenagem postural permanece controversa. Isto se deve em parte ao fato de que não existe um consenso sobre o que representa a força ou a freqüência corretas destas técnicas e que não há conclusões sobre o efeito desses métodos isoladamente, uma vez que são utilizados em associação a outras manobras fisioterapêuticas(6).Huber A. L. e cols. (1974) apud Tecklin(4) relataram os efeitos da drenagem e percussão em 21 crianças com asma moderada a grave. A média do VEF1 parao grupo de tratamento aumentou em 10,5%, 30 min após a terapia. O grupo-controle teve uma leve diminuição dos valores de VEF1 durante o mesmo período do tratamento.

Asher (1990) apud Hondras e cols.(6)verificou a eficácia das técnicas desobstrutivas (percussão, vibração, TEF e drenagempostural). Trinta e oito crianças com idade entre 6 e 13 anos com asmagrave internadas na Nova Zelândia foram submetidas a tratamento fisioterapêutico, com sessões de 20-30 min, duas vezes por dia, durante dois dias. A Prova de Função Pulmonar (PFP) foiavaliada antes do primeiro e depois do último atendimento. Não houve diferenças ignificante dos resultados obtidos na PFP nos grupos de estudo e controle, embora o primeiro tivesse demonstrado melhora no fluxo expiratório(7).

Ao testar a eficácia das técnicas de fisioterapiarespiratória em casos de asmagrave, um grupo de pediatras da Nova Zelândia concluiu que programas incluindo relaxamento, posicionamento e manobras desobstrutivas não promoveram diferenças significativas no volume pulmonar e fluxo expiratório, medidos por pletismografia. Relataram, também, que algumas intervenções fisioterapêuticas como a vibração e a percussão podem ser prejudiciais à função pulmonar da criança asmática(8).

Ciclo Ativo da Respiração

Consiste em ciclos repetidos de controle respiratório, expansão torácica etécnica de expiração forçada. O controlerespiratório envolve a respiração diafragmáticasuave de volumes correntes normais com relaxamento da região torácica superior e dos ombros. Os exercícios de expansão torácica envolvem a inspiração profunda com expiração relaxada, a qual pode ser acompanhada por percussão, vibração ou compressão. A técnica da expiração forçada (TEF)subseqüente move as secreções para asvias aéreas centrais(6).

Não foram encontrados estudos publicados mostrando a utilização destatécnica no tratamento fisioterapêuticoda asma.

Válvula de Flutter

Originalmente desenvolvida na Suíça, a válvula de Flutter combina as técnicasda EPAP – Expiratory Positive Airways Pressure – com as oscilações de alta freqüência na abertura das vias aéreas. Aválvula é composta por um dispositivo em forma de cachimbo com uma bolade aço pesada localizada numa "cabeça" angulada. A cabeça do cachimboé coberta por uma tampa perfurada.Quando o paciente expira ativamenteno interior do cachimbo, a bola criauma pressão expiratória positiva de 10a 25 cm H2O. Ao mesmo tempo, o ângulodo cachimbo faz com que a válvula tremule para frente e para trás a aproximadamente 15 Hz. Quando a válvula éutilizada adequadamente, as oscilações que ela cria são transmitidas para baixo, para o interior do trato respiratório, promovendo mobilização da secreção para as vias aéreas centrais. A remoção da secreção pode ser feita através da tosseou da TEF(6).

Terapia de Expansão Pulmonar

As técnicas de expansão pulmonar aumentamo gradiente de pressão transpulmonar,seja pela diminuição dapressão pleural ou aumento da pressãoalveolar.

Espirometria de incentivo

O paciente é estimulado a realizar inspirações lentas e profundas, através de dispositivos que fornecem informações visuais de que foi atingido o fluxo ou volume desejado, pré-estabelecidos pelo fisioterapeuta. O volume inspirado alvo e o número de repetições são definidos baseando-se nos valores preditos ou nasobservações do desempenho inicial(5). Não foram encontrados estudos publicadosmostrando a utilização destatécnica no tratamento fisioterapêuticoda asma.

Terapia com Pressão Positiva: CPAP – ContinuousPositive Airways Pressure e BiPAP®

– Bi-level Positive Airways Pressure (VentilaçãoNão-invasiva - VNI)Estas técnicas são bastante eficazes notratamento da atelectasia(6) e têm sido grandemente utilizadas também no tratamentoda Insuficiência Respiratória Aguda(9). A ventilação não-invasiva éaplicada em pacientes em estado asmáticona tentativa de se evitar a ventilação mecânica através de intubação orotraqueal, o que geralmente traz complicações ao paciente com alta taxade morbi-mortalidade(10).

A CPAP mantém uma pressão pré estabelecida nas vias aéreas durante ainspiração e a expiração, que acaba por aumentar o gradiente de pressão transpulmonar através do aumento da pressãoalveolar. A BiPAP® se diferencia daCPAP pela possibilidade de se aumentaro valor da pressão inspiratória, o que, teoricamente, constituiria uma vantagem no tratamento da insuficiência respiratória aguda por reduzir o trabalho respiratório durante a inspiração. Seus principais efeitos no sistema respiratório são o recrutamento alveolar, a prevenção de colapso das vias aéreas durante a expiração e a melhora dastrocas gasosas(9).

O paciente sob CPAP/BiPAP® respira através de um circuito pressurizado contra um resistor de entrada com aspressões sendo mantidas entre 5 e 20

cm H2O. O paciente inspira e expira através de uma peça conectora "T" não valvulada, conectada a uma máscaraorofacial(6).
Um grupo de pesquisadores australianos buscaram determinar a diferença entre os tempos de tratamento da Insuficiência Respiratória Aguda (IRA)decorrente de uma Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), quando utilizados a CPAP e a BiPAP®. Dos 101 pacientes com IRA, 50 receberam tratamento com BiPAP® e 51 com CPAP. Não houve diferença nos dois grupos quantoao tempo de tratamento da agudizaçãoda DPOC. Este estudo não foi suficiente também para demonstrar a aplicabilidade dessas técnicas nos pacientes asmáticos,já que estes representavam apenas 1% do número da amostra(9).

Ram e cols.(10), em uma revisão sistemática da literatura, referem que a aplicação de VNI com pressão positiva em pacientes em estado asmático permanece controversa, embora sua aplicaçãotenha demonstrado alguns resultados promissores, assim como quando aplicada em pacientes portadores deDPOC.

Tratamentos fisioterapêuticos para a Radiculopatia Cervical

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http://www.sistemanervoso.com/images/anatomia/np_i_32.jpg

A radiculopatia cervical (RC) é um processo patológico queenvolve raízes nervosas cervicais, sendo resultado da compressãoe inflamação de uma ou mais raízes cervicais nas adjacênciasdos forames intervertebrais. Os sintomas primários mais relatados nesta afecção são os dedor no membro superior, parestesia e fraqueza no miótomoafetado, que geralmente resultam em significantes limitaçõesfuncionais e deficiências. A dor radicular braquial,com ou sem parestesia, chega a ser relatada em 80% a 100%dos casos.

As metas para o seu tratamento vislumbram eliminar os sintomas,por meio de métodos que visam reduzir a dor, restaurara força muscular e amplitude de movimento, os quais usualmente podem se apresentar como tratamentos conservadores. Em vista do potencial comprometimento funcional oferecidopelas RC, o presente trabalho tem por objetivo revisar desdea etiologia às formas terapêuticas empregadas no tratamentoconservador desta patologia.

Etiologia

A RC é uma patologia que frequentemente não possui origemtraumática, ocorrendo de forma espontânea na maioria dos casos.Relata-se que um histórico de esforço físico ou traumaocorre apenas em 14,8% dos casos. As causas mais comumenterelacionadas a tal patologia são a herniação do discocervical e espondilose cervical. As causas menos comuns de RC incluem: complicações cirúrgicas, tumores intra ou extraespinhais, avulsão traumática de raiz nervosa, cistos sinoviais, cistos meníngeos,fístula arteriovenosa dural, sarcoidose, arterites, esforço físico,compressão ganglionar78, linfoma não Hodgkin, tortuosidadeou formação de alça na artéria vertebral56, podendo ainda ocorrer sem causa identificável.

Quadro clínico

A dor é o sintoma mais característico desta patologia em seuestado agudo, todavia, esta característica diminui à medidaque a condição torna-se crônica. Os sintomas sensoriais, predominantementeparestesia, são mais comuns que os sintomasmotores e hiporreflexia profunda. A dor radicular pode seracentuada por manobras que ocasionam tração da raiz nervosaenvolvida, tal como tosse, espirro, manobra de Valsalva ou certosmovimentos e posicionamentos cervicais. Segundo a lei de Cannon, as RC poderiam causar o fenômenode "hiperalgesia miálgica" ou "supersensibilidade à denervação"nos músculos inervados pelos axônios comprometidos39.Letchuman et al. (2005)61 sugerem que a tensão muscular ipsilateralà RC pode ser resultado de um destes fenômenos.

A fisioterapia pode aumentar a força da extremidade superior afetada, sua destreza, coordenação, melhorar as atividades devida diária, aumentar a amplitude de movimento da articulação do ombro e diminuir espasmos musculares cervicais. Além disso, benefícios clínicos importantes relativos à redução dador e aumento da função têm sido reportados em pacientes portadores de patologia cervical crônica.

As opções terapêuticas da fisioterapia atuam como procedimentos complementares na redução de quadros álgicos e alterações osteomioneuroarticulares. Diversos recursos fisioterapêuticos têm sido avaliados, através da associaçãoentre modalidades como: tração cervical, cinesioterapia, aplicação de calor superficial e profundo, crioterapia, educação ergonômica, terapia paraganho de amplitude de movimento, condicionamento geral, mobilização e manipulação, estimulação elétrica nervosatranscutânea (TENS) e massoterapia.

Manipulação e mobilização da coluna vertebral.

Alguns autores preconizam uma diminuição imediata da dororiunda de RC, em virtude da utilização de manipulação e mobilização da coluna vertebral. Dados da literatura referem tal terapêutica como sendo um método de grande valiaa ser empregado previamente ao tratamento invasivo das RC. Esta técnica demonstra-se bastante proveitosa uma vez que determina resultados terapêuticos efetivos, poucos riscos de complicação,e não apresenta efeitos colaterais tai quais os da terapiamedicamentosa e cirúrgica50, 60, 89. Segundo Pikula (1999)78,a manipulação vertebral na coluna cervical além de diminuir,de forma imediata, a dor aumenta a amplitude de movimento das articulações comprometidas. Notoriamente, pacientes come sem compressão de raiz nervosa secundária à herniação dodisco cervical respondem bem a esta forma de tratamento8.

Tração cervical

Alguns dos efeitos fisiológicos da tração cervical incluem a estimulaçãodos receptores teciduais de alongamento e mecanoceptoresque proporcionam o alívio da dor e redução do tônusmuscular, descompressão de estruturas articulares, vascularese do tecido nervoso.Diversos estudos relatam que a tração mecânica da colunacervical resulta em um aumento dos espaços intervertebrais erelaxamento de estruturas musculares. Joghataei etal. (2004) 51 evidenciaram que a tração cervical mecânica reduzo déficit de preensão palmar em indivíduos portadores de RC. Por sua vez, Constantoyannis et al. (2005)21 demonstraram pormeio da aplicação desta mesma terapêutica, em pacientes portadoresde RC decorrente de hérnia discal, uma melhora dossintomas e diminuição da herniação do disco intervertebral.

Em um estudo ainda mais recente deduziu-se que a tração mecânicamanual, em indivíduos assintomáticos, é capaz de gerarum aumento estatisticamente significativo no comprimento dacoluna cervical92. Todavia, Young et al. (2009)108 demonstram que a tração mecânica cervical em adição a um tratamento multimodal de terapias manuais e exercícios não apresenta rendimentos adicionais ao alivio da dor, ganho funcional ou redução das deficiências em portadores de RC. Portanto, a literatura ainda carece de evidências convincentes quanto aosefeitos positivos possivelmente gerados pela utilização destamodalidade em casos agudos ou crônicos10, 80.

Termoterapia

A termoterapia por adição de calor poderia ser um recurso recomendávelao tratamento das RC, uma vez que a mesma tendea aumentar a circulação local, relaxar os músculos acometidose diminuir a tensão muscular provocada por tal patologia.Todavia, a literatura refere10, 74 que tal modalidade terapêuticanão gera benefícios significativos ao controle da dor.A crioterapia pode ser utilizada para tratar pontos de tensãomuscular46, contudo, no caso das RC que apresentam pontos detensão no membro superior, o tratamento deve ser direcionadoà região cervical e não à área aparentemente afetada61.

Ultra-som terapêutico e estimulação elétrica nervosa transcutânea(TENS)

Quanto à utilização destes métodos, alguns estudos consideramque tais métodos de tratamento não demonstram benefícios ao manejo das RC74, 80.Campo eletromagnético pulsado A terapia por campo eletromagnético pulsado demonstra serum recurso de grande valia neste tipo de afecção uma vez quea mesma demonstrou redução significativa da dor e ganho naamplitude de movimento cervical10, 11, 47, 64.

Cinesioterapia

O fortalecimento da musculatura flexora cervical profunda parece ser uma boa opção ao manejo cinesioterapêutico destapatologia20.Orientações posturaisApesar dos benefícios relacionados à melhoria da mecânicacorporal, são necessárias evidências mais concretas quanto aosresultados da educação postural no tratamento das RC10, 80.

Acupuntura

Um recente estudo demonstra que a acupuntura é uma modalidadeterapêutica valorosa no tratamento da dor causada por espondilosecervical63. Por sua vez, a eletroacupuntura demonstrou-se uma opção satisfatória no tratamento de dores cervicais crônicas. Todavia, um estudo de revisão prévio conduzidopor White e Ernst (1999)104 denotou efeitos positivos e negativos da acupuntura de forma equilibrada, quando a mesma erautilizada para o tratamento da dor cervical. Outra revisão da literatura refere que a acupuntura exerceu um efeito negativoou não apresentou efeitos na abordagem das dores cervicais.

Portanto, esta técnica não traz benefícios suficientemente respaldadospara que seja empregada no tratamento de patologiasque gerem dores cervicais, sendo necessárias mais investigaçõespara suportar sua empregabilidade.Uso do colar cervical. Considerando os efeitos adversos provocados pela imobilização prolongada nos tecidos4 e o fato de que o uso do colarcervical é uma intervenção inteiramente passiva, seu uso apropriadodeve ser o de adjuvante para propósitos paliativos e nãocomo tratamento primário. Sua utilização apresenta evidências inconclusivas ou não denotabenefícios na redução do quadro álgico. É ainda importante ressaltar que seu uso pelo período de 72 horas provavelmente prolonga as deficiências geradas pela patologia80.

Considerações finais

As RC frequentemente resultam de hérnia discal ou espondilosecervical, sendo uma causa comum de dor e parestesia nomembro superior. O exame clínico, estudos radiográficos e eletrodiagnósticospossibilitam uma localização acurada da patologia.Seu tratamento conservador é multidisciplinar e apresentabons resultados, todavia são necessários mais estudos a esterespeito, em virtude de controvérsias observadas na literatura.

Fonte

Exercícios de fisioterapia na entorse do tornozelo

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Exercícios demobilizaçãoefortalecimentosãobenéficos, desde que a lesão esteja devidamente estabilizada. A fisioterapiatambém podeincluirtécnicas de  eletroterapia para reduzir a dore inchaço.

Se o
tratamentoconservadornãoaliviaros sintomas, a cirurgia podeser necessária. A cirurgia podeenvolvera remoçãodosossosefragmentos de cartilagemsoltosno interior daarticulaçãoe restabelecer à articulação um espaço ideal para a cicatrização e cura da lesão. Nesse caso a fisioterapia apenas deve começar entre 6-7 semanas após a cirurgia, quando já não há risco de provocar um agravamento da lesão.
Os seguintesexercícios são geralmente prescritos apósa confirmaçãode que a lesão não envolve fratura, ou que esta está consolidada. Deverão serrealizados2 a 3vezespor diaeapenasna condição denãocausaremouaumentaremos sintomas.



Flexão/extensão do pé
Deitado, com o calcanhar fora da cama, puxe a ponta do pé e dedos para si, depois empurre pé e dedos para baixo.
Repita entre 15 e 30 vezes, desde que não desperte nenhum sintoma. 



  Flexão resistida do

Sentado, com o elástico na ponta do pé. Puxe a ponta do pé para cima, depois deixe o pé voltar lentamente à posição inicial.
Repita entre 8 a 12 vezes, desde que não desperte nenhum sintoma.




 Propriocepção do tornozelo

Em pé, apoiado na perna lesada e com esse joelho ligeiramente dobrado. Tente manter o equilíbrio sem apoiar os braços e olhando em frente. Mantenha esta posição entre 15 a 30 segundos.

Repita entre 5 a 10 vezes, desde que não desperte nenhum sintoma.




Princípios Fisiológicos do Aquecimento e Alongamento Muscular na Atividade Esportiva

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Entende-se por aquecimento todas as medidas que servem como preparação para a atividade, seja para o treinamento ou para competição, cuja intenção é a obtenção do estado ideal físico e psíquico bem como preparação cinética e coordenativa na prevenção de lesões(1). Para Mcardle et al.(2), o aquecimento é a primeira parte da atividade física.

O alongamento é uma manobra terapêutica utilizada para aumentar a mobilidade dos tecidos moles por promover aumento do comprimento das estruturas que tiveram encurtamento adaptativo(3), podendo ser definido também como técnica utilizada para aumentar a extensibilidade musculotendínea e do tecido conjuntivo periarticular, contribuindo para aumentar a flexibilidade articular, isto é, aumentar a amplitude de movimento (ADM). Suas modalidades são: alongamento estático, alongamento balístico e alongamento por facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP)(4-6).

Numerosas técnicas de alongamento têm sido desenvolvidas, registradas, e aplicadas por fisioterapeutas e educadores físicos. Na fisiatria e fisioterapia, alongamentos são usados para melhorar a ADM e função após trauma e períodos de imobilização(4). O objetivo desta revisão é abordar os princípios fisiológicos do aquecimento e alongamento, correlacionando-os às atividades esportivas, relatando seus efeitos e benefícios.

Métodos

Foi desenvolvido o seguinte método para o levantamento da literatura correspondente: tipos de estudos – ensaios clínicos prospectivos e randomizados, artigos e livros publicados em datas compreendidas de 1978 a 2008, que apresentaram informações relevantes e referentes à discussão em questão; estratégia de busca para identificação dos estudos: utilização de meios eletrônicos, incluindo as bases de dados PubMed.

A busca foi realizada nas línguas inglesa e portuguesa. Somente estudos passíveis de ser obtidos em sua íntegra foram analisados. Para isso, foram utilizadas as seguintes palavras-chave, por lógica booleana (palavras combinadas por "AND"): aquecimento (warm-up), alongamento muscular (muscle stretching), sarcômero (sarcomere), lesão (injury).

Todos os resumos obtidos por meio das diferentes estratégias de busca foram avaliados e classificados em: a) elegíveis: estudos que apresentam relevância e têm possibilidade de ser incluídos na revisão; b) não elegíveis: estudos sem relevância, sem possibilidade de inclusão na revisão sistemática.

Resultados

O primeiro levantamento das palavras-chave, por meio de pesquisa eletrônica e sem filtragem, indicou 1.780 artigos. Realizada a primeira filtragem, foram obtidos 183 artigos. Após a aplicação de todos os critérios de elegibilidade, selecionou-se 72 artigos para serem analisados. Foram descartados 16 artigos por não apresentarem conteúdo relevante à pesquisa e outros quatro por não terem sido obtidos em sua íntegra. Do total, dezoito (34,62%) foram escritos em português e trinta e quatro (65,38%) em inglês.

Discussão

Efeitos e benefícios do aquecimento muscular

O aquecimento pode ser do tipo ativo ou passivo, geral ou específico. Aquecimento ativo consiste em movimentos de baixa intensidade e que são eficazes na elevação da temperatura corporal, promovendo aquecimento dos tecidos e produzindo uma variedade de melhorias nas funções fisiológicas. Já o aquecimento passivo inclui fontes de calor externas como duchas quentes, fricção, massagem ou até mesmo diatermia(1,6).

O aquecimento geral ativo possibilita um funcionamento mais dinâmico do organismo como um todo, cuja realização mobiliza grandes grupos musculares, como ocorre em um trote leve. Já o aquecimento específico consiste em exercícios específicos para uma modalidade, visando grupos musculares mais selecionados, provocando redistribuição do sangue que se encontra em grande porcentagem retido no trato gastrointestinal, de modo a favorecer maior irrigação da musculatura a ser recrutada, suprindo-a com mais oxigênio e possibilitando alcançar uma temperatura ideal(1,6).

Para Weineck(1), o objetivo central do aquecimento geral ativo é obter aumento da temperatura corporal e da musculatura, bem como preparar o sistema cardiovascular e pulmonar para a atividade e para o desempenho motor. Atividades de aquecimento são necessárias para preparar o corpo para a atividade física vigorosa porque aumentam o desempenho e diminuem o risco de lesão muscular. Intensidade moderada de aquecimento ativo e aquecimento passivo pode aumentar o desempenho muscular de 3 a 9%(6).

O aquecimento geral deve ser ativo, não muito intenso, envolvendo principalmente os músculos que serão utilizados durante a execução do exercício. O aquecimento específico ativo dá continuidade ao aquecimento geral ativo, visto que o aumento da temperatura corporal não implica em aumento automático da temperatura dos músculos. Conforme ilustra a figura 1 a seguir, a temperatura muscular durante o aquecimento eleva-se mais lentamente(1).

Para Tortora e Grabowsky(7) à medida em que a temperatura aumenta, dentro de limites, aumenta a quantidade de O2 liberado da hemoglobina. O calor é subproduto das reações metabólicas de todas as células, e o calor liberado pela contração das fibras musculares durante o aquecimento tende a elevar a temperatura do corpo promovendo a liberação de O2 da oxiemoglobina e o aumento do aporte sanguíneo em direção aos músculos envolvidos.

O aquecimento deve ser progressivo e gradual e proporcionar intensidade suficiente para aumentar as temperaturas musculares e centrais sem produzir fadiga nem reduzir as reservas de energia(2,8). O aquecimento tem o potencial de melhorar o desempenho na prática esportiva porque permite a adaptação mais rápida do corpo ao estresse do exercício e, consequentemente, permite maior tempo do estado estável do exercício e/ou melhor capacidade de concentração nas habilidades adicionais que devem acompanhá-lo(9).

 

Figura 1. O aumento da temperatura corporal (TC) e da temperatura muscular (TM) durante 30 minutos de aquecimento.

Fonte: Weineck(1), 2003, p. 620.

Dentre os benefícios do aquecimento estão relacionados aumento da temperatura muscular e do metabolismo energético, aumento da elasticidade do tecido (os músculos, os tendões e os ligamentos tornam-se mais elásticos, o que proporciona diminuição do risco de lesão), aumenta a produção do líquido sinovial (aumentando a lubrificação das articulações), aumento do débito cardíaco e do fluxo sanguíneo periférico, melhora da função do sistema nervoso central e do recrutamento das unidades motoras neuromusculares. Estas modificações provocam melhoria na fluidez e na eficácia do gesto esportivo prevenindo os problemas articulares(1,9-16). Além disso, reduz a atividade da fibra gama e, consequentemente, a sensibilidade do fuso muscular e aumenta a sensibilidade dos OTGs contribuindo para o relaxamento muscular(13).

Segundo Weineck(1), a velocidade de condução do impulso nervoso também aumenta, resultando em maior velocidade de reação e coordenação dos movimentos. Um aumento de temperatura de 2ºC corresponde a aumento de 20% da velocidade de contração. Além disso, todas as reações bioquímicas ficam mais rápidas com aumento da temperatura de até 20%, explicado pelo fato de que a velocidade de uma reação endotérmica é favorecida pelo aumento da temperatura. O mesmo autor refere que a velocidade do metabolismo aumenta em função da temperatura, de modo que para cada grau de temperatura aumentado observa-se aumento de 13% sobre a atividade metabólica.

A temperatura compreendida entre 38,8 e 41,6ºC é tida como apropriada para atingir a plasticidade das fibras musculares. A uma temperatura de 20 a 30ºC, o tecido requer cerca de três vezes mais força de tração para efetuar um alongamento específico se estes resultados forem comparados aos observados a 43ºC. A plasticidade do tecido conectivo sob alongamento moderado aumenta à medida em que a temperatura tecidual é elevada até a temperatura máxima tolerada, que é de aproximadamente 43ºC(13).

Wilmore e Costill(17) citam que cada sessão de endurance deve terminar com um período de "volta à cama", ou resfriamento, que é melhor conseguido realizando a diminuição gradativa da atividade de endurance durante os minutos finais da prática esportiva. Esta medida justifica-se por ajudar a impedir o acúmulo de sangue nas extremidades, visto que a interrupção abrupta da atividade após um período de exercício de endurance acarreta acúmulo de sangue nas pernas. Há ainda de se considerar que as concentrações de catecolaminas podem estar elevadas durante o período de recuperação imediata, podendo levar a arritmia cardíaca fatal.

Bases fisiológicas do alongamento

Alongamento é o termo usado para descrever os exercícios físicos que aumentam o comprimento das estruturas constituídas de tecidos moles e, consequentemente, a flexibilidade(18). Entende-se por flexibilidade a capacidade física responsável pela execução voluntária de um movimento de amplitude angular máxima, superiores às originais, porém dentro dos limites morfológicos(19,20). Para Dantas(20), o trabalho de flexionamento exige grandes amplitudes de movimentos, superiores aos de alongamento, o que gera um razoável risco de distensão muscular.

Definir que, até determinado alcance de movimento (ADM), este é dado como alongamento muscular e que, ultrapassando este limite, torna-se flexibilidade é um argumento defendido de forma incoerente, pois segundo Astrand e Rodahl(21) os fatores limitantes da flexibilidade residem no comprimento dos músculos, e o exercício que produz alongamento muscular resulta em aumento da flexibilidade.

A figura 2 mostra graficamente a relação comprimento-tensão para o músculo, e apresenta como a força de contração muscular depende do comprimento dos sarcômeros, componente ativo do tecido muscular. Quando os sarcômeros da fibra muscular são distanciados até o comprimento maior, a zona de sobreposição diminui, consequentemente, a tensão, que pode ser gerada pela fibra, diminui. Quando a fibra muscular esquelética é estirada a 170% de seu comprimento ótimo, não existe mais sobreposição entre os filamentos finos (miosina) e grossos (actina), surge então o denominado estiramento (distensão) muscular(7).

Figura 2. Esquema do comprimento e tensão do sarcômero. Fonte: Tortora e Grabowsky(7), 2002, p. 255.

A força desenvolvida por um músculo é maior no seu comprimento de repouso, já que esta posição permite a ativação de todas as possíveis pontes cruzadas entre actina e miosina(22). À medida que o músculo se encurta ocorre diminuição das ligações entre as proteínas contráteis porque ocorre sobreposição dos filamentos, com diminuição da tensão que pode ser desenvolvida. De forma semelhante, se o músculo for alongado além do seu comprimento de repouso, o número de pontes cruzadas também diminui, visto que a sobreposição dos filamentos se reduz drasticamente(7,23,24).

Quando o comprimento do sarcômero em toda a extensão da fibra muscular torna-se muito pequeno em relação ao comprimento ótimo, a capacidade de gerar tensão máxima diminui consideravelmente, gerando a condição denominada de encurtamento muscular. Em resumo, a força gerada pela contração muscular depende da quantidade de pontes cruzadas entre os filamentos de actina e miosina no interior dos sarcômeros(23).

Os efeitos do alongamento podem ser divididos em agudos e crônicos. Os agudos ou imediatos são resultado da flexibilização do componente elástico da unidade musculotendínea. Já os efeitos crônicos resultam em remodelamento adaptativo da estrutura muscular, explicado pelo acréscimo do número de sarcômeros em série, o que implica em aumento do comprimento muscular(5,25). Estes efeitos podem permanecer por determinado período após a interrupção dos exercícios(5). Para que ocorram aumentos de comprimento mais permanentes (plásticos), a força de alongamento precisa ser mantida por um tempo mais longo(3). Os exercícios de alongamento estimulam a renovação de colágeno para suportar maior estresse(13).

Para Shrier e Gossal(26), são benefícios do alongamento a diminuição direta da tensão muscular através das mudanças viscoelásticas passivas ou diminuição indireta devido à inibição reflexa e à consequente mudança na viscoelasticidade oriundas da redução de pontes cruzadas entre actina e miosina. A tensão muscular diminuída permite, então, aumento da amplitude articular.

O arco reflexo na musculatura esquelética constitui-se em importante mecanismo de ajuste do nível de contração muscular a ser realizado, uma vez que mantém o centro integrador constantemente informado sobre o estado de estiramento e tensão, no qual os receptores periféricos envolvidos são, respectivamente, os fusos musculares e os órgãos tendinosos de Golgi (OTGs)(2).

Os fusos musculares apresentam fibras chamadas intrafusais, dispostas em paralelo no ventre muscular com as fibras musculares (extrafusais), possibilitando que um alongamento muscular vigoroso seja percebido pelas terminações sensoriais situadas na região mais central do fuso, as quais sinalizarão para o centro integrador na medula, através do aumento de impulsos nervosos por via aferente. Como resposta a este estímulo, os motoneurônios alfa iniciam contração da musculatura agonista ao movimento e inibição da musculatura antagonista. A esse mecanismo de ação por feedback dá-se o nome de reflexo de estiramento(7,16,24,27,28).

O OTG apresenta suas fibras dispostas em série com as fibras musculares junto aos tendões. Suas terminações sensoriais se entrelaçam com as fibras dos tendões de modo que sempre que houver aumento de tensão no músculo essas fibras serão sensibilizadas, sinalizando para o centro integrador pela via aferente. A resposta produzida, entretanto, irá se contrapor à obtida com a sensibilização do fuso, inibindo a contração da musculatura agonista e estimulando a contração dos antagonistas ao movimento quando a tensão no músculo alcançar níveis críticos. A esse mecanismo dá-se o nome de reflexo tendinoso(7,16,24,27,28).

A distensão muscular está entre as lesões mais comuns observadas em consultórios de ortopedistas e fisiatras. Esta lesão não resulta de contração muscular isolada, ao invés disso, resultam de alongamento excessivo ou alongamento simultâneo à ativação muscular. Geralmente ocorre durante potentes contrações musculares excêntricas utilizadas para controlar ou desacelerar os movimentos de alta velocidade(6,22,29-33).

A cicatrização das lesões parciais é caracterizada por uma resposta inflamatória inicial seguida de uma fase marcada por fibrose cicatricial. Após a lesão ter ocorrido, o músculo encontra-se mais fraco e com risco de recidivas. A lesão de um músculo distendido está localizada muito próxima da junção musculotendínea, provavelmente porque os sarcômeros terminais são mais rígidos do que os sarcômeros do ventre muscular(6,22,29,30,32). Para Shrier(34), uma das possíveis razões da distensão deve-se à heterogeneidade do comprimento dos sarcômeros durante a atividade muscular – enquanto uns sarcômeros encontram-se em posição de maior comprimento, outros encontram-se encurtados.

Os músculos mais envolvidos em lesão por distensão são os isquiotibiais, o reto femoral, gastrocnêmio, adutor longo e bíceps braquial. Biomecanicamente, a combinação de dois movimentos articulares pode aumentar o estresse sobre a relação comprimento-tensão do músculo, deixando-o mais suscetível à lesão. Recursos como aquecimento e alongamento apresentam efeitos benéficos na prevenção desta lesão(22,29,30,32).

Repercussão do não alongamento após a prática esportiva

Em atividades físicas nas quais as fibras musculares tenham sido recrutadas durante vários minutos ou até mesmo por horas, como ocorre em atletas de grande porte (ex. ciclistas, maratonistas), milhares de contrações dos sarcômeros são realizadas e, por este motivo, é natural que as unidades motoras encontrem-se com sua zona de sobreposição aumentada, realidade que predispõe o desenvolvimento de encurtamento muscular caso um alongamento direcionado às cadeias musculares recrutadas não seja realizado após o término dos exercícios(3).

A prática de alongamento no final do esforço físico tem por finalidade evitar o encurtamento muscular, devido às fortes e sucessivas contrações musculares ocasionadas pelo treinamento(18). O encurtamento do sistema muscular gera como consequências o aumento do gasto energético, desestabilização da postura, utilização de fibras musculares compensatórias, compressão das fibras nervosas, aumento das incidências de cãibras e dor, além de prejuízo da técnica nas habilidades esportivas. Exercícios de alongamento são fundamentais para a prevenção e o tratamento de encurtamento muscular(13).

Músculos mantidos habitualmente na posição encurtada tendem a perder elasticidade, mostrando-se fortes somente aos testes na posição encurtada, porém fracos quando estão alongados. Esta condição é conhecida como fraqueza por encurtamento. Em contrapartida, músculos mantidos habitualmente na posição alongada tendem a se mostrar mais fracos aos testes devido a uma mudança na curva comprimento-tensão, circunstância denominada fraqueza por alongamento(3).

O sistema muscular acometido por encurtamento aumenta a estimulação dos agonistas via fuso muscular ao acionar o músculo para contrair-se, tornando-o mais rígido e os seus antagonistas mais frouxos. Consequentemente, instala-se um sistema muscular hipotônico antagonista e um hipertônico agonista, surgindo a assimetria(13).

Ciclistas de categoria competitiva podem chegar a realizar cerca de 5.000 pedaladas por hora de treino(35). Devido a esta realidade, músculos como reto femoral, ísquios-tibiais e gastrocnêmio tendem a ser os maiores alvos de encurtamentos pelas suas características biarticulares; e para alongar estes músculos eficientemente, duas articulações devem ser trabalhadas em conjunto, detalhe que nem todos ciclistas têm conhecimento. Consequentemente, há uma tendência dos ciclistas apresentem encurtamentos dos músculos supracitados.

Repercussão do alongamento anterior à prática esportiva

Alongamentos antes da atividade física tem sido prática tradicional realizada pelos atletas durante muitos anos como parte do aquecimento. Para o treinamento de força, comumente recomenda-se aos atletas a realização prévia de alongamentos estáticos sem saber a real repercussão sobre o desempenho esportivo. Esta recomendação tem sido baseada na ideia de que o alongamento melhora o desempenho, evita lesões e aumenta a flexibilidade(36-38). Muitos preparadores de atletas e profissionais que trabalham com reabilitação ainda recomendam que os seus atletas ou pacientes alonguem antes de efetuar o reforço de fortalecimento ou testes de avaliação de força(12,34,39-41). Pesquisas recentes têm mostrado que não há provas científicas para apoiar esta prática(36-38,40,42).

Vários estudos demonstram que carga aguda de alongamento muscular passivo pode diminuir o desempenho em certos movimentos para os quais o sucesso depende da máxima força e/ou potência produzida(34,38,40,42,44-47). Os alongamentos estáticos e PNF são os que mais comprometem a produção de força. Muitos autores têm especulado que esta diminuição induzida pelo alongamento é causada pela redução de rigidez musculotendínea, o que reduz a capacidade do músculo quanto à eficácia na geração de força(44,48). Tem sido demonstrado que rigidez musculotendínea permite maior produção de força pela contração dos seus componentes quando comparada com um componente musculotendíneo complascente(49).

Para Shrier(34), a prática de alongamento estático e PNF diminui a habilidade de contração m

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Como se alongar depois de trabalhar no computador

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Como se alongar depois de trabalhar no computador

Passar horas na frente de um computador não é fácil. Além do estresse do trabalho, a musculatura parada muito tempo numa mema posição traz a sensação de esgotamento. O estresse que lhe pode causar o trabalho, a vista cansada e a tensão muscular são os três fatores que contribuem para o levar a essa sensação. No entanto, é possível reduzir o desconforto realizando simples exercícios depois de cada período de trabalho. Veja algumas dicas para alongar ainda no posto de trabalho, em frente ao computador

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  1. Suas mãos sofrem muito quando você passa muitas horas teclando ou movimentando o mouse, especialmente se não adota a postura adequada. Para evitar problemas pode fazer movimentos com as palmas das mãos para cima e para baixo e também movimentos giratórios. Outra atividade interessante consiste em alongar e encolher os dedos repetidamente.

  2. O pescoço também sofre com a nossa postura enquanto trabalhamos no computador, sobretudo se oestiver numa posição forçada. Um exercício muito simples para relaxar o pescoço é mover lentamente a cabeça da esquerda para a direita, como se estivesse fazendo um gesto de negação.

    Também pode prevenir e eliminar a dor cervical movendo a cabeça de forma a que a orelha toque no ombro.

  3. Para alongar os ombros depois de um longo período em frente ao computador deverá levantá-los e baixá-los de forma lenta mas sem parar, em movimentos repetitivos, como se estivesse nadando.

  4. Para o seguinte exercício necessitará de uma cadeira. Sentado nela com as pernas separadas, cruze os braços sobre o peito e flexione o corpo para baixo o mais que puder.

  5. Se tiver dores na zona lombar, deve alongue-se sobre o chão de modo a que toda a coluna entre em contato com o mesmo. Para facilitar a postura, coloque os pés sobre algo elevado, como uma caixa. Esta posição irá permitir-lhe relaxar a zona lombar. Consulte ainda neste artigo outras dicas para aliviar dores na zona lombar.

  6. Por último, queremos adverti-lo para o fato de que muitos destes desconfortos causados durante o trabalho ao computador podem ser prevenidos se souber como sentar corretamente, adotando uma postura que não represente problemas para seu corpo.


Dor ciática é um sintoma derivado de outro problema

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Má postura, rotina agitada, sedentarismo e excesso de peso estão entre as principais causas das dores nas costas. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 85% da população sofre ou ainda vai sofrer desse mal moderno. Além de prejudicar a qualidade de vida, as dores nas costas representam um impacto socioeconômico importante.

Saiba mais sobre Hérnia de Disco

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A dor no nervo ciático, muitas vezes confundida com doença, é na verdade um sintoma derivado de outros problemas. Em aproximadamente 90% das vezes, as dores são causadas pela hérnia de disco, pela ruptura ou pelo deslocamento dos discos. Os outros 10% podem ser causados por espasmos ou fadiga de músculos da região do glúteo. Esses problemas são criados pela repetição de atividades físicas pesadas e posturas incorretas.

Localizado entre a região lombar e a parte mais baixa das pernas, passando pelas nádegas, o nervo ciático é o que tem a estrutura mais longa do corpo humano. Ele é responsável pela sensibilidade, mobilidade e articulações dos membros inferiores. Quando há uma inflamação ou compressão nesse nervo, pode ocorrer a dor ciática. Quem sofre com ela geralmente reclama de fisgadas, queimação e formigamento na região afetada. Em alguns casos, a dor é tão forte que a sensibilidade da perna diminui ou a pessoa não consegue se mexer.

Na maioria dos casos, há um aumento gradual da dor, que pode piorar depois de ficar em pé ou sentado por muito tempo, durante a noite, ao espirrar, tossir ou rir ou ao se dobrar para trás ou andar por muito tempo. A dor ocorre mais frequentemente de um só lado, mas pode aparecer nas duas pernas. O exame clínico bem feito é fundamental para identificar a causa da dor ciática. Existem exames específicos que determinam as causas suspeitas. Eles podem mostrar reflexos anormais ou ausentes, ou fraqueza ao dobrar o joelho ou ao movimentar os pés.

Como a dor ciática é um sintoma de outra doença, o tratamento deve ser direcionado à causa identificada. É muito comum o paciente ser tratado somente dos sintomas, mas a causa continua presente levando esse paciente a novos episódios de dor e recorrências em curto espaço de tempo. Por isso, um tratamento com medicamentos prescritos por médico, juntamente com a fisioterapia para descompressão da raiz nervosa, garantem o sucesso de todo o tratamento.

O tratamento deve ser direcionado, tendo como objetivo descomprimir esse nervo através de procedimento fisioterapêutico não convencional, que utiliza aparelhos modernos de tração eletrônica e descompressão dinâmica, além das principais técnicas de terapia manual. Em conjunto são realizados exercícios terapêuticos de estabilização estática e dinâmica para o fortalecimento da musculatura, a fim de evitar novos episódios. O principal objetivo de um tratamento especializado é reabilitar o corpo como um todo e apenas 10% dos casos são cirúrgicos.

Osteoporose ataca 10 milhões de pessoas no Brasil e a maioria mulher

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Nos Estados Unidos, cerca de 10 milhões de adultos têm osteoporose e outros 34 milhões têm osteopenia (baixa densidade óssea), o que os coloca em risco de desenvolver a doença.

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Saiba informações da Sua Saúde


De acordo com um relatório do escritório do Surgeon General's office, em 2020, metade dos americanos, acima de 50 anos, poderá estar em risco de desenvolver a doença. Por lá, 70% das pessoas com osteoporose são mulheres.

No Brasil, os dados são parecidos, com cerca de 10 milhões de pessoas com a doença, a maioria também é do sexo feminino. Por aqui, os levantamentos apontam que 20% dos brasileiros correm o risco de desenvolver osteoporose nos próximos anos.

Quando se leva em conta apenas o gênero, os homens levam uma vantagem em relação à osteoporose: contam com uma maior densidade óssea durante boa parte da vida e perdem cálcio em um ritmo mais lento do que as mulheres, já que a menopausa é mais precoce que a andropausa. No entanto, é preciso ser vigilante e saber que os homens mais idosos apresentam riscos reais para a osteoporose.

Nas mulheres, eventos associados com deficiências de estrogênio são os principais fatores de risco para a osteoporose.

Dentre estes eventos, destacam-se:

-- A menopausa: cerca de cinco anos após a menopausa, o risco de fratura aumenta dramaticamente. As fraturas no punho ou na coluna são as mais prováveis de ocorrer neste período. Sua ocorrência é um indicador que a paciente está com osteoporose, independente dos resultados da densitometria óssea. Pior, estas fraturas indicam que futuramente a paciente pode sofrer uma perigosa fratura do quadril.

-- A remoção cirúrgica dos ovários, o que levará a alterações hormonais

-- Nunca ter tido filhos

-- Anorexia nervosa: o peso corporal extremamente baixo pode afetar a produção de estrogênio.

Nos homens, baixos níveis de testosterona aumentam o risco de osteoporose. Certas condições médicas (hipogonadismo) e tratamentos (câncer de próstata com privação de andrógenos) podem causar deficiências de testosterona. Porém, isto é menos frequente de ocorrer na população em geral que a menopausa, por exemplo. Daí o fato de observamos mais osteoporose em mulheres que em homens.

Além do gênero, a idade avançada – o envelhecimento provoca uma perda natural de massa nos ossos  – e a etnia  – todos os grupos étnicos são suscetíveis a desenvolver osteoporose, no entanto, caucasianos e asiáticos apresentam um risco comparativamente maior – também são fatores de risco fixos para a doença. A história familiar pesa muito também: pessoas cujos pais apresentam um histórico de fraturas podem ser mais propensas a ter fraturas.

Fatores de risco em crianças e adolescentes

A densidade máxima óssea, alcançada um pouco depois do final do crescimento, é um fator importante para sabermos quando uma pessoa poderá desenvolver osteoporose.

Pessoas, geralmente mulheres, que desenvolvem um baixo pico de massa óssea estão com um alto risco de desenvolver osteoporose precoce.

Algumas crianças apresentam maior propensão de não alcançarem um bom pico de desenvolvimento ósseo.

Neste grupo encaixam-se:
-- Os prematuros
-- Os que têm anorexia nervosa
-- O que apresentam puberdade tardia ou ausência anormal de períodos menstruais

Embora em grande parte, a genética possa auxiliar a prever a nossa saúde óssea, exercícios e boa alimentação, durante as três primeiras décadas de vida - quando o pico de massa óssea é atingido - ainda são excelentes salvaguardas contra a osteoporose e outros inúmeros problemas de saúde.

O bom funcionamento da próstata

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A próstata é uma glândula exclusiva do sexo masculino e possui função biológica relevante na fase reprodutora do homem. O câncer nesta glândula é a segunda maior causa de mortes masculinas pela doença.

Ela compõe o aparelho genital masculino, está localizada abaixo da bexiga e a sua função é produzir o líquido prostático que ajuda no transporte e na nutrição dos espermatozoides.

Para seu bom funcionamento, o indivíduo precisa manter os cuidados com a saúde. Deve-se primeiramente se prevenir de doenças sexualmente transmissíveis e, a partir dos 40 ou 45 anos, deve-se acompanhar regularmente com urologista. Vida saudável, boa dieta alimentar com baixo teor de gordura e a ingestão de alguns alimentos como tomate, linhaça e brócolis também colaboram para o bom funcionamento da próstata, pois são ricos em nutrientes que previnem o surgimento do câncer.

Os principais problemas da próstata são: HBP (Hiperplasia Benigna da Próstata), que é o crescimento da glândula, processos infecciosos – prostatites –, e o mais temido, que é o câncer da próstata – cuja maior incidência é em indivíduos com mais de 50 anos, negros e também em quem tem casos de histórico familiar.

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O diagnóstico é feito a partir da história clínica de cada paciente. O especialista avalia os sintomas apresentados no exame físico – toque retal – juntamente com os exames complementares, como o PSA (antígeno prostático específico), proteína que só a próstata produz e que se eleva muito nos casos de câncer.

Os tratamentos dessas doenças podem ser variados – clínicos ou cirúrgicos –, mas isso depende de cada situação e do estágio que a doença se apresenta, além da idade do paciente e das suas condições clínicas.

Existem dois tipos de prostatectomia, ou remoção da próstata: a radical, indicada em casos de câncer, que pode ser feita de várias formas – laparoscopia (vídeo), cirurgia tradicional ou robótica – técnica mais recente utilizada nesses casos. Ou a prostatectomia a céu aberto, que retira apenas a parte da próstata que cresceu e é indicada nos casos de HBP.

Além dessas, ainda existe a ressecção transuretral de próstata, que é feita através da uretra, por meio de equipamento endoscópico e também consiste na retirada total ou parcial da glândula, dependendo de cada caso.

Prevenções das doenças de próstata são simples. É necessário fazer acompanhamento regular com o urologista e seguir todas as orientações dadas por ele. Dessa forma é possível identificar qualquer alteração precocemente.

Fratura do quadril é osteoporose? Saiba por que o trauma é tão temido

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A fratura de quadril é uma lesão grave, que ocorre em pessoas com mais de 65 anos, com o risco aumentando mais rapidamente depois de 80 anos de idade e as complicações podem ser fatais. As pessoas mais velhas estão em maior risco de fratura de quadril porque os ossos tendem a se enfraquecer com a idade. Mas apesar dessa diminuição da massa óssea (osteoporose) tornar o esqueleto propenso a fraturas, é a erosão gradual da massa muscular magra (sarcopenia) e a consequente fragilidade que leva o idoso às quedas. Além disso, vários medicamentos, falta de visão e problemas de equilíbrio também fazem com que as pessoas mais velhas tenham mais probabilidade de tropeçar e cair.

Leia o Faça Fisioterapia

As fraturas do quadril integram uma classificação mundial, uma das 10 piores deficiências em termos de perda de mobilidade e de deficiência de longo prazo

Sinais e sintomas de uma fratura de quadril podem incluir:
- Incapacidade de se mover imediatamente depois de uma queda
- Dor intensa no quadril ou na virilha
- Incapacidade de colocar peso sobre a perna do lado do quadril lesionado
- Rigidez, hematomas e inchaço no quadril
- Perna mais curta do lado do quadril lesionado
- Andar mais curto ou mancar no quadril lesionado

Perda de mobilidade pode ser permanente. (Getty Images)

Publicado no "The Journal of the American Medical Association" um estudo constatou que 250 mil americanos com idade acima de 65 anos terão uma fratura do quadril a cada ano, destes, cerca de 20 a 30% morrerá dentro de um ano, e muitos mais experimentarão uma perda funcional significativa nos próximos cinco anos, incluindo risco de morte.

Para dar uma ideia do tipo de perda funcional provocada pelas fraturas de quadril, o estudo faz referência a:
- 90% das pessoas não serão capazes de subir cinco degraus, no ano seguinte à fratura;
- 66% não serão capazes de ir ao banheiro sem ajuda;
- 50% não serão capazes de levantar-se de uma cadeira;
- 31% não serão capazes de sair da cama sem a ajuda de um cuidador;
- 20% não serão capazes de vestir as próprias calças sem assistência.

O tratamento

Geralmente envolve uma combinação de cirurgia, reabilitação e medicação.

Cirurgia

O tipo de cirurgia geralmente depende da localização da fratura no osso, a gravidade da fratura e da idade. As opções cirúrgicas podem incluir:
- Reparar a fratura com parafusos, placas ou haste;
- Substituição (prótese) que pode serparcial ou total;

Reabilitação

Fisioterapia se concentrará inicialmente em exercícios de ganho de mobilidade e fortalecimento e para aprender técnicas de independência na vida diária, tais como usar o banheiro, tomar banho, vestir e cozinhar.

Medicação

Medicamentos que aumentam a densidade óssea denominados bifosfonatos pode ajudar a reduzir o risco de fratura do quadril. 

Como prevenir

A melhor prevenção são os exercícios. (Getty Images)

Escolhas saudáveis de estilo de vida no início da idade adulta como construir um pico de massa óssea maior e reduzir o risco de osteoporose ajuda muito. As mesmas medidas podem reduzir o risco de quedas e melhorar sua saúde geral, se você adotá-las:

- Não beba em excesso e não fume.

- Avalie sua casa para os riscos de queda. Retire tapetes, mantenha os cabos elétricos contra a parede, e limpar o excesso de móveis e qualquer outra coisa que poderia tropeçar. Certifique-se de todos os quartos e corredor são bem iluminado.

- Vá para o seu oftalmologista para um exame a cada dois anos, ou mais frequentemente, se você tem diabetes ou uma doença ocular.

- Veja os seus medicamentos. Sentindo-se fraco e tonto, que são os possíveis efeitos colaterais de muitos medicamentos, pode aumentar o risco de cair. Converse com seu médico sobre os efeitos colaterais causados por seus medicamentos.

Mas a prevenção que mais recomendo é a pratica de exercício para fortalecer os ossos e melhorar o equilíbrio!

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Exercícios pendulares de Codman e o ombro

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http://1.bp.blogspot.com/-Z8O4L8ouxwI/TwnI-WxIT3I/AAAAAAAAGm8/yVNQnCTDkz8/s1600/codman%2B%25281%2529.jpgA articulação do ombro é a mais móvel do corpo humano, pelo que a gama de exercícios disponíveis é extensa, mas no caso da reabilitação no idoso é aconselhável levar em conta outros fatores que determinam o tipo de exercícios, tais como: presença de osteoporose, pacientes com hipertensão, diabetes, problemas cardíacos, artrite grave, lesão no pescoço com envolvimento do plexo de nervos do membro superior, psicológicos e fatores sociais do paciente, falta de condicionamento geral, cirurgias prévias, presença de peças de fixação ou substituição da articulação e lesões antigas, este último é crucial e influenciar muito a recuperação da mobilidade, especialmente se as limitações têm vários anos de evolução.

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Os exercícios de Codman são realizados para a mobilidade articular do ombro, pois as técnicas de auto mobilização fazem proveito do uso da gravidade para separar o úmero da cavidade glenoide.

Ele ajuda no alivio da dor através de movimentos de leve tração (grau I e II) e dão mobilidade precoce as estruturas articulares e liquido sinovial. À medida que o individuo tolera o alongamento pode-se introduzir pesos nos punhos para conseguir uma força de separação articular (Grau III e IV). Os exercícios devem ser realizados com o individuo em pé em flexão lombar de 90º, sendo realizados no sentido horário, anti-horário, látero- lateral e antero - posterior.

A musculatura escapular deve estar totalmente relaxada, com o paciente buscando, progressivamente, alcançar maiores amplitudes.

Saiba mais sobre a Síndrome do Impacto do Ombro

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http://www.orthobone.com.br/site/wp-content/themes/Orthobone/lib/scripts/timthumb/thumb.php?src=http://www.orthobone.com.br/site/wp-content/uploads/2012/06/shoulder-pain-pump.jpg&w=614&h=236&zc=1&q=100

É uma síndrome dolorosa do ombro acompanhada por alteração na mobilidade local, sendo caracterizada por uma tendinite, geralmente, do tendão do supra-espinhoso e bursa subacromial, com lesão parcial ou total deste ou de outros tendões. Fenômeno de impacto entre a grande tuberosidade do úmero contra acrômio - o arco acromial.

Estruturas comumente afeta-das:

- Manguito rotador;

- Cabeça longa do bíceps;

- Bursa subacromial.

Mecanismo da Lesão:

- Comprometimento do espaço subacromial sob o arco coracoacromial;

- A não manutenção do espaço por debilidade dos estabilizadores; tecidos moles são comprimidos; inflamação;

- Impacto com mais freqüência em atividades acima da cabeça;

- Impacto mecânico resultante de causas estruturais e funcionais.

Causas Estruturais:

- atribuídas à existência de anormalidades congênitas ou alterações degenerativas sob o arco coracoacromial;

- Acrômio em forma anormal;

- Frouxidão capsular;

- Tendinites ou bursites - provocam perda do espaço sob o arco - irritação em estruturas não inflamadas - ciclo vicioso degenerativo;

- Desalinhamento postural;

- Falha do manguito rotador – instabilidade - translação;

- Falha nos músculos escapulares.

Livros de Anatomia Palpatória

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A anatomia palpatória é realizada pelo deslizamento das polpas digitais sobre a pele, para a pesquisa das características palpatórias.

A compressão com os dedos polegar e indicador em pinça é realizada para a verificação de edema, comum em certas condições edematosas, alterações da forma, alterações da pele, etc.

Os métodos de inspeção e de palpação são realizadas conjuntamente porque um complementa o outro. Sabemos que existe vários tipos de palpação em cada área do corpo humano, como: palpação articulares, palpação muscular, palpação cardio, palpação respiratório, palpação vísceras, palpação da pele, etc. através deste trabalho vamos demonstrar palpação abdominal

Dicas de livros de Anatomia Palpatória:

Livro - Anatomia Palpatória e Funcional

Saiba mais sobre esse livro

Atlas de Anatomia Palpatória do Pescoço, do Tronco e do Membro Superior é dedicado à anatomia prática e clínica do tronco e do membro superior: a anatomia palpatória.

O método apresentado e as diversas ilustrações constituem um instrumento preciso e concreto para:

- Chegar-se a um diagnóstico, pois a palpação é uma das bases do exame clínico; 
- Uma melhor aplicação das técnicas manuais. 

Mais de 410 fotos, obtidas em situação de exame, encontram-se distribuídas em 7 capítulos: pescoço, tronco e sacro, ombro, braço, cotovelo, antebraço, punho e mão. 
Nesta segunda edição, cada capítulo é complementado por pranchas anatômicas extraídas das renomadas obras de F. Netter, H. Rouvière e A. Delmas. 
Novas técnicas de abordagem são propostas para as regiões do pescoço, do ombro e do braço. 
Por fim, esta nova edição foi ainda mais enriquecida com verbetes focados nas inserções musculares e ligamentares, assim como nas ações dos músculos examinados.

Livro - Atlas de Anatomia Palpatória do Membro Inferior - vol. 2

Saiba mais sobre esse livro

Atlas de Anatomia Palpatória do Membro Inferior é dedicado à anatomia prática e clínica do membro inferior: a anatomia palpatória.

O método apresentado e as diversas ilustrações constituem um instrumento preciso e concreto para: 

- Chegar-se a um diagnóstico, pois a palpação é uma das bases do exame clínico;
- Uma melhor aplicação das técnicas manuais. 
Mais de 410 fotos, obtidas em situação de exame, encontram-se distribuídas em 5 capítulos: quadril, coxa, joelho, perna, tornozelo e pé. Nesta terceira edição, cada capítulo é complementado por pranchas anatômicas em cores, extraídas das renomadas obras de F. Netter, H. Rouvière e A. Delmas. Novas técnicas de abordagem são propostas para as regiões do quadril e do pé. Por fim, esta nova edição foi ainda mais enriquecida com verbetes focados nas inserções musculares e ligamentares, assim como nas ações dos músculos examinados. Desta forma, esta obra constitui-se em manual de referência para estudantes e profissionais de fisioterapia, quiropraxia, osteopatia, cinesioterapia, bem como de medicina manual.



Livro - Atlas de Anatomia Palpatória do Pescoço, do Tronco e do Membro Superior- vol. 1

Saiba mais sobre esse livro

Destinado a estudantes e profissionais das mais diversas especialidades na área da saúde, como fisioterapeutas, fisiatras, massoterapeutas, quiropráticos, acupunturistas e educadores físicos, este livro é uma referência completa para a compreensão de todo o sistema do corpo humano, apresentando desde as estruturas mais profundas até as superficiais de cada região anatômica.




Saiba mais sobre o Pilates e profissionais envolvidos

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O pilates é uma técnica que fortalece os músculos fracos, alonga os músculos que estão encurtados e aumenta a mobilidade das articulações, proporcionando o melhor condicionamento do corpo, prevenindo e aliviando dores lombares.

Seis princípios básicos regem o pilates. São eles: precisão, controle, movimento fluído, respiração, centro de força e concentração, sendo os três últimos os mais importantes. Na aula experimental, o instrutor ensina o aluno esses princípios, que serão fundamentais para execução dos movimentos, que enfatiza a importância da respiração no pilates. Como regra geral, na preparação do movimento, o aluno inspira e, após realizá-lo, é momento de expirar.  Os alunos têm escolhido o Pilates porque além desta modalidade auxiliar efetivamente no processo de emagrecimento – por acelerar o metabolismo, culminando no gasto calórico – e de oferecer tonicidade muscular, os exercícios de Pilates oferecem ainda algumas bonificações.

É  uma atividade física que trabalha todo o corpo. Chama-se de trabalho global, pois envolve todos os membros. Mesmo que o exercício seja para os braços, por exemplo, as pernas também estão sendo requisitadas. Suas aulas de pilates seguem a um padrão pré-determinado, começando pelo alongamento, exercícios dos membros superiores e inferiores, e finalizando com relaxamento.

Os exercícios são feitos em aparelhos, como cadillac, que trabalha os músculos profundos do abdômen, desenvolve a flexibilidade da espinha, fortalece as costas e alonga o corpo todo. A cadeira, outro aparelho do pilates, não foi desenvolvida para sentar e sim para o alongamento e o rebalanceamento de músculos que foram lesionados.

Além do cadillac e da cadeira, há outros equipamentos utilizados no pilates, sendo que todos eles possuem molas para dar resistência ou assistência, ou seja, dificultar ou auxiliar a execução dos exercícios.

Os exercícios com bolas são feitos no solo, em que o aluno trabalha a área abdominal do corpo, tonificando e definindo músculos e melhorando a flexibilidade do corpo.

Os profissionais habilitados para aplicar o método criado por Joseph Pilates são os fisioterapeutas e os educadores físicos. Na teoria, os professores de educação física deveriam cuidar da prevenção de dores aplicando a técnica do pilates. Enquanto os fisioterapeutas usariam a atividade para reabilitação dos membros superiores e inferiores. Na prática, profissionais das duas áreas trabalham tanto na prevenção quanto na reabilitação.

Texto enviado por Aprendendo Pilates


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